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Narrador:

- Não vejo a hora da minha ruivinha chegar Will, a saudades que estou sentindo daquela mulher é grande - Dan fala encostado no balcão, o bar ainda estava vazio por conta que deixaram a placa de "fechado" até o chefe chegar.

- Aonde ela foi Dan? - o rapaz pergunta ajeitando os copos que ficavam embaixo do balcão.

- Foi visitar uma tia dela na antiga cidade que ela e o Phil moravam.

- Ela ainda não chegou? - o barman aparece mudando a placa da porta.

- É rockeiro, nada ainda da minha garota, naquele dia que ela foi visitar o psicopata fiquei chateado demais e nem conversamos direito.

- Nem parece ser minha irmã, é tão maluca.

- Filho! - Jeff chega ao bar com a pequena Helena em seus braços.

- Pai, que bom ver o senhor! - o barman o abraça e pega a irmãzinha no colo - oi princesinha, veio me visitar!

- Papai disse que vim conhecer seu trabalho - ela diz toda tímida escondendo o rosto no pescoço do irmão.

- Ela estava doida para te ver de novo aproveitei e vim fazer um convite.

- Diga - o rapaz fala enquanto fazia cócegas na irmãzinha que gargalhava.

- Aceitar ir jantar conosco no Cisne Negro hoje a noite? Leve a (seu nome) é claro - ao ouvir a proposta o barman engole o seco pois não estava bem desde o que ouviu na noite passada - e aí? - Jeff reforça a pergunta.

- A-ah eu não...

- Vamos irmão! - a pequena fala fazendo carinho no cabelo do barman que sorri fraco, como resistir aquela fofura?

- Tudo bem, irei pensar direitinho ok? Sem chantagem com fofura - ele fala voltando a fazer cócegas na garotinha que ria bastante.

- Tá certo filho, irei levar ela ao salão aonde a mãe esta, até mais tarde - Jeff fala pegando a filha no colo e a mesma acena se despedindo do irmão que sorri.

O barman estava tentando não aparentar estar triste porém não conseguia disfarçar bem, seus colegas de trabalho se olham confusos enquanto ele saí calado indo para a calçada do bar, o mesmo se senta em uma das cadeiras que ficam com as mesas de fora. Phil sabia que tinha que resolver aquilo mas não queria ter que discutir com a garota, ele resolve acender um cigarro e começa a fumar mas seu celular logo toca, era um dos alarmes para tomar seus remédios mas o mesmo ignora desligando.

- E aí Phil! - Thomas aparece.

- Fala ai- ele aperta a mão do outro.

- Faz tempo que eu não ando por essas bandas, na verdade a galera, sempre nos reuníamos aqui.

- Pois é os velhos tempos embora eu não era tão próximo assim.

- Mas como tem estado as coisas? - o namorado de Hannah pergunta se sentando em uma das cadeiras próximas ao barman.

- Nas mesmas ou seja nada de novo.

- E você e a (seu nome)? Como estão? Até hoje me choca que vocês dois são um casal.

- A gente está bem eu acho... - o rapaz diz soltando a fumaça do cigarro sem olhar para o amigo.

- Você "acha"? - ele pergunta dando ênfase na palavra - aconteceu alguma coisa?

- Não, não é nada, fique tranquilo.

- Se você está dizendo, bom, preciso ir pois fiquei de ir buscar umas ferramentas para o meu pai, até mais ver - o barman observa o colega saindo e volta a fumar seu cigarro.

O dia passa devagar e durante isso o rapaz apenas suspirava com um turbilhão de pensamentos em sua cabeça, ele não conseguia esquecer o que tinha ouvido na noite anterior. "Será que estou sendo usado apenas para suprir uma paixão que não deu certo?" "Será que realmente ela nunca me amou de verdade?" Phil não conseguia controlar seus pensamentos, após terminar de arrumar a bancada, ele observa algumas quatro mesas ocupadas e vê a porta do estabelecimento se abrir revelando sua namorada, seu coração acelera mas não de alegria e sim por tristeza.

- Não nos falamos hoje, achei estranho então resolvi dar uma passadinha aqui, deixei a Liz fazer umas compras - a garota fala se sentando no banco do balcão.

- Estive ocupado - ele fala sem olhar muito para ela.

- Você tomou seus remédios?

- E isso importa? - o mesmo fala a encarando o que a deixa assustada com o tom da pergunta.

- Phil, é óbvio que isso importa, ainda com isso de não querer tomar os remédios.

- Foda-se os remédios.

- Phil! - a garota se altera um pouco.

- Olha (seu nome) estou sem paciência hoje, meu pai veio fazer um convite para juntarmos com eles no Cisne Negro, não estou com vontade para ir mas vou fazer isso pela Helena e se você não quiser ir me avise que irei sozinho - ele fala saindo para seu escritório.

- Mas... - a garota levanta e observa Dan se aproximar - o quê aconteceu? - ela pergunta ao amigo que coloca algumas garrafas de cerveja no balcão.

- Não faço a mínima ideia ele está assim desde cedo.

- Não isso não está certo... - ela se retira indo em direção ao escritório, ao entrar encontra o rapaz mexer no pequeno armário - o quê está acontecendo Phil?

- Já disse, estou sem paciência - ele diz sem olhá-la.

- E precisa descontar em mim?!

- Me desculpe - fala em tom seco ainda sem se virar - o jantar vai ser as sete horas, ele mandou mensagem, te espero na recepção agora preciso organizar essas coisas.

- Ok...

...

O barman inquieto esperava na recepção do condomínio na namorada, ele não estava nenhum pouco arrependido da maneira que a tratou e ele estava disposto a por a mesma na parede na mesma noite.

- Desculpa a demora, Liz quis fazer uma maquiagem.

- Vamos - ele liga o carro.

Os dois seguiam o caminho para o famoso restaurante calados, (seu nome) observava o namorado que parecia um pouco ansioso, ela achava que aquilo podia ser por conta que o mesmo não havia tomado seus remédios mas não queria falar nada sobre com medo de gerar uma briga no jantar. Após chegarem colocam a confirmação de seus nomes na lista que ficava na recepção pois o pai do rapaz havia guardado suas vagas todas juntas.

- Filho que alegria que veio, veja Helena.

- Você veio! - a garotinha pula no irmão.

- Eu disse que vinha - ele diz dando um selar na testa da garotinha.

- Sentem por favor - Any fala e o casal se senta.

- Bom pedimos uma entrada que pela foto no menu parece muito saborosa, deixaremos vocês escolherem o prato principal, vai ser um jantar ótimo - Jeff fala sorridente erguendo sua taça de champanhe e o barman apenas sorri fraco.

Ia ser ótimo...

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Last Chance - Phil HawkinsOnde histórias criam vida. Descubra agora