Rockcliff

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12 de setembro de 1982, 15:21 da tarde. Hollywood.

Eu estou andando de carro com Steven agora. Saimos da casa dele a 9 minutos e estamos a caminho do Rockcliff, rua em frente ao letreiro de Hollywood. Sim, eu comprei uma casa. Eu não comprei sozinha, Steven me ajudou a pagar. Gastei quase todo meu dinheiro em cerveja e droga, mas ainda tinha 500 dólares para comprar uma casa. A que eu queria era 1.600.00, concordamos em dividir o valor. E pagava meus 500 e ele o resto. Mas ele ia morar lá comigo.
Me prometi que iria pagar o resto a Steven, nem que eu fique falida. Assim que meu álbum for para venda, eu vou ficar 40% do dinheiro, e, se vender bem, vou paga-lo.

- Estamos chegando! - ele disse, muito empolgado pela conquista. Acho que é o mais animado daqui.

Queria uma casa moderna, mas com detalhes em madeira. Com jardins e muito verde. Escondida de Los Angeles, para ter privacidade. Steven me pediu para quando comprarmos a casa, fazemos uma festa, estilo Freddie Mercury. Eu queria discordar da idéia, mas era ele que tava pagando.

A ideia de comprar a casa apareceu depois do ocorrido com Axl, mas tive certeza absoluta que eu queria um espaço só para mim quando vi o Duff comendo 3 mulheres em cima do sofá. Que eu durmo. Dormia.

Fiquei meio incomodada e conversei com Adler sobre isso, (sobre a casa, não sobre o Duff) e ele disse que não queira que eu fosse.
Eu já estava a praticamente um mês lá. As vezes bebiamos e vimos TV juntos. Cozinhamos juntos, as vezes até com o Duff junto. Íamos ao mercado e ao shopping. Ele disse que não queira que isso acabasse. Então, o convidei para ir comigo. Foi um momento inesquecível ver o sorriso crescendo em seu rosto. Os sorrisos do Steven era de fato os mais bonitos que eu já havia visto.

Ele virou um rua e estamos em Rockcliff, uma rua cheia de casas luxuosas e enormes. Parecidas com a que eu morava na infância, falando nisso, onde estão meus pais? Nunca mais os vi, mas não ligo muito.

- Olha nossa belezinha ali! - ele tirou a mão do volante e apontou para a Rory. Sim, ele deu um nome para a casa. - Rô, meu amor, chegamos! - ele parecia uma criança na Disney.

"Rory" era grande e com 3 andares, cercas brancas e telhados de tijolos avermelhados. Era gigante.

- O cara que vende casa disse que a chave tá no tapete. É para gente pegar, olhar a casa e devolver. Se gostarmos, era para ligar para ele. Se não, não era para ligar. - ele foi me explicando as instruções do corretor até a porta. Coisas como não poder sujar, não deixar coisas abertas. O de sempre.

- O que achou da entrada?

- É linda, nunca vim numa casa assim antes. É 30 vezes maior que a minha.

- As damas primeiro. - fiz um sinal de cavalheiro e uma referência. Ele não protestou apenas foi.

- Dama é o seu pai.

- Que pai? - umas de nossas piadinhas era dizer que eu não tinha pai. Coisa de adolescente

Entramos na casa, explorando cada centímetro dela. Não teve um lugar dali onde Steven não pois os dedos, era igualzinho um menino de 6 anos. Cada cômodo era enorme. Tinham várias porta e janelas enormes. Havia uma sala de sinuca, outra de jantar, com uma mesa para 20 pessoas, e até uma adega. No andar de cima haviam 5 quartos e cada um com seu banheiro. Um dos quartos tinha vista para a piscina, que foi o que Steven recolheu para ser dele. O que eu escolhi era um quarto grande, que tinha uma cama com dossel preto em volta, e uma penteadeira branca. A casa já vinha com alguns móveis.

Senhoras e Senhores... Rose Jones.Onde histórias criam vida. Descubra agora