Sétimo dia

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Social: É a dor inescapável de saber que haverá uma obrigação de estar-se presente em um lugar onde sua presença não é bem vinda e tampouco agradável.
Tudo perde o som, e é exigido o dobro de atenção em cada rosto, verso, movimento ou sonoridade que é produzida.
É saborosamente compensado, além disso, com indelicadezas do seu cérebro te lembrando que você está constantemente sendo observado em seu comportamento. Cada movimento seu é cuidadosamente analisado, desde a fala, até seu andar e seus sons emitidos, como se fosse uma presa andando em meio ao perigo de uma alcateia faminta.
A cereja do bolo é quando tudo se esgota, e o doce desespero bate: Você sabe que não consegue permanecer nem mais um minuto ali sequer. Tudo que planejou já se foi, e todos os assuntos metodicamente preparados já se esgotaram. Resta apenas o cansaço mental e físico, que se encarregam de arrastar seu corpo para uma posição travada em uma cadeira distante de tudo aquilo.
O suor frio e seus batimentos acelerados, apostam uma corrida com seus olhos, tentando alcançar a saída.
No fim do dia, a culpa te cobre para que novamente, você possa tentar dormir pensando em quão inútil você é, e como poderia simplesmente afundar em um oceano sem profundidade, sumindo até mesmo de dentro de si.

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