"Presenciar um nascimento é algo realmente fascinante e indescritível."
—Lady Joan Taylor
Após uma noite conturbada, Joan despertou muito mais calma e sentiu os braços de Davies ao redor do corpo dela, segurando-a com firmeza, como se tivesse medo da moça se afastar a qualquer momento. Porém, o que o homem não sabia, era que Joan não tinha qualquer intenção de sair dali — muito pelo contrário —, ela apreciava, indubitavelmente, a sensação do corpo junto ao do conde.
Temendo acordá-lo, Joan apenas levantou a cabeça de modo a olhá-lo e tocou o maxilar dele com as pontas dos dedos. No entanto, Davies, que sempre teve o sonho muito leve, despertou vagarosamente.
— Bom dia, Taylor! — cumprimentou, sorrindo.
— Bom dia, Davies! — Abriu um pequeno sorriso.
— A senhorita está melhor?
— Sim. Obrigada por ter ficado comigo.
— Acho que há essa altura, minha querida, deves saber que eu jamais consigo negar um pedido seu.
Ao ouvir aquilo, Joan sentiu o coração disparar no peito em uma emoção intensa.
— Eu gosto de você, Davies! Gosto de verdade. — confessou, voltando a se aconchegar no peito dele.
— Eu também gosto de ti, Taylor. Mais doque eu consigo colocar em palavras. — Beijou o topo da cabeça dela.
Mas ela não era uma Taylor; era uma Morrison e aquilo complicava demais as coisas. Talvez ele poderia até relevar a descendência dela, porém não poderia lidar com a mentira. Entretanto, infelizmente, era tarde demais para reparar qualquer erro e Joan apenas teria de encontrar uma forma de lidar com aquela situação, embora soubesse que nada seria capaz de alterar o fato imutável: ela vivia uma mentira.
— Apesar de eu apreciar estar junto da senhorita, devo me levantar. Tenho assuntos a resolver.
— Também devo me arrumar. Logo receberei o cavalo do senhor Stuart. — Finalmente se separou do conde, abrindo espaço para ele se levantar.
— Nessa manhã, tardarei um pouco para desfrutar do café da manhã. A senhorita pode me esperar?
— Depois do senhor ter me ajudado na noite que se passou, eu não seria capaz de negar nenhum pedido seu.
O conde, tomado por pensamentos libertinos, abriu um sorriso malicioso quando provocou:
— Não me tente, Taylor. Há vários pedidos que eu gostaria de fazer e todos eles terminam com a senhorita completamente nua sobre essa cama.
Joan arregalou os olhos e sentiu as bochechas queimarem em um misto de vergonha e desejo.
— Oh, Taylor! Essas suas bochechas coradas. — Fechou os olhos como se estivesse tentando controlar os impulsos. — Meu Deus, a senhorita não faz ideia do quanto mexe comigo.
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Como Domar Lorde Devil
Historical FictionNo final do século XIX, a sociedade britânica passava por significativas mudanças, todavia um fato continuava imutável: mulheres eram pressionadas a se casar. Na década de 1890, lady Katherine Morrison, mãe do importante duque de Hereford, decidiu q...