Ouçam "Friends" de Chase Atlantic na 3 quebra de tempo!
Ethan
Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.
De todas as pessoas possíveis, tinha que ser ela?!
– Sai agora, Bea – me levanto, jogo o livro em algum lugar no quarto e vou até ela. Seguro em seus ombros e vou empurrando-a até as escadas.
– Ei! Me larga.
– Não, você vai embora agora e fingir que nunca viu nada.
De alguma forma ela se desvencilha e volta correndo. Dou meia volta, corro de volta mas ela fecha a porta na minha cara e se tranca.
– BEATRICE, ABRE AGORA!
Ela não respondeu.
– Sai do meu quarto!
Ouço apenas o silêncio
– Bea!
Silêncio de novo.
– Bea...?
Se passam vários minutos. Até agora ela não saiu e eu começo a ficar preocupado com o que ela está fazendo ou o que ela está vendo.
Horas se passam, me sento e apoio a cabeça na porta, à espera que ela se abra em algum momento.
[...]
– Ai! – minha cabeça cai no chão. Rapidamente me levanto, me preparando para expulsá-la do quarto, mas ela desvia e aponta o dedo na minha cara.
– Não toque em mim. Eu só quero entender, okay?
– Entender o que, Bea?
– Em primeiro lugar: para você meu nome não é Bea, é Gdc. E sim, eu adoro quando você me chama assim. E em segundo: quero saber o que é tudo isso, por que não nunca nem mencionou isso pra mim e o principal... Por que tem um monte de desenhos meus?
Ela fala tão rápido que no final fica ofegante. Tão rápido que quase não percebo o que ela falou sobre gostar de seu apelido.
— Isso é completamente desnecessário, Gdc – falo baixo e mais calmo.
— Se há desenhos meus eu deveria saber o por quê.
— É... complicado — entro e me sento na ponta da cama. Ela se senta do meu lado – Não sei se estou pronto pra isso.
— Por que?
— Esse assunto traz gatilhos pra mim.
— Se quer se livrar deles precisa conversar com alguém, Ethan.
— Eu sei, é só que... Não sei....
— Pode confiar em mim, Ethan. Se você pedir eu te juro que não conto pra ninguém.
— Não sei... Acho melhor não.
Ela suspira. Mais alguns minutos de silêncio e...
— Argh, tá. Mas você tem que prometer pela sua vida, beleza?
— Já disse que não vou contar pra ninguém.
— Okay... – suspiro – Tudo começou na escola...
[...]
Termino de contar toda a história com os olhos molhados. Meu coração totalmente acelerado e o corpo tremendo. As costas curvas com as mãos apoiando a cabeça. Pode ser uma coisa completamente simplória mas os traumas e gatilhos são enormes.
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Margaridas, café e menta
RomansaSe você tem Pinterest, já deve ter visto aquelas fotos de casal teen, ou as fotos de vários amigos juntos, na fogueira, andando de skate, no parque de diversões... Enfim... Criando memorias. Bom... Beatrice Cooper, nossa querida protagonista, não é...