Sinceramente, ele parece um anjo dormindo

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Beatrice

Ficamos o dia todo arrumando as coisas que estavam empacotadas. Eu, minha mãe, os pais do Ethan, o próprio Ethan, a Maggie, a Eliza, o Hugo e o Jasper. Já que tinha muita gente, desempacotamos tudo e montamos tudo.

Eu estava próxima do Jasper, igual a ontem. Ele se ofereceu para me ajudar a colocar as coisas no meu quarto.

Às vezes, ele ficava empolgado com algumas coisas que eu tinha trago. Tipo a minha guitarra, o meu violão, o meu led e algumas decorações.

E às vezes ele me zoava por causa dos bichos de pelúcia, também. Só que teve uma hora que fui buscar água para a gente e quando voltei vi ele abraçando e conversando com alguns deles. É muita hipocrisia mesmo.

Enfim, acabamos de arrumar tudo as seis horas da tarde. Todos foram embora para jantar, então falei para a minha mãe sobre a loja do Sr. Hernandez. Como estava quase anoitecendo, deveria ser o bar.

Era perto, fomos andando mesmo.

– E como você descobriu esse tal de Thiago? – minha mãe perguntou enquanto andávamos.

– Foi ontem, no tour. Ele é legal e deu sorvete de graça.

– Sorvete? Não era um bar?

– Bem... Sim, só que de noite. De manhã é uma sorveteria e de tarde acho que é uma cafeteria.

– Parece bom.

– É mesmo. Eu só provei o sorvete ontem, mas estava uma delícia. Tenho certeza de que tudo é bom lá.

Andamos mais um pouco e enfim chegamos. O sino tocou e fomos para uma mesa que estava no canto.

– Bea! – Sr. Hernandez fala quando chega – Que bom te ver de novo!

– Oi, Sr. Hernandez. Sim, eu vim e trouxe minha mãe também.

– Ora, que bom – ele se vira para a minha mãe – Prazer eu sou... – ele para de fala e fica encarando a minha mãe. Ela também estava paralisada encarando ele – Eu... Eu... Bem, eu não sabia que sua mãe era tão bonita, Bea.

– Ah, obrigada – minha mãe diz arrumando o cabelo.

– É... Seja bem vinda! Infelizmente estou um pouco ocupado agora então vou chamar alguém para atendê-las – ele abaixa a cabeça como se fosse uma despedida e vai embora. Logo, outro garçom chegou e anotou nossos pedidos.

– Ele foi tão... Gentil – minha fala com a cabeça apoiada na mão e olhando para Thiago que estava falando ao telefone com alguém.

Okay... Talvez eu esteja pensando besteira mas eu senti um clima entre eles. Ou talvez não. Quer dizer, foi tudo tão rápido.

– É... – digo desconfiada.

As comidas até que chegaram rápidas. Eu tinha pedido um pastel de queijo com presunto e suco de laranja. Minha mãe pediu uma cerveja, camarão empanado e mais alguns petiscos.

Sinceramente foi um dos melhores pastéis que eu já comi.

Estávamos prestes a ir embora, mas...

– Me desculpe, mas eu não perguntei o seu nome – Sr.Hernandez pergunta para minha mãe.

– É Lilian. Bea falou de você. Thiago, certo?

– Sim... Não quero ser impulsivo nem nada, mas poderia me dar seu número?

– Claro!

Eu não acredito nisso. Até com a minha mãe eu fico de vela! Enfim, a minha vida.

É muita sacanagem, viu? O cara acabou de conhecer a mulher e já está pedindo o número. É muito fogo mesmo. Eu não tenho nada contra ele, mas sei lá... É estranho? É.

Margaridas, café e mentaOnde histórias criam vida. Descubra agora