twelve

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  Poderia falar sobre todo o evento de Veneza, o processo entendiante dos aeroportos, do entusiasmo de ser produzida com a equipe, de aparecer no local e de quase perder a visão de tantos flashs que se focaram no meu rosto e, principalmente, citar...

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  Poderia falar sobre todo o evento de Veneza, o processo entendiante dos aeroportos, do entusiasmo de ser produzida com a equipe, de aparecer no local e de quase perder a visão de tantos flashs que se focaram no meu rosto e, principalmente, citar as coisas boas do país Europeu. Mas não fiz nenhumas dessas, nenhuma das atividades conseguiu tomar o espaço em definitivo de Amaya na minha mente.

  Estávamos bem, não totalmente ao meu ver, a distância entre nós se tornava cada vez mais intolerável, a medida que o tempo passava eu ansiava pelo seu toque. A maneira em que ela segurava o meu rosto tão próximo ao seu que após o beijo mais fervoroso de nossas vidas, a sua respiração soava como o ar vindo de um horizonte. Adoraria sentir sua respiração batendo contra a minha face.
  Tentei aproveitar a viagem, mesmo que meu pensamento não tenha se desprendido dela. Assim que finalizaram as entrevistas, peguei o primeiro avião com uma passagem comprada de última hora para retornar ao país onde resido. E, Voltar para casa, que eu considerava ser qualquer lugar em que estivesse na companhia de Amaya.

 E, Voltar para casa, que eu considerava ser qualquer lugar em que estivesse na companhia de Amaya

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  Saindo do elevador, empurrei a única mala que carregava comigo. Agindo como uma selvagem apaixonada, cumprimentando os vizinhos dos outros apartamentos ao sorrir e assentir, sem hesitar sequer um passo. Soltei a alça, mas a mala se inclinou para trás e eu a segurei antes de ocorrer o impacto contra o chão. Notei a porta entreaberta, a música alta ecoando do apartamento invadindo o corredor em tom abafado.
  Amaya odeia deixar a porta encostada, tinha medo das possibilidades que veriam certas pessoas. E também não gostava de música alta, mesmo com toda a garantia de que as paredes eram grossas demais, escutava a música no volume baixo e ainda temia que os vizinhos se incomodassem. Ela sempre foi assim, desde que éramos amigas, quando ela morava em outro prédio, um apartamento mais apertado.

  Levei o punho erguido até a porta, em dúvida se deveria bater ou não, se deveria entrar de uma vez. Então, a entrada estendeu-se, Amaya segurava a maçaneta do lado de dentro assim que me encontrou. Recolhi minha própria mão, mas a loira a toma, assim com a minha atenção.
Posso identificar a música favorita dela e esquecer de todos os sentidos que possuo ao encontrar aquele paraíso verde dos seus olhos.

─ não quer entrar? ─ murmurou ao soltar a minha mão, quase que imperceptível, percebo a expressão sorridente em seu rosto se tornar neutra. ─ não quero que os vizinhos me vejam beijando você.

─ por quê? ─ perguntei, tentando conter o tom de indignação.

─ acha que vou me contentar apenas com um beijo, depois de semanas sem você?

  Não sei se é pela saudade, mas seus dedos pareciam se fundir na minha pele, quentes e macios. A distância de um rosto para o outro se deu por milímetros, mal consegui processar a tensão quando o meu coração parecia desparado no peito. Amaya me pós para dentro, seguindo um caminho qualquer enquanto eu trancava a porta. E ao girar a chave na fechadura, senti o amadeirado gelado e de estatura grossa nas minhas costas, acabei por não dar a mínima ao contemplar as estrelas no paraíso azul que habitavam em seus olhos. Amaya sentiu o cheiro do perfume que teria me presenteado no meu pescoço, fechei as pálpebras, me permitindo a sensação.

─ foram só seis dias. ─ sussurrei com a voz falha quase sem conseguir falar por sentir os lábios macios de Amaya no meu pescoço, me proporcionando todos os arrepios que já senti.

─ sem você o tempo fica devagar, pareceu uma eternidade. ─ disse interrompendo seu próprio ato, colocando o seu rosto novamente à frente do meu e levando suas mãos para segurá-lo.

  Ela fitava cada centímetro na minha face, com seus polegares o pressionando. Tão atenta aos detalhes que parecia contar quantas sardas eu tinha, mas de qualquer forma, seus lábios finalmente se celaram aos meus depois de tanto tempo. A umidade carregada pelo gosto do que parecia ser de vinho, a sensação de me fazer flutuar para fora do corpo, poderia reverter todos os meus temores.
  A música continuava a tocar mas parecíamos estar em silêncio, apenas com as batidas do coração sendo o mais forte que o barulho do trânsito lá fora. Amaya continuava segurando o meu rosto, com suas unhas curtas acariciando a minha nuca. Minhas mãos percorreram por sua silhueta, estavam debaixo da regata branca que vestia.

  Permanecemos no mesmo cômodo, na pequena entrada do apartamento. Sentada na mesinha que deixara na porta, ao lado de um vaso caro de porcelana chinesa, Amaya estava totalmente despida depois de ao menos notar que suas roupas foram arremessadas pelo chão. Aqui estamos nós duas agindo como se fosse uma despedida, mas sabíamos que depois de que encravei a minha mão nos seus seios esse foi um sinal de que não acabaria tão fácil assim.
  Apanhei a mulher nos meus braços, segurando-a com suas pernas firmes envolta da minha sintura e suas mãos presas nos meus fios embaraçados de cabelo. Eu a levei até o seu quarto e até sua cama, onde ela pousou sentada. Me ajoelhei diante da mesma, sentindo a dureza do chão amassar o meu joelho. Encaixei a cabeça entre as pernas dela. As mãos se tremiam enquanto me seguravam no ombro, mal consigo imaginar que se tivéssemos continuado na entrada, Amaya conseguiria incomodar os vizinhos mesmo com a música alta.

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autora: pois bem, depois de tanto tempo, de tantos rascunhos, cá estou eu. Desculpem por esse capítulo horrível e hot desastroso (não é de mim), vou tentar finalizar essa história logo porquê não vou conseguir estender da forma que eu queria. Devido ao inferno da escola. É isso, obrigada por tanto. <3

FAME - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora