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Refletindo, entendi que Amaya se sufocou com a paixão e decidiu guardar como se fosse um segredo

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Refletindo, entendi que Amaya se sufocou com a paixão e decidiu guardar como se fosse um segredo. Depois de nos afastar, conseguiu relutar contra isso e viu que não é preciso temer, se deu a oportunidade de voltar a respirar ao tomar uma atitude, o beijo. Contudo, as coisas mudaram e sou eu quem está tentando esconder, que a possibilidade de que eu possa estar amando aquela mulher é real, tenho vontade de expressar o meu amor por ela mas ao mesmo tempo acho que não sou boa o bastante.

Se eu me permitisse nesse instante diria que a amo, que meu peito transpira o seu nome pela noite e pelo dia, me ardo como uma chama de fogo em pensar que posso estar empurrando ela para outra pessoa e que sim, eu estou disposta à dizer ao mundo ou dizer somente a ela de que eu a quero. Que eu preciso tê-la.

─ você se importa se eu fizer uma ligação? ─ pergunto para Alba, que apenas assente com uma pequena curva em seus lábios.

Me direcionei ao para o lado de fora, o pequeno terraço no andar do prédio. Disquei o número de Kubrick e segurei o celular na orelha, esperando que a chamada fosse atendida.

─ Eric Kubrick? ─ digo ao notar sua respiração no outro lado da linha.

─ quem morreu?

─ ninguém, ─ continuo ao soltar um riso frouxo. ─ tem como você conseguir uma entrevista pra mim? Não importa se for com o Jimmy Fallon desde o carinha do jornal local.

─ claro que sim, pra quando?

─ hoje se possível, não quero ter que esperar muito.

─ o que está tramando? ─ sua voz sai em tom sério, que posso vê-lo com o cenho franzido e os braço cruzados.

─ você vai ver. Eu quero que você e a minha mãe se preparem porquê não sei como vai ser depois disso.

Ao voltar para dentro, acompanho a estilista até o andar de cima para discutir com seus superiores e pelo entardece, encerramos um dia de progresso. Voltando para o meu carro, decido checar o celular e recebo mensagens me instrucinando para uma possível entrevista.

 Voltando para o meu carro, decido checar o celular e recebo mensagens me instrucinando para uma possível entrevista

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Isso tomou uma proporção maior, eu estou andando em uma rua super transitada em busca de um repórter. Eu o ofereço dinheiro para que a transmissão seja ao vivo, falo com o diretor do jornal ao telefone e me comprometo com o gentil rapaz se caso fosse demitido, meu agente o ajudaria a entrar na emissora que deseja.
Mas consigo o que quero, o microfone com a logo do jornal local me é entregue e a câmera está apontada em minha direção. Apenas me avisam para que eu comece, respiro fundo e tento me concentrar em qualquer outra coisa que não fosse o trânsito ostil que está bem atrás.

Posso estar cometendo um erro, mas eu estou cansando de agir como uma criança. De esperar que minha ações falem por si só e que eu não receba nada em troca por isso. Sentir medo, afastar as pessoas, tudo isso parece um sinal de que eu estou deixando a minha vida passar e mais uma vez, vejo que perdi uma oportunidade de ser feliz. Isso o que estou prestes a fazer, é radical, mas é a única saída que encontrei.

─ Oi, boa noite! Aqui é a Jenna Ortega, e eu peço licença em invadir a sua tv hoje. Sei que estão esperando por uma notícia, mas se eu não fizer isso de maneira extravagante, o meu risco vai ser em vão. ─ desvio o olhar para a escuridão do céu, dando a falta de estrelas mas em instantes procurando por palavras. Respiro suavemente e volto a olhar para a câmera. ─ estou apaixonada por Amaya Ryce. Então se você estiver assistindo, Amaya, favor me desculpe, sinceramente nunca imaginei que passaria por essa situação além do cinema mas acho que tenho deixado o medo se apossar de mim, eu não posso permitir que isso continue, não quando estou perdendo você para alguém. Algo em mim se rasga e o que mais quero é parar de estar em multidões e fugir com você, não me importa as suas condições contanto que eu possa estar com você.

─ senhora Ortega? ─ diz o repórter, tomando a minha atenção da câmera.

─ sim?

─ a audiência está crescendo, o diretor disse que pode ficar a vontade.

─ ótimo. Gostaria de dizer que depois daqui, esse pode ser o meu fim mas um começo de nós. Porquê se sua oferta de consertar o meu coração ainda estiver de pé, eu aceito, aceito sem excitar e se for tarde demais espero que saiba que uma parte de mim morreu por ter deixado o lado do medo me consumir, achei que não era boa o suficiente pra você e isso pode ser uma confirmação.

─ a senhora vai falar mais alguma coisa? ─ questionou o rapaz, ao lado do homem da câmera.

─ não...  ─ digo, me ajeito melhor a compostura e seguro o microfone abaixo do queixo. ─ Eu sou Jenna Ortega pedindo desculpas por atrapalhar o seu jornal, uma mulher arrependida que não sabe o que fazer. Tenham uma boa noite. Obrigada.

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autora: a vibe de comédia romântica dos anos 2000-2010 desse capítulo escondendo o caos que vem por ai...
Obrigada pela leitura e pelo voto!

FAME - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora