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Seu nome:

Eu estava paralisada, apenas o observava ir embora com uma certa dificuldade, não conseguia me mover para o impedir de ir naquele estado. Aquelas palavras ecovam na minha mente me fazendo derramar as lágrimas mais triste da minha vida, me apoio no táxi desabando no choro, percebo o motorista sair do carro e se aproximar de mim.

- A senhora está passando mal? Posso levá-la ao hospital - ele pergunta tocando de leve o meu ombro.

- Não, me leve ao condomínio por favor - digo com a voz embargada de choro.

Durante o percurso não conseguia controlar minhas lágrimas, não queria que aquilo acontecesse, eu o amava mas realmente não era o suficiente e ele estava certo. A minha intenção nunca foi o fazer de trouxa, apenas não sabia do tamanho do meu amor totalmente. Ao chegar em meu condomínio vejo Liz esperar sentada na escadaria, o portão é aberto e corro até sua direção a abraçando com muita força enquanto chorava cada vez mais.

- O quê aconteceu (seu nome)?! - ela pergunta retribuindo o abraço.

- Ele ouviu tudo...

- Ele quem? Ouviu o quê?

Após subirmos, me trocava enquanto ela preparava um chá para tomarmos. Retirava minha maquiagem no banheiro encarando meu reflexo, meus olhos estavam um pouco inchados de chorar, novamente me vem a cena dele fazendo aquelas perguntas o que fazem a vontade de chorar voltar. Vou para sala e vejo minha irmã trazer nossos chás, no sentamos no sofá e conto tudo que aconteceu para ela que fica boquiaberta, nunca imaginariamos ele teria escutado tudo através da porta.

- Tinha que ver como o pai dele estava me olhando, estava totalmente envergonhada... - digo tomando um gole do chá.

- Eu imagino mana, isso deve ter sido horrível, era para ser o melhor jantar em família de vocês.

- Acho que foi o último...

- Eii, não fale assim - ela acaricia meu rosto - vocês vão se resolver tenho certeza, só que... - observo atenta.

- Só que...?

- Ele não mentiu em nada mana, você mesma sabe que certas coisas que foram ditas é verdade, seu amor por ele não é tão grande assim, ainda pensa em Jake isso é fato.

- Liz eu...

- Não adianta querer justificar, eu compreendo tudo porém essa é a verdade, ou você ama ele ou ama o hacker...- apenas ouvia sem reação.

- Vou me deitar, não estou mais com condições para mais nada - me levanto colocando a xícara na mesinha central e indo para meu quarto.

...

Narrador:

Phil desligava o alarme de seu celular com dificuldade, eram oito e meia da manhã a hora que ele ia para o Aurora, era um pouco mais tarde que os outros que iam mais cedo para organizar o ambiente. O rapaz se arruma com uma dor de cabeça horrível o atrapalhando, era consequência de uma noite bebendo descontroladamente, ele resolve por um óculos escuro para disfarçar um pouco de sua expressão de ressaca. O sol estava bem radiante por Duskwood, ele fez uma bela escolha, durante o caminho ele observava a cidade calma e suspira aliviado de não sentir olhares sobre ele por conta do ocorrido da noite anterior.

- Phil! - ele se vira para o lado vendo sua irmã Jessy vir até ele - eu ia até seu apartamento mas que bom que estou te vendo agora, está indo para o Aurora? - ela parecia um pouco agitada e possuía algumas sacolas de presentes nas mãos - por quê não está indo de carro? - a mesma pergunta estranhando.

- Você faz muitas perguntas e isso irrita - ele volta a andar fazendo a garota o seguir.

- Palhaço, está indo para o bar? Vou com você, aproveitar que o Dan está lá.

- Não atrapalhe meu funcionário no horário de trabalho - o rapaz fala sem olhá-la.

- Esse horário é vazio que eu sei...

- Não me importa.

- Estava com saudades desse seu jeito insuportável - ela fala sorridente.

- Você é insuportável.

- Sei que também estava com saudades mas não admite.

- Ouvi que andou visitando presidiários - aquela frase retirou o sorriso da ruiva - você devia ser mais inteligente as vezes.

- Já estou cansada desse assunto, ok? Eu faço o que bem entender.

- Depois morre e não sabe o por que - ele observa o horário em seu relógio no pulso.

- Tem como parar por favor? Estou tentando ser bacana depois de voltar da viagem que você devia ter ido junto para visitar nossa família, é assim que me trata?! - ela se altera um pouco, eles chegam a rua do Aurora.

- Minha família está aqui, meu pai.

- Nossa mãe queria tanto ver você.

- Jessy eu não estou com cabeça para papo familiar, então por favor, me poupe dos detalhes - ele retira o óculos enquanto abria a porta do bar que estava vazio, apenas Dan e Will sentados em uma mesa jogando baralho.

- Ruivinha! - o mais velho levanta ao ver a amada que vai até ele lhe dando um abraço apertado - que saudades que eu estava de você, tão cheirosa, linda, perfeita, que mulher!

- Isso que eu chamo de amor - Will fala ajeitando as cartas para guardar - patrão, as últimas reposições de cervejas foram feitas assim que chegamos.

- Obrigado Will, estarei no escritório se precisarem.

- Pode esperar seu nojento, tome, para você - a ruiva entrega uma sacola de presente ao irmão que observa sem esboçar reação - e esse é seu Dan - ela também entrega uma ao namorado.

- Obrigado... - o barman iria se retirar.

- Abre, quero ver se vai gostar, agora Phil - ela manda fazendo o rapaz suspirar e começar abrir o embrulho, era uma camisa com o nome da sua banda de rock favorita, uma pulseira e um colar também da banda.

- Ok... - o barman estava impressionado abrindo a camisa analisando os detalhes - incrível que dessa vez você me surpreendeu, estou sem palavras - ele diz dando um leve sorriso olhando a camisa.

- Gente ele sorri! - Dan fala fazendo o patrão encará-lo desfazendo o sorriso.

- Obrigado Jessy, gostei muito - ele diz calmamente - irei usar no dia do meu aniversário, estou planejando algo bacana com uma banda de rock que conheço aqui para o bar mas que fique entre nós.

- Isso!!! - Will comemora e todos olham para ele sem entender - é que eu já tinha suspeitado da ideia - o rapaz fala sem jeito o que faz a gargalhada de todos aparecer.

Phil estava tentando se manter bem mas ainda tinha tristeza em seu olhar e tom de voz, o único que suspeitou foi Dan que o olhava enquanto ria. O aniversário do barman estava chegando, ele queria surpreender seus clientes.

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Last Chance - Phil HawkinsOnde histórias criam vida. Descubra agora