Capítulo 29

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Liam

- Vou dar uma saída. Não demoro. - digo pegando as chaves do carro.

- E vai pra onde? - minha mãe pergunta.

- Não importa. - falo e saio antes que fizessem qualquer outra pergunta.

Entro em meu carro e vou devagar até a cafeteria, não queria ter de ir até lá com meu carro, mas com essas circunstâncias, não poderia deixar que Brett visse Theo ou Theo ver Brett.

Assim que chego a cafeteria que já está fechada, respiro fundo e sorrio para o espelho a minha frente, saio do carro e sigo paravo beco escuro ao lado da cafeteria, onde vejo Brett encostado na parede.

- Está bonito. - ele tenta se aproximar mas eu me afasto. - O que foi? - pergunta.

Reviro os olhos.

- Lembro de ouvir sua mãe dizer que quando se quebra algo de alguém deve consertar. - começo me aproximando devagar.

- Do que está falando? - mas é cínico esse idiota. - Pensei que estivesse com saudade. - tenta pegar em minha cintura.

- Se encostar em mim eu te mato. - ameaço. - Achou mesmo que eu sentiria sua falta? - ele me olha nos olhos. - Eu sei o que fez com o carro do Theo. - ele engole a seco, mesmo no escuro era capaz de ver. - Vai pagar por cada tostam do concerto.

- Por que eu faria isso? - quem esse garoto pensa que é.

- Porque eu estou mandando. - digo com a voz firme. - 3 mil dólares. - ele arregala os olhos.

- Não tenho esse dinheiro. - diz com a voz embargada.

- Então você fez mesmo? - pergunto e ele parece desconcertado.

- Nã...não. - ele gagueja. Mais é idiota.

- Cala a boca. - grito. - Quero o dinheiro. - fala e ele se afasta assustado.

- Eu não tenho esse dinheiro. - diz mais uma vez.

- Vc tem que eu sei, ou gastou tudo com a sua vadiazinha? - pergunto me referindo a Tracy. - Achou que passaria por isso ileso? Vai pagar por tudo. Fez a merda, agora pegue por seus erros.

Ele levanta o braço e tanta me bater, eu desvio e seguro seu braço para trás.

- Eu quero o dinheiro, agora! - forço seu braço causando dor.

- Tá bom, tá bom. - ele diz. - Eu faço o pix, só solte meu braço. - não sou nem idiota de fazer isso.

- Não sou tolo Brett, pague e eu penso em soltar. - ele pega seu celular e entra na conta de seu banco.

- Pronto, pronto. - ele diz e me mostra o comprovante.

- Ótimo. - digo.

Não, eu não vou deixar Brett sair ileso, se ele sair, irá contar a alguém. Não, isso não irá acontecer.

Desloco seu braço e pude ouvir a barulho que estala em meu ouvido. Ele grita.

- Se mexer com Theo novamente, eu não quebrarei só seu braço. - digo entro os dentes o deixando cair no chão. - QUEBRO SEU CARA! - grito o assustando.

Saio de lá e volta ao meu carro, indo para minha casa.

- Cheguei. - digo entrando em casa.

- Que bom. - Theo diz sorrindo.

Confesso que estou aliviado em ter feito aquilo com Brett, eu não ligo em tê-lo machucado, não ligo se ele deslocou o braço, Brett é um babaca, perece aquilo e muito mais.

Theo e eu subimos para o quarto.

- Consegui o dinheiro do concerto de seu carro. - digo e ele me olha confuso.

- Você nem se quer me disse quanto ficou o concerto. - diz se sentando na cama.

- 3 mil. - respondo e ele arregala os olhos.

- E como conseguiu o dinheiro? - pergunta curioso.

- O Brett deu para pagar. - respondo e ele me olha desconfiado.

- Foi com ele que saiu agora? - pergunta parecendo irritado.

- Sim, mas não se preocupe, eu sei me defender. - digo, mas ele ainda parece irritado.

- Como ele te dru o dinheiro? - pergunta.

- Eu pedi. - minto e ele me olha desconfiado.

- Você pediu e ele deu? - é claro que Theo não acreditaria.

- Sim. - minto de novo.

- Tá né. - ele dá de ombros e eu sorrio aliviado.

- Mudando de assunto, vai querer ir a escola amanhã? - pergunto me deitando na cama.

- Sim, por que não iria? - diz e eu assinto.

- Sei lá, vai que você queira tirar o dia para descansar. - digo dando de ombros.

- E ficar aqui sozinho? Tô fora. - diz deitando ao meu lado.

- Eu ficaria com você, né anta. - digo e ele ri.

- Que amor. - ele diz e eu reviro os olhos logo em seguida rindo.

Ele me olha, e fica me olhando por um bom tempo.

- Que foi? - pergunto.

- Nada. - ele não desvia o olhar.

Se ele não parar de me olhar assim, não serei responsável pelos meus próximos atos.

- Pare de me olhar assim. - sussurro.

- Por quê? - Theo provoca e eu engulo a seco.

- Theo... - digo arrastado.

- Liam! - ele rebate.

Que merda Theo!

CONTINUA...





Fake Love - ThiamOnde histórias criam vida. Descubra agora