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Phil:

- Pois não Alan, me conte, o quê quer conversar? - pergunto pronto para ouví-lo.

- Phil não sou a melhor pessoa pra falar desse assunto e nem foi pedido para mim fazer isso, apenas quero tentar ajudar alguém que aparentemente anda bem triste...

- Já imaginava que seria isso - digo interrompendo ele.

- Cara, a (seu nome) brigou feio com o hacker lá na casa do Dan e eu intervi para não ver mais ela chorar. Ela está bem abatida esses dias, diz que não tem rumo, desabafou muito comigo sobre os sentimentos que tem por você...

- Não acho que exista sentimento por mim dentro dela.

- Te garanto que existe sim, ela sabe dos erros dela, dos vacilos e deslizes que fez, e também admite isso. Vocês precisam se resolver, eu sei que ainda a ama Phil... -  respiro fundo não negando a afirmação do policial, ele estava certo - essa sua reação entrega tudo, bom, sabe o quê tem que fazer.

- Não Alan, ela sabe o quê tem que fazer, não eu! - me altero um pouco.

- Ela só está com medo da sua reação, medo de encarar você de novo, encarar os sentimentos.

- Alan...

- Phil, eu apenas quero o bem dela e que ela seja feliz, e você também, merece ser feliz, se for você que a vai fazer feliz, precisava tentar ajudar...

- Até por que não é você que ela quer... - senti a fala acertar em cheio o policial que abre de leve os olhos um pouco em choque - sempre soube Alan, dos seus sentimentos por ela... - ele fica inquieto me encarando.

- Phil, isso não vem ao caso agora, é sobre vocês dois...

- Quer saber como descobri? - encaro até a alma do rapaz em minha frente que tenta manter a postura que já estava desequilibrada, tentei o intimidar um pouco - desde o festival da primavera, suas falas, seus olhares pra ela, achava que eu não iria desconfiar? - a pergunta gera um silêncio entre nós.

- E por quê não agiu? Não fez nada, afinal achava que era meu amigo.

- Porque você era meu amigo, não iria fazer nada que não devia, não é? Quando descobri apenas esperei ver sua máscara cair mas ela não caiu, então me mantive quieto e então aconteceu de outra forma.

- Não tenho máscaras Phil, eu sei o que é certo e errado, também sei o meu lugar. A (seu nome) é muito importante pra mim, como falei, só quero o bem dela por isso vim até você - ele fala e suspiro abaixando a cabeça, logo a garçonete aparece com a refeição deles e se retira - pensa bem, acho que ainda sou seu amigo, então estou aqui para vocês.

- Ainda é Alan. Você não sabe como tenho me sentido, tudo que se passa em minha mente, remédios controlados, acha que só ela está sofrendo? - nos encaramos por alguns segundos.

- Voltou a tomar os remédios?

- Não, sei que devia continuar tomando mas não quero ser dependente dessas merdas, apenas guardei.

- Devia voltar a tomar, sabe disso. Enfim, espero que vocês consigam se resolver, estou aqui para ajudar você e a ela também.

- Eu não sei Alan, não sei...

Após terminarmos o almoço resolvemos dividir a conta. Logo ele vai embora me deixando pensativo sobre tudo, coloco meu óculos e volto meu caminho para o Aurora. Alan estava certo, eu ainda amo a (seu nome) e sou totalmente apaixonado por ela mas não sabia se ela realmente ainda sentia algo por mim de verdade. Assim que retorno ao bar trabalho a tarde toda com os rapazes, resolvia algumas coisas do meu aniversário e depois voltava a ajudar eles, o bar estava bem agitado hoje. Já estava noite e o bar ainda com alguns clientes, eu terminava de colocar as bebidas em ordem nas prateleiras.

Last Chance - Phil HawkinsOnde histórias criam vida. Descubra agora