Live Aid

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Wembley Stadium, Londres, Inglaterra. 13:56. Um dia antes do Live Aid.

Organizar os preparativos para o show era desgastante, estou lá desde 8 da manhã organizando a ordem de faixa das músicas. A minha parte é o seguinte:
Depois que o Metallica sair, eu tenho que esperar minha música começar, primeiro o instrumental de Hollywood Legends, e assim que parte da cantada começar, tenho que cantar ainda tendo dentro do backstudio, saindo só no refrão. Depois tenho que cantar Mr. and Mrs. Rose, Brooklyn Baby, Hotel California e Lonely Day, exatamente nessa ordem. Quando acabar tenho que me despedir e sair do palco.

O baterista e o baixista que vão tocar não são os meus, são escolhidos pelos Joey. Conversamos um pouco e eles conhecem minhas músicas. Os produtores me falaram que eles iam ficar atrás da cortina tocando minhas músicas, mas eu insisto para que ficassem no palco comigo. Meu pedido foi levado ao Joey para avaliação.

Estou no meu camarim agora, pensando na roupa que vou usar para minha performance. Tenho várias opções de roupa de trouxe de Los Angeles, e ainda quero passar no centro de Wembley hoje a tarde para ver algumas lojas de sapatos. Temo não ter tempo.

Tomo um gole da minha Black Princess e seguida cheiro uma carreira de cocaína. Não posso exagerar hoje, mas pouco não significa nada. Ouço uma batida na porta.

- Rose? - eu reconheço a voz de uma das organizadoras do evento, logo autorizo a entrada. - Daqui a 15 minutos você tem que ir lá no backstage por que o Sr. Becker te quer lá. - Eu acento com a cabeça e ela saí.

Provavelmente o Jo quer falar sobre a guitarra que eu esqueci em casa e só lembrei hoje de manhã. Fazer o quê? Eu tenho outras coisas para pensar.

Termino a minha garrafa em 4 minutos e resolvo adiantar minha conversa com o Joey.

Saio do canarim ao mesmo tempo em que o Paul Stanley e o Gene saem dos dele, que ficam em frente ao meu. Que bom que não tenho banda, se não eu teria que dividir o camarim e não gosto da ideia de compartilhar esse cantinho apertado. Se bem eu que o Axl negociou para ter um só dele.

- Oi meninos!

- Oi querida! - disse Paul. - tá indo almoçar também?

- Não sabia nem que tinha essa opção. - tento uma piada. - Na verdade o Joey quer conversar comigo.

- Ah, deixa esse velho para lá. - Paul pega na minha mão e me puxa para o seu lado, cruzando nossos braços. - Gatinha, você vai almoçar com a gente! - ele saiu me puxando pelo corredor. Não protestei, já que estou com fome. Gene nos seguia sem dizer muito.

- Vem cá, cadê o Eric e o Tommy? - perguntei ao Paul.

- Ah, meu amore, é uma longa história. Resumindo muito, tivemos que trocar pelo Ace e o Peter.

- E onde eles estão agora?

- Estão no Las Iguanas, onde vamos almoçar. - disse Gene.

- Ah... - já prevejo algumas brigas nesse almoço, já vi que vai sobrar para mim ser a pessoa que muda de assunto.

- Cadê o vestidinho que você tava usando no dia do aeroporto, Jones? - Gene pergunta e eu não sei o que responder. Mas não preciso pensar muito, já que o Paul saí em minha defesa sem eu precisar pedir.

- Cala a boca, cara. - e que baita defesa. Vai ver ele não tá para briga hoje. Na real ele nunca tá para briga.

Passamos por alguma portas até finalmente saímos do estádio. O lugar era imenso e cheio de falsas saídas.

Eu e Paul conversamos o caminho todo sobre o como estávamos ansiosos para o Live Aid enquanto Gene só vinha atrás sem participar. De vez enquanto ele só soltava alguns "aham" ou qualquer outra palavra de concordância e se calava novamente.

Senhoras e Senhores... Rose Jones.Onde histórias criam vida. Descubra agora