Unity

Capítulo 6

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Agora

"Hyah!”

O dojo tinha um cheiro distinto que não importava quantas vezes o duro piso de madeira fosse limpo, pairava no ar dando as boas-vindas a todos que entravam. Era o cheiro de suor, de trabalho árduo, de dedicação, com uma dose saudável de incenso, tudo reunido por anos de treinamento e prática.

"Hiyo!”

Ela virou o movimento lento enquanto eles mudavam de trecho para trecho refletido por seus companheiros discípulos, alguns correram à frente dela, outros ficaram para trás e alguns erraram as posições. Um espelho corria ao longo da parede oposta do dojo. Uma de suas primeiras lembranças deste dojo era sobre aquele espelho, seu pai alertando-a para não lambê-lo quando eles chegaram. Isso foi há dois anos.

Enquanto os alunos mudavam como as estações, a maior mudança era o bigode de seu pai, embora ainda houvesse um pouco de pimenta escondida entre seus cabelos grisalhos. Seu pai era um homem alto e esguio que parecia mais em casa em seu kimono branco do que em uma camiseta. Desde que ela conseguia se lembrar, ele serviu como seu pai e seu Sensei, mesmo que só a tenha deixado entrar na classe “Adulto” no ano passado.

“Hyah!”

Mais uma vez, todos eles se mexeram, com as pernas pressionadas contra o chão enquanto tentavam tocar os dedos dos pés. Era um alongamento padrão que se fazia até na escola, mas ainda assim um bom alongamento, pelo menos foi o que seu pai disse a ela. Além de saber que o alongamento era bom para ela, ela não sabia muito mais além disso.

A porta se abriu, permitindo que os sons invasivos da estrada próxima perfurassem sua tranquilidade. Levantando a cabeça apenas um pouco, ela olhou para a entrada. Um homem alto de cabelos pretos bagunçado arrastava os pés para tirar os sapatos enquanto um menino de cabelos verdes fazia o mesmo.

De alguma forma, o garoto conseguiu parecer duas vezes mais nervoso do que qualquer recém-chegado que veio antes dele. Com sua estatura esbelta e a forma como sua postura era desleixada, ele parecia um nerd.

Provavelmente era algum pai preocupado tentando endurecer o filho para dar-lhe mais confiança. Não havia nada de errado com isso, mas poucos desses alunos duraram. Menos ainda ficou com a classe de seu pai.

- Itsuka, lidere por um momento. Alongamentos, caminhadas de caranguejo, sweeps - Seu pai disse, segurando um simples gesto de mão, seu sorriso grande o suficiente para quase forçar seus olhos fechados. Aquela claudicação que ela conhecera durante toda a sua vida estava presente nos primeiros passos antes que sua postura se corrigisse.

- Kia! - Ela gritou, direcionando o grupo para o próximo conjunto de trechos.

- Olá, e bem-vindo ao meu dojo - seu pai deu a saudação padrão, sempre ansioso para receber novos alunos, era uma pena que ele estivesse tão entusiasmado quanto os enviando para o que ele pensava serem melhores professores.

- Sim! Oi! - disse o homem - Meu nome é Hisashi Midoriya, falei ao telefone com um Kendo-sensei?

- Ahh sim, Sr. Midoriya, é um prazer conhecê-lo - Seu pai disse, sem dúvida dando uma pequena reverência ao par - E este deve ser o jovem com uma alma heróica, Izuku?

- Você, você, é- O menino guinchou - Você é Kotetsu Kendo, o Hurricane Striker! - Izuku deixou escapar - Sua peculiaridade permite que você estenda as pernas, você usou isso em combinação com suas habilidades em artes marciais para pegar os vilões desprevenidos!

- Ohh, eu não sabia que ainda havia fãs interessados ​​em um profissional aposentado como eu - A risada do pai chamou a atenção de todos. Um olhar penetrante e um aplauso rápido colocaram todos de volta nos trilhos - Embora não pense que vou pegar leve com você só porque você me bajulou, agora, por favor, siga-me, podemos conversar no meu escritório.