Em um mundo onde máscaras são tecidas com fios de conveniência e reputação, Jung Jaehyun é visto como o garoto exemplar, uma figura admirada pela cidade, a encarnação da bondade e pureza aos olhos da mídia. Porém, por trás dessa fachada, aos olhos d...
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Desespero. Essa palavra definia Jaehyun no momento.
Como não tinha ido à mansão em seu próprio carro, Jung teve que pedir para um dos motoristas o deixarem em sua casa. Conseguir segurar o choro e fingir que as coisas estavam sob controle, aos poucos, estava se tornando algo quase impossível para ele. Porém, o garoto sorriu quando enxergou o prédio onde morava, e agradeceu a todos os deuses existentes na terra quando entrou em sua residência e pode liberar tudo que sentia.
Por que mesmo depois de contar a verdade seu peito doía?
Jaehyun estava só. Não podia chamar Doyoung para sua casa, até porque se o garoto descobrisse a verdade por completo, ele nunca o perdoaria por tal coisa e perder o Kim nessa altura do campeonato, seria o mesmo que perder total sentido de sua vida.
O garoto foi até sua geladeira e pegou o máximo de bebidas alcoólicas que ainda tinha ali dentro. Sempre que ele bebia, ele conseguia relaxar. Então aquilo ia funcionar hoje de novo, certo?
Jaehyun era muito fraco em relação a álcool, o pouco que bebia, já lhe deixava zonzo e falando palavras desconexas.
Mesmo sabendo que chegou ao limite, o jovem não parou, pelo contrário, ele tomou todo o líquido que tinha na garrafa de whisky que estava perto dele.
Até que suas bebidas acabaram, e uma ânsia de vômito muito forte tomou conta do asiático, que tentou caminhar rápido até o banheiro de seu quarto, mas estava tão bêbado que pra ter certeza que não iria cair dos degraus, preferiu ir quase se rastejando até o cômodo.
Segurando-se nas paredes do quarto monocromático, Yoonoh vai até o banheiro e se joga dentro do box, onde preferiu tomar um banho quente, e permitiu que algumas lágrimas caíssem de seu rosto. Quando conseguiu encarar o seu reflexo, ele chorou mais ainda, o menino só conseguia sentir nojo de si próprio e nada e nem ninguém mudaria isso. Como punição, Jung começa a dar fortes socos em si mesmo, como tentativa de amenizar o que estava sentindo naquele momento.
Não importa o que acontecesse, ele sempre seria um assassino, e o sangue de Jisung sempre estaria em suas mãos.
Sem forças, ele se arrasta até a cama, onde pega o celular e começa a procurar matérias relacionadas ao seu pai e sua atual situação. Pelo que conseguiu entender, o homem ainda não tinha dado sua declaração à mídia, então tudo ainda se configurava como um boato.
Jaehyun joga o dispositivo longe e solta um longo suspiro, até que o barulho de várias novas notificações o deixa curioso e o faz pegar o celular novamente.
AGORA: Jung Yesung, um dos maiores empresários de Seoul acaba de ser preso pela polícia coreana.
Mesmo desejando todo o mal do mundo ao seu genitor, o garoto só conseguia pensar em sua mãe. Como ela deveria estar naquele momento? Ele assinou o pedido de divórcio? Yesung lhe falou que o próprio filho teve participação na morte do garoto?
