Sangue, Balas e Amor

C.08

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Felipa
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Quase três semanas é o que estou aqui, o lugar é incrível, estou em uma mini fazenda, tem bichou por todo lugar e eles plantam o que comem.
Demorou quase uma semana até conseguir ficar em pé, e aos poucos já estava andando de moletas, comecei a ajudar dentro de casa mesmo que Laura falasse que não precisasse, dava um jeito de fazer e não demorou muito comecei a cuidar de alguns bichos com o filho mais novo deles.

Fabio
-Cadê os filhotes é a Amora?

Eu
-Fiz o cantinho pra eles.
-Uma casinha improvisada de madeira, lá no canto.
(Era uma cachorrinha que ele encontrou abandonada na estrada e trouse pra casa.)

Fabio
-Tá bom.
-A Nathalia é os meus sobrinhos vão vir pra elas escolherem um deles.

Eu
-Recado recebido.
-Vou me esconder dela.

Fabio
-Sinto muito.
-Mas como ela sempre foi assim.
-Mandona, sem graça e cabeça dura.

Vamos dizer que ela não gostou nada de me ver na casa dos pais dela, assim que me viu ela fez uma cara estranha e depois que soube o motivo só piorou tudo. Ela queria que eles me mandassem embora na mesma hora, e depois de uma leve discussão, no fim disse que não viria aqui até eu não fosse embora, e também ligou para os outros irmãos dela, a que mora fora entendeu e mandou ela não se meter e o outro irmão ficou meio que indeciso, mas veio aqui no dia seguinte e depois de conversamos ele entendeu, mas falou que não deveria sair da propriedade e que não queria que nada de mal acontece com os pais e o irmão dele por minha culpa.

Essas semanas foram muito boas pra mim, estava tendo uma vida normal e conhecendo pessoas incríveis e adorável. Quando não estou com os bichou com o Guido, fico na cozinha aprendo a cozinha com a Laura e até já sei fazer bolo de chocolate e até cobertura, as vezes me deixo algumas lagrimas caírem ao lembra dos meus pais, e quando vejo a relação deles com os filhos me da uma pontada de saudade do que tínhamos e do meu irmão, des que toda loucura começou na minha vida não pude ligar pra ele, mesmo afastado sempre que dava conversávamos e agora ele deve está achando que o odeio por não fala nada nesse tempo todo e isso faz sentir uma dor no meu peito.

Ajudo o Fábio nas atividades da escola e ele me agradece me trazendo chocolates quando voltar e hoje não foi diferente, mas uma coisa sim.

Eu
-Chocolate Branco.
-Eba.
-Como foi na prova?

Fabio
-Difícil.
-Cálculo não é pra me.
-Mas você me salvou.
-E cadê meus pais?

Eu
-Estão preparando as coisas pro aniversario da Carol.
-Seu pai foi vender um cabra e sua mãe compra ingredientes pra fazer bolos.

Fabio
-Que bom.
-Queria te conta algo.
-Sem eles.

Eu
-O que foi? você estar me assustando.

Fabio
-Tinha uns carros estanho lá perto da minha escola.
-E os homens eram bem sinistros.
-E os mesmo estavam por aqui agora quando cheguei.
-Na fazenda vizinha.

Eu
-Droga.
-Droga.
-Droga.
-Se eles virem aqui já era.
-Seus pais, você...

Fabio
-Fica calma.
-Se desesperar não vai dar em nada.
-Temos que pensar...

Eu
-Preciso ir embora.
-E logo...
-Só não sei como.

Fabio
-Queria que ficasse mais.
-Só que... meus pais não posso deixar que nada de mal aconteça com eles.
-Mais e melhor fazermos isso quando eles voltarem.

Eu
-Não se eles chegarem e saírem de novo vai ser estranho.
-Se eles estão na fazenda vizinha logo vão chegar aqui.
-Tenho que sair.
-E logo.
-Mas como?