capítulo 30

17 2 0
                                    

Anahi

- No período de algumas semanas, eu deixei de te odiar, passei a gostar de você e depois a desejar o mundo para você, então me desculpe se às vezes esses sentimentos se sobrepõem uns aos outros. Mais estou descobrindo outros sentimentos por você... -
Entendo mais do que ele imagina. Às vezes quero gritar com ele por ter sido como que uma parede entre minha filha e mim, mas, ao mesmo tempo, quero beijá-lo por amá-la o bastante para ser uma parede que a protege.
Seus dedos tocam meu queixo, erguendo meu olhar até o seu.

- Eu queria poder retirar o que eu te disse quando falei que sua presença na vida de mia não seria boa para a vida dela. - Ele desliza as mãos pelo meu cabelo e me fita com sinceridade. - Sorte a dela se tivesse alguém
como você por perto. Você é altruísta, bondosa e forte. Você é tudo o que eu quero que mia seja no futuro. - Ele enxuga uma lágrima que escorre pela minha bochecha. - E não sei como posso ajudar para que mia volte para seus braços, mas vou tentar. Quero lutar por você, pois sei que é o que iam gostaria que eu
fizesse.

Não faço ideia do que fazer com todos os sentimentos que afloraram com suas palavras.

Alfonso não me beija, mas só porque sou eu quem o beijo primeiro.

Pressiono minha boca na sua, pois nada do que eu dissesse seria capaz de

expressar o quanto valorizo a validação que ele acaba de me dar. Uma coisa é

ele admitir que deseja que eu a conheça, mas, ao dizer que quer que ela seja


como eu, ele deu um milhão de passos a mais.

É a coisa mais doce que já me disseram na vida.

Sua língua desliza na minha, e o calor de sua boca parece pulsar para

dentro de mim. Puxo-o para mais perto até nossos peitos se encontrarem, mas

ainda assim não estamos próximos o bastante. Eu não fazia ideia de que essa

era a única coisa que me fazia hesitar em relação a alfonso. Só precisava

saber que ele acreditava em mim. Agora que sei que ele acredita, não consigo

encontrar nenhuma parte minha que não queira cada parte dele.

Alfonso me ergue e me leva até o sofá sem interromper nosso beijo.

É tão bom sentir o peso do seu corpo contra o meu. Começo a tirar sua

camisa, porque quero tocar sua pele, mas ele afasta minha mão.

- Pera aí - diz ele, se afastando. - Pera aí, pera aí, pera aí.

Encosto a cabeça no sofá e solto um grunhido. Não aguento mais esse


vaivém. Estou finalmente no clima para deixá-lo fazer o que quiser comigo, e


agora é ele que quer se afastar.

Ele beija meu queixo.

- Talvez eu esteja me adiantando, mas, se estamos prestes a transar,

preciso pegar uma camisinha lá na camionete antes que você tire minha roupa. A

não ser que você tenha uma camisinha aqui.

- Que alívio saber que foi por isso que ele parou. Afasto-o de mim.

- Vai logo. Vá pegar.

- Ele sai do sofá e do apartamento em segundos. Uso o minuto livre para

conferir meu reflexo no espelho do banheiro. Zoe e alfonso está dormindo na caminha

que coloquei ao lado da banheira.


Pego um pouco de pasta de dente e a espalho nos dentes e na língua.

Depois de cinco anos, estou prestes a transar. A última vez que transei de verdade foi com iam. O que aconteceu naquela noite nem de longe é chamado de sexo. Foi um estupro...

- Sinto muito por isso, iam - sussurro. - Mas não tanto a ponto de impedir o que vai acontecer.

Escuto a porta do apartamento abrir, então saio do banheiro e encontro alfonso trancando-a. Quando ele se vira para mim, dou uma risada, porque ele

Uma Segunda Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora