Onde Liz Garcia, uma carioca de carteirinha, resolve realizar seu sonho e fazer intercâmbio para Nova Jersey, acabando por conhecer um certo par de olhos verdes que tirou seu sono por várias noites.
Ou onde Martin Martinez descobre que uma completa...
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1 semana depois...
Abro os olhos, mas não tenho tempo de olhar ao redor, pois corro em direção ao banheiro, colocando todo o jantar da noite anterior para fora. Uma coisa que odeio com todas minhas forças, é vomitar. E é isso que faço repetidamente nesse momento. Sinto como se estivesse colocando meus órgãos para fora, e é horrivel. Quando tenho certeza que não vomitarei mais, dou descarga e escovo os dentes, para ver se melhora alguma coisa. Olho no espelho, e minha aparencia está horrivel. Caminho em direção a cozinha, mas paro no meio do caminho por conta da tontura que me atinge. Fico alguns minutos encostada sobre o móvel, e quando me sinto melhor, sigo em direção a cozinha. Acendo as luzes e encontro o remédio para enjoo, o tomando junto com um gole de água. Olho pela janela, e percebo que ainda é noite, sendo assim, apago as luzes e ando de volta para o quarto, me aninhando nos braços de Martin, e fazendo um lembrete mental de ir ao médico checar se está tudo bem. Acabo pegando no sono com esse pensamento. — Minha garganta dói e meus olhos estão pesados. Os abro com dificuldade, me acostumando com a claridade do quarto. Tateeio a cama em busca de Martin, mas não o encontro. Procurando ao redor, vejo seu bilhetinho em um post-it amarelo posto sobre a comoda. Ei, minha linda. Fui para o serviço, caso você acorde e não me encontre. Não se esqueça de comer, e tenha um ótimo dia com as meninas. Te amo, Martin. Havia me esquecido completamente que hoje era seu primeiro dia no trabalho novo, mas me sinto menos preocupada. Me levanto em passos preguiçosos e vou até a cozinha, atrás de algo decente para comer, e assim que meus pés pisam no frio gélido, a cena faz meu coração se derreter. Ele deixou o café pronto para mim. Me sento sobre a bancada, e quando sinto o gosto dos ovos mexidos, sou obrigada a soltar um gemido de aprovação. Meu namonoivo manda muito na cozinha. Quando termino, lavo tudo e aproveito para dar uma geral na casa. Prendo os cabelos em um coque desajeitado e ligo a TV, logo conectando meu Spotify. Quando foi que minha casa se tornou essa bagunça toda? Enfim, homens. — — Acho que vou morrer. — Liz, pelo amor de Deus, você não vai morrer.- Elena exclama, se jogando ao meu lado no sofá. — Vou. Vou sim. — Para de ser dramática, mulher.- Carol joga a almofada de ursinhos que segurava em minha direção, mas sou rápida e agarro antes. Estou jogada no sofá, extremamente acabada depois de dar uma geral na casa, e o enjoo retornar. Odeio me sentir assim, ainda mais por ter estragado o passeio das meninas. — Gente, sério. Podem ir! Eu vou ficar bem, e qualquer coisa eu ligo pro Martin. — De jeito nenhum. - Elena bate o pé, e sei que não vou conseguir convencer essas duas. — Liz....- Carol me chama, mas apenas resmungo em resposta. — Por um acaso, você já pensou na possibilidade de estar grávida? - imediatamente começo rir descontroladamente, sentindo a barriga doer. Mas quando considero a possibilidade, meu sorriso cessa. — Você tem uma vida sexual ativa, é normal. Sua menstruação 'tá atrasada? — Era pra ter descido a dois dias atrás. Mas isso é impossivel, nós usamos preservativo. - começo gaguejar e sinto minhas mãos tremerem. Meu Deus, será que realmente...? — Acho melhor fazermos um teste só pra tirar essa dúvida. - Elena sugere e assinto, meio atordoada com a possibilidade. — Eu não vou comprar. - cruzo os braços acima do peito, como uma criança mimada. — Eu vou. Cinco minutos e já venho. - Carol pega as chaves do carro e sai porta a fora. Cinco minutos nunca demoraram tanto para passar.
Encaro a caixinha rosa em minha frente, e de repente, respirar se tornou dificil. Abro com cuidado, e me deparo com o teste e o potinho para despejar o xixi. Abaixo o short pijama que usava, e faço o que pede na embalagem. Coloco o teste no potinho, e me sento sobre a privada, contando no celular os tres minutos que se pedem. Respira, Liz. 2 minutos. Sinto como se fosse desmaiar a qualquer minuto. 1 minuto. É agora ou nunca. Pego o teste nas mãos, e minha vista embaça quando leio; Grávida. 1 semana. Eu me sentiria um pouco mais aliviada se esse não fosse o terceiro teste dando positivo. — Liz, e ai? - escuto as batidas na porta, e a abro rapidamente, encarando minhas duas amigas que comiam as unhas de tamanho nervosismo. — Estou grávida. — Puta que pariu.
