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Quando crianças, muitas meninas sonham com o grande dia de se casarem com o amor de suas vidas, e serem felizes para sempre

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Quando crianças, muitas meninas sonham com o grande dia de se casarem com o amor de suas vidas, e serem felizes para sempre. Liz nunca acreditou nisso, sempre achando uma grande furada. Até que conheceu o par de olhos esmeraldas que a tirou do sério por tantas vezes. Quando olhou em seus olhos pela primeira vez, ficou encantada, como se algum tipo de feitiço fosse lançado em sua direção. Martin era assim para ela. Um erro que ela queria repetir diversas vezes. Tanto que agora, sorri diante seu reflexo no espelho, e acaricia sua barriga. Parece que seu felizes para sempre finalmente chegou.
Hoje é o grande dia. O dia em que ela finalmente se tornará a Sr. Martinez. Apesar de terem selado suas almas, hoje, selam seus destinos, suas vidas. E ela não se assusta nem um pouco com essa idéia.
— Liz?
— Oi, podem entrar. - logo em seguida, as cabeças maquiadas de Elena e Carol entram pela sala, fazendo a garota sorrir. — Vocês estão lindas!
— Olhe quem fala! A grávida mais linda de todas. - Elena murmura e Liz sorri tímida, desacreditada que isso é real.
— Falando nisso, quando você vai anunciar que está grávida? - Carol questiona, e Liz dá de ombros.
— Hoje.
— Hoje? Tipo, no dia do seu casamento?
— Sim. Vou anunciar no altar. É uma das minhas maiores bençãos, não tem porque esconder.
— Meu Deus, não acredito que vou ser titia já! Ei, eu tenho cara de tia? - Carol se desespera, fazendo as amigas rirem.
— Não, Ca. Você não tem cara de tia. - elas embalam em um assunto normal de garotas, mas Liz estava a um passo de surtar, até que escutam batidas na porta, e logo a cabeça de Dona Rose aparece ali.
— Com licença, meninas, será que posso falar com a noiva rapidinho?
— Claro, Sr. Garcia. - as meninas saiem da sala, deixando apenas as duas se olharem por um tempo. Liz sente seus olhos marejarem enquanto observa a mulher em sua frente. Sua mãe. Ela estava morrendo de saudades, mas claro que não daria o braço a torcer.
— Filha, eu quero te pedir desculpas. - Liz a encara em silêncio, e ela continua. — Mas, eu fiquei em choque quando ouvi a notícia. Acredite, não é fácil para uma mãe descobrir que a filha vai se casar. Mas depois, foi por puro orgulho. Não te procurei, porque sou orgulhosa demais, e sei que você também é. Por isso, quis vir te dizer pessoalmente que estou muito orgulhosa de você, e tudo que está conquistando ao lado do homem que ama. É tão visível seu amor por ele, filha.
— Como?
— Os olhares, eles nunca mentem. - Rose sorri, e Liz se agarra nessas palavras, se controlando para não chorar. — Você o olha como se sua vida dependesse disso.
— É, eu amo o amo demais. - Liz limpa as lágrimas que escorrem, torcendo para que a maquiagem esteja intacta.— Será que rola aquele lance do abraço?
— Vem cá, Hija.- Rose a puxa pelos braços, e a enlaça nos seus. Não é preciso palavras, ou todas essas coisas normais, apenas o silêncio basta. O silêncio do perdão. Quando se afastam mininamente, sua mãe lhe deposita um beijo demorado na testa, sussurrando antes de ir:
— Não se esqueça, eu te amo. E mal posso esperar pra te ver em cima daquele altar, brilhando. Te vejo no altar, noiva?
— Com certeza.- e assim sai, deixando Liz sozinha com seus próprios pensamentos. Ela ia se casar. E não era em uma quadrilha da escola. Ela ia se casar de verdade.

Respirar fundo.
Continuar a nadar.
Assopra a vela, cheira a flor, apaga a vela.
Liz tentava controlar a respiração, que insistia em a deixar na mão. Ela estava de frente para a igreja na qual selaria seu destino, e esperava os últimos ajustes em seu vestido. Quando finalmente prontos, deu o braço a seu pai, que sorria, visívelmente emocionado. De braços dados, com o buquê de lírios em mãos, as enormes portas se abriram, dando a visão de uma igreja repleta de pessoas sorrindo. Porém, seu olhar se focou em apenas uma pessoa dentre tantas. Martin, que a esperava no altar. Ele a encarava como se ela fosse a droga de uma obra de arte, e ainda vestida de noiva, caminhando em sua direção. Com certeza era sua nova cena favorita. Se pudesse, enquadraria uma foto da mulher sorrindo assim, apenas para pendurar no quarto e ter a chance de a observar todos os dias. Engolindo em seco quando ela está perto o suficiente, a toma da mão de seu pai com um beijo casto em sua testa. Ele sabe que não é possível, mas de perto, ela parecia mais linda ainda.
Caminharam de mãos dadas até o altar, se ajoelhando diante do padre. Martin nunca foi uma pessoa religiosa, apenas o básico. Mas depois que conheceu Liz Garcia, faz questão de agradecer todos os dias.
Como todos os casamentos, o padre discursa bons minutos, e ninguém presta atenção, nem mesmo os noivos. E então, as alianças são entregues por Enzo e Jolie, que fizeram questão de dar a honra. Após alguns segundos, eles estariam definitivamente casados.
— Repita comigo, Martin.- o padre avisa, e o garoto toma a mão trêmula da amada.
— Eu, Martin, aceito você, Liz, como minha legítima esposa e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. - ela nem se importava mais com a maquiagem, deixando as lágrimas rolarem soltas.
— Eu, Liz, aceito você, Martin, como meu legítimo esposo e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. -
— Martin, você aceita Liz como sua legítima esposa?
— Sim.
— Liz, você aceita Martin como seu legítimo esposo?
— Aceito.
— Pode beijar a noiva.
Ele a toma pelos braços, sem se importar com as pessoas presentes, e lhe beija com amor. Dessa vez, sem nenhuma malícia por trás, apenas o amor que nutrem um pelo outro. Se abaixa, e beija a barriga da mulher, colocando o ouvido para escutar o filho, que chutava, como se confirmasse a união dos pais. A família que por tantas noites Liz desejou, e até mesmo uma das fanfics que criou com Martin quando o paquerava.
— Até que o para sempre nos separe.- sussurram, em seguida, se perdem nos lábios um do outro.
Eles eram pra ser, de um jeito ou de outro. Eles estavam escritos nas estrelas. Eles eram para sempre. Afinal, todas as garotas certinhas se apaixonam pelo cara errado.

Até Que o 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 Nos Separe. Onde histórias criam vida. Descubra agora