Em um mundo onde máscaras são tecidas com fios de conveniência e reputação, Jung Jaehyun é visto como o garoto exemplar, uma figura admirada pela cidade, a encarnação da bondade e pureza aos olhos da mídia. Porém, por trás dessa fachada, aos olhos d...
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aviso de gatilho: neste capítulo há cenas explícitas de bullying e agressão física.
Era mais uma manhã típica, e Doyoung se encontrava, como de costume, correndo contra o tempo. Embora se lamentasse por estar atrasado, não negaria que os trinta minutos em que ignorou o alarme foram os trinta minutos mais relaxados dos últimos dias.
Após concluir sua rotina matinal de higiene, Doyoung recebeu uma mensagem de Jaehyun em seu celular.
Você ainda está em casa? Se sim, meu motorista passará aí para te buscar.
Sim, ainda estou.
Perfeito, estarei aí em dois minutos.
Okay ^^
Doyoung mal podia acreditar que Jaehyun morava tão perto. Seria de bom-tom pedir caronas diárias para a escola? Seu questionamento foi interrompido pela chegada de um carro preto, inconfundivelmente pertencente à família Jung, estacionando em frente à sua casa. Ao entrar no veículo, Doyoung notou o semblante sério e silencioso de Jaehyun.
O silêncio era desconfortável, até que Jaehyun decidiu quebrá-lo.
— A partir de hoje, o motorista virá te buscar todos os dias letivos. — Disse. Como se estivesse atendendo o desejo não expresso de Doyoung.
— Olha... Seria bom andarmos de mãos dadas, sabe? As pessoas precisam perceber que somos namorados.
— Mas tecnicamente ainda não estamos juntos, certo? — Doyoung questionou baixo. Estava com vergonha de perguntar aquilo.
— Por que não estaríamos? — Jaehyun retrucou.
— Você ainda não me pediu em namoro. — Era fofa a maneira que Doyoung tentava mascarar seu nervosismo com um sorriso tímido.
— Sério isso? Estamos juntos por causa de um papel, e isso tudo tem prazo de validade. Você nem gosta de mim, deve ser terrível ter que me aturar. — Jaehyun respondeu, deixando com que sua última frase saísse como um desabafo. Se arrependeu amargamente de ter dito aquilo, porém já tinha saído, não podia fazer mais nada a respeito.
— Eu sei, mas ainda assim, namoro é namoro. — O outro insistiu.
— Então por quê você não me pede em namoro? — O maior cruzou os braços, como se estivesse esperando ansiosamente por uma resposta. Era nítido que Jaehyun estava propondo um desafio para Doyoung, e queria saber se ele iria aceitar.
— Eu não tenho dinheiro para uma aliança, e a ideia foi sua, então é sua responsabilidade.
— Está bem. Ainda vamos sair esta tarde, né? — Kim assentiu. — Ótimo. No caminho eu compro uma aliança para você. Está feliz agora? — Jaehyun cedeu, e sentiu seu coração esquentar ao perceber um belo sorriso se formar no rosto do outro coreano.
