Eu apenas dirigi. Não sei quanto tempo. Eu só dirigia. Não tenho mais nada a perder mesmo, já perdi minha única família, meu namorado e meu emprego em só uma noite. Não tenho mais o que fazer nesse mundo. Naquele momento era só eu, a estrada e a música. Eu estava em umas playlist muito intensa da Janis, não queira sentir mais nada além daquilo.Eu não sei aonde eu estou. Mas sei que estou na América pelo menos. Não vi ninguém me parar, me impedir, então acho que estou na lei ainda. A gasolina do carro estava acabando, a estrada deserta estava desaparecendo e carros começaram a surgir. Eu estava na civilização de novo. Só me resta saber aonde. Olho para o lado e vejo algo que me assusta.
Bem vindo a Califórnia.
Los Angeles: 30km.O QUE? EU ESTAVA NA CALIFÓRNIA? COMO? É quase 1 dia e meio de horas até lá. Isso era impossível. Não acredito. Não acredito! Eu deve ter quebrado algum recorde. Do Brooklyn até a Califórnia. Era impossível.
Desde a mensagem dizendo que eu estava fora, eu me revoltei e taquei o meu celular pela janela. Não foi umas das melhores decisões do momento. Eu estava sozinha e incomunicável. Mas pelo menos eu estava na minha cidade natal de novo e tenho aonde ficar. Meu cartão de crédito está em casa, mas eu posso comprar com os 50 dólares reserva um pouco e comida e gasolina.
Não dava. Ou a comida ou a gasolina. Eram 1:00 A.M quando olhei por um relógio da estradaParei em um Mc Donald's 14 minutos depois de decidir. O Mc estava ótimo, mas não sabia o que fazer. Tinha sobrado 42 dólares, eu podia ver um lugar para dormir, mas provavelmente, seria mais de isso. Comecei a pensar no que fazer.
Um lugar para dormir?
Impossível. Eu estou no centro de Los Angeles. Não há lugar aqui por 42 dólares.Dormir no carro?
Não, eu estou no centro. De. Los. Angeles. É pedir para morrer. Aqui é pior que o Rio de Janeiro.Voltar para o Brooklyn?
Agora? É brincadeira, né? Não sei como eu sobrevivi a essa viajem maluca.Eu não sabia realmente o que fazer. Até que lembrei de um lugar. Rainbow. Era poucos minutos dali. E eu tenho um amigo que sempre vai lá quase todos os dias. Se eu der sorte ele pode estar lá. Por favor que sim.
Eu me lembro quando tocava lá. Será que ainda continua igual? As pessoas que trabalhavam lá, será que ainda trabalhavam lá? Queria ver se me reconheceriam.
Cheguei no Rainbow tarde da noite. Estacionei o meu carro quase acabado de bateria no canto e olhei o bar pela vitrine. Estava igual antes. Lindos e colorido. Ia demorar para fechar.
Entrei com o coração a mil. Será que alguém ia saber quem eu era? Meio difícil. Mas vou manter o foco e procurar o meu amigo de palco.
Vi no meio da multidão que é o Rainbow uns cabelos loiros bagunçados e grandes que estavam de costas para mim, acompanhados de uma jaqueta de jeans azul claro e calças azuis também. Ele estava baixinho como sempre. Me aproximei devagar para não o assuntar, ele estava com duas groupies com ele. Uma em seu colo e outra do seu lado esquerdo. Meu amigo estava sentado em um sofá U com uma mesa no meio, totalmente jogado. Ele estava sóbrio ainda, mas por quando tempo ele ainda ficaria?
- Steven Adler? - perguntei baixinho.
Ele me olhou de cima a baixo sem acreditar. Eu estava tão surpresa quando ele, prometi dizendo que nunca mais estaria naquele bar de novo.
- Rose Jones! Quando tempo! - ele levanta rápido do sofá e esquece as groupies.
- Eu cuido de vocês mais tarde, meninas. - ele fala olhando para elas de um jeito... Enfim, falei rápido demais.
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Senhoras e Senhores... Rose Jones.
FanficObrigada pelas 1.000 views, amo vocês 🖤 12 de março de 1984. Rose Jones virou sua primeira garrafa de Jack Daniel's com 13 anos e foi a melhor sensação da vida dela. Toda a adrenalina e euforia no seu segredinho a deixou com vontade de fazer mais...