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Emma teve de ir embora antes mesmo que eu servisse o café, ela precisava dar a entrevista porquê era importante para o seu novo trabalho

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Emma teve de ir embora antes mesmo que eu servisse o café, ela precisava dar a entrevista porquê era importante para o seu novo trabalho.

Fiquei sozinha, o dia inteiro como tenho ficado e me acostumado. Só que estava inquieta e ao mesmo tempo mal abria a boca para falar, não gostava de receber ligações mas não podia sair de perto do telefone. Esperei, aguardei e até tentei, mas não consegui ligar para Amaya.
E ela não me ligou.
Acho que isso é oficial, ela desistiu de mim e o meu orgulho é duro demais para deixar que eu impeça isso. Não quero correr atrás dela, pode ser errado mas acho que posso machucá-la e por mais que eu a queria tão calorosamente nos meus braços, protegê-la de mim é a melhor atitude a se tomar. É nisso o que eu acredito.

No decorrer dos dias, recebi um convite para ir ao festival de cinema em Veneza. As pessoas ainda me consideram ser algo novo no mercado, mas estamos sempre inovando e pessoas novas estão sempre chegando. A verdade é que eu queria que dessem essa visibilidade para uma outra pessoa, mas não posso deixar isso passar porquê as pessoas achariam esnobe. Ninguém respeita mais a privacidade de ninguém, não quando você se torna um artista ou uma pessoa conhecida. Eles não ligam. Se você não estiver doente e com um laudo médico para faltar ao trabalho, retiram todo o esforço que você fez até aqui.

 Se você não estiver doente e com um laudo médico para faltar ao trabalho, retiram todo o esforço que você fez até aqui

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Tendo o conhecimento disso, o departamento da Valentino entrou em contato comigo. Marcamos uma reunião para iniciar o projeto do que é provável que eu use no evento. Minha mãe foi comigo em certas provas. Na verdade eu queria que ela fosse comigo também para Itália, assim eu poderia estar próxima do meu esconderijo, porquê o abraço da minha mãe me fortalece em seja lá qual for o problema, mas ao mesmo tempo ela sabe que no fundo, não é isso.

Eu estou com medo, me sentido tenebrosa em ter que continuar sozinha. Das outras vezes foram fáceis, as pessoas iam embora e com o passar do tempo eu ficava feliz de estar só. Mas quando tomei a liberdade de ser a quem partiu, tenho sentindo dor. Dor corroendo o meu peito, feito água percorrendo pelo pedregulho e isso arde em mim. Parece que nada o que eu faça pode ser suficiente para mudar isso e continuar em casa, trancafiada, tendo nenhum contato com o mundo à fora, poderia estar me matando.

Mesmo com uma má vontade, esses encontros com a estilista tem me feito bem. Minha cabeça está focada em um bom assunto e me concentrar em Veneza, com talvez um possível turismo pelo local me deixa um pouco empolgada.

─ talvez se o espartilho for uma espécie de marrom, bem escuro com a tonalidade de... ─ disse Alba ao estalar os dedos como se isso a fizesse lembrar o que ia dizer.

─ café? ─ completei.

─ tipo isso. Mais ou menos isso. O espartilho pode ser assim, marcando bem o busto. ─ ela me mostra um dos desenhos espalhados pela mesa.

─ eu gosto quando valoriza bem a clavícula.

─ então agora você vai adorar a ideia que tive, é brilhante.

─ qual? ─ questiono observando a mulher buscando pelo seu aparelho sob a mesa.

─ a que acabei de ter, mas eu vou procurar algo aqui para ter uma noção.─ diz mexendo em seu celular. ─ meu deus...

Uma expressão como se estivesse surpresa com o que via, destacou sua face, não dei tanta importância ao sentir o meu celular vibrando no bolso.

─ alô, quem é?

─ Hija, sou eu. ─ reconheço imediatamente a pertencente da voz, com o sotaque latino na primeira palavra que diz. ─ Toma cuidado quando voltar para casa, seu nome é um dos mais comentados do momento.

─ eu sei mãe, já tô acostumada.

─ não é isso, ainda não viu? ─ prossegue, vejo Alba em minha frente e percebo que ela possa ter visto o que minha mãe está querendo me dizer. ─ páginas de fofocas estão postando sobre você e Amaya. Tem fotos de vocês duas em um restaurante.

─ não acredito nisso! ─ exclamei, Alba me mostrando as fotos. ─ Mãe, obrigada por ligar mas vou ter que desligar.

De fato era uma foto minha com Maya, na mesa do restaurante. Eu bebia cabernet e ela sorria para mim segurando a taça com o vinho rosé, ambas estavam com expressões encantadoras. Ao repassar as fotos, vejo a de nós duas no carro, como se não estivéssemos tendo uma discussão no momento em que eu ria do que teria dito, com certeza sendo sarcástica para irrita-la. Com a notícia dessas fotos, algo em mim pedia para que ligasse para ela.
Alba, a estilista que me fazia companhia, notou o meu comportamento ansioso e por fim decidiu ler a notícia para mim. Depois de eu tanto insistir para que fizesse.

“Há muito tempo uma das melhores amizades que já tivemos a oportunidade de acompanhar, veio ao fim com momentos ácidos e nada gentis. Mas recentemente tivemos acesso a essas fotos onde Jenna Ortega e Amaya Ryce estão tendo, bem, uma espécie de jantar romântico. Ambas as fotografias foram tiradas um dia antes da publicação de Amaya no Twitter sobre 'viver no mesmo século que Jenna a faz se sentir lisonjeada', o que se proaga mais ainda as especulações de um possível relacionamento.”

Ouvindo Alba tão atentamente fez com que o pânico fosse embora, os sentimentos tristes fossem abatidos com essa notícia e talvez, fosse preciso de que isso acontecesse. Posso levar essas imagens como uma mensagem, algo motivacional, eu preciso me manifestar. Eu quero me manifestar e não vou precisar perguntar como devo fazer. Só quero seguir o meu coração uma vez na vida.

────────── ⋅⊰ ★ ⊱⋅ ──────────

autora: me desculpem pela história estar indo tão "estabanada", vou tentar dar o melhor de si pra poder concluir do jeito em que vocês merecem.
Eu realmente vejo isso como se tivesse sido escrito por uma criança de doze anos. :(
Obrigada pela leitura e pelo voto!

FAME - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora