FAME - Jenna Ortega

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Eu me coloquei em uma situação despretensiosa. Isso é o que acontece quando se deixa o coração agir sozinho, você acha que as coisas vão acontecer do jeito em que deseja mas a realidade é bem o contrário.

Meu nome rondava pelo mundo com a reportagem estampada em trechos. Nenhuma coisa era capaz de prender a minha atenção, as noites pareciam ser vazias e os dias sem sóis. Acreditei que realmente conseguiria trazer Amaya de volta, mas ela não me procurou e eu achei que eu não precisasse procurá-la diretamente depois de me expor em rede nacional.
Sendo uma das artistas mais faladas do momento, tenho recebido mensagens amáveis e convites a eventos importantes. Apenas um deles me chamou a atenção, uma festa cuja a anfitriã seria uma atriz famosa que eu tive certo vínculo, mas não estávamos tão próximas. Reconheço que estou triste e que preciso apaziguar a solidão, sair e rever as pessoas, trazer uma pontada de felicidade para mim mesmo que pareça um colapso por não durar muito tempo.

Entrando no salão de um hotel, com todos aqueles famosos qual eu ligeiramente conhecia, fez com que eu realmente esquecesse o motivo de estar aqui. Me acomodei ao lado de Hailee Steinfield, demos um abraço caloroso de reencontro. Nossos amigos estavam fazendo piadas esquisitas que apenas alguém muito bêbado as entenderia, acompanhantes na pista de dança não paravam de chegar e sinceramente, senti vontade de apanhar a morena e assim eu fiz, junto com outros dois amigos que se juntaram conosco.

Sobre a felicidade não durar, eu achei que essa noite poderia ser diferente mas observando quem acaba de chegar, percebo estar enganada.

Visivelmente estávamos em uma cena de filme. A música teria continuando em tom mais suave enquanto as pessoas se moviam em câmera lenta. Porquê quando meus olhos a encontraram, eu esqueci meramente da dor que me causou e na intensidade que sentia, meu coração parecia se rasgar como um tecido velho. Tão frágil que apenas com aquele olhar de fogo que ela carrega consigo, talvez as minhas estruturas sejam abaladas e bancar a forte não duraria por muito tempo.

─ você está bem? ─ questionou Hailee ao notar o meu comportamento, que o molejo na pista de dança se foi. ─ tente não ligar, você não merece isso.

─ não, tudo bem, talvez eu deva ir embora. ─ a morena assente com um sorriso de canto.

Quando estou prestes a tomar essa atitude, Ross Lynch aparece e enlaça o seu braço com o de Amaya. Não consigo controlar o que está impedindo o meu corpo de permanecer imóvel. Reconheço que se eu for embora, as pessoas vão entender que realmente não posso suportar, e mesmo que seja verdade, estar no mesmo ambiente que o casal.
No ato sublime de se sentir cada vez mais abatido, ela o beija no rosto. Tento não demonstrar o quanto isso me machuca.

Me retirei da pista de dança, iniciando um trajeto ao bar onde comecei a beber, girando doses e doses na garganta. Não importava a bebida, se fosse alcoólica eu estava a ingerindo.
Amigos vinham cumprimentar e participar de um joguinho bobo que inventei para poder beber e ninguém me repreender por isso, cada pergunta que me faziam, eu errava de propósito.

─ por favor, ─ fala tomando não só a atenção do atendente mas a minha também. E na mesma intensidade que eu a vejo, ela centra o seu olhar ao meu. ─ um vinho rosé.

Enquanto riam da piada engraçada que fizeram, na rodinha de pessoas em que eu estava, visei uma oportunidade não boa de se fazer quando se está fora de si. Me levantei e caminhei até ela, que se distraiu observando o rapaz a servir.

─ a gente pode conversar? ─ falei em um tom baixo em meio às batidas altas da música que contaminou o lugar.

─ podemos. ─ ela disse, se aproximando ao segurar a taça com a bebida rosa.

O hotel estava trancado, completamente fechado para a festa. Mas com uma sorte, encontro uma porta com a placa de "entrada exclusiva para funcionários". A coloquei para dentro, no espaço apertado entre as prateleiras de produtos e limpeza e os baldes no chão, o lugar era meio abafado.

─ como você consegue? ─ questiono, fechando a porta com nós duas no cômodo. ─ Fez promessas e não cumpriu nenhuma. Acho que entendi aonde você queria chegar, disse aquelas coisas para conseguir mais fama em cima disso. E eu, de idiota, fiz você ter. Está feliz com isso, Amaya?

─ o quê? Você me deixou. Escreveu uma quarta e me deixou, quando acordei eu saí pelo hotel te procurando. Bati na porta do seu antigo quarto e me deparei com uma família.

─ eu te liguei.

─ e sequer me deu a chance de resposta. ─ rebateu, ao largar taça dentre as prateleiras.

─ quer saber? Eu e você não damos certo, você quer ter o nome falado. Não tenho que continuar a insistir nessa história. ─ ela segura a porta assim que levo minha mão até a maçaneta.

─ vai bancar a senhora otimista com toda aquela gente? ─ se aproximou, retirando o meu braço do seu caminho. ─ eu e você sabemos o que acontece quando a festa acaba.

─ eu paguei para um jornal local para transmitir aquilo vivo. Me declarei publicamente para dizer aquelas coisas e esperei dias por você.

─ Eu esperei por você uma vida toda e te perdi todas as vezes. Sempre que eu tento de alcançar eu sangro um pouco mais, é bem fácil você vir aqui e se justificar, falando que tem medo de se comprometer e acabar se machucando. Eu estou a anos, saindo e entrando de relacionamentos que não duram porquê eu sou apaixonada por você.

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autora: tava com isso pronto há dias, mas a preguiça de postar me contaminou.
E a propósito eu mudei o nome da fanfic :)
Obrigada por tudo!