"No amor e na guerra, o ataque, por vezes, torna-se a melhor estratégia".
—Lorde Albert Davies
Por dois dias seguidos, Joan Morrison manteve seu orgulho inabalado e dormiu no estábulo. Albert, não tentou persuadi-la a interromper com aquele comportamento teimoso, muito pelo contrário, ignorou-a;. Ele estava demasiado magoado, pois ela, aparentemente, não tinha a intenção de retribuir os seus sentimentos. Uma lástima.
Todavia, em uma certa manhã, o conde decidiu que não desistiria daquela mulher tão facilmente e partiu para o ataque com uma nova estratégia.
Joan, desde o dia em que Bea fora embora, fez de tudo para não esbarrar com Davies por aquele casarão. Contudo, inesperadamente foi acometida pelo susto quando chegou à cozinha, de modo a desfrutar do café da manhã junto aos demais empregados, e encontrou Albert, sentando confortavelmente no topo da mesa, sorvendo um gole de café, deixando os demais ocupantes completamente desconfortáveis com aquela repentina ação.
— Não vais sentar, Taylor. — Apontou a cadeira vaga na outra extremidade da mesa, bem de frente para ele.
Joan, momentaneamente inquieta, arrastou a cadeira e se juntou aos demais.
— Esse café está delicioso, senhora Monroe. — elogiou, fazendo a experiente cozinheira corar.
— O senhor tem um gosto refinado, milorde. — comentou, docemente, a moça que auxiliava na cozinha, batendo aqueles cílios negros, tentando impressionar o conde.
— Peculiar, eu diria. Gosto do café puro, quase amargo. — respondeu bem-humorado e indagou: — Não vais comer, Taylor?
Joan finalmente saiu do transe e em silêncio despejou um pouco de chá em sua xícara.
Uma quietude sepulcral invadiu aquele ambiente. Ali, naquela cozinha habitualmente barulhenta, a quietude tomou conta de cada espaço, enquanto todos — exceto Davies —, mantinham-se evidentemente tensos.
Aquilo, de fato, era uma tortura para os empregados. Tornou-se difícil realizar qualquer refeição com certa decência, quando a privacidade de todos fora completamente invadida pelo senhor da casa.
— O que o senhor está fazendo aqui? — Joan indagou com certa rispidez.
— Desejo apenas desfrutar da refeição matinal em sua companhia, Taylor. E se a senhorita se recusa vir até a mim, não tenho outra escolha a não ser marcar presença onde está.
Joan rolou os olhos, inconformada. Ele era mesmo um homem bastante irritante!
A moça se esforçou em seguir com aquilo, tentando não lhe dar a devida atenção, mas ao perceber que ninguém conseguia comer adequadamente, ela declarou, resignada:
— Tudo bem! Os senhor venceu. Eu o acompanharei em suas refeições, apenas acabe com essa tortura e deixe seus empregados em paz.
Davies, por sua vez, limpou os lábios com lenço e esboçou um sorriso de canto antes de falar:
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Como Domar Lorde Devil
Historical FictionNo final do século XIX, a sociedade britânica passava por significativas mudanças, todavia um fato continuava imutável: mulheres eram pressionadas a se casar. Na década de 1890, lady Katherine Morrison, mãe do importante duque de Hereford, decidiu q...