O Contrato

Página VI

Depois de se separarem, cada um ficou para um lado da casa. Sasuke estava mais interessado na biblioteca, mas depois de Naruto lhe quase ordenar para que saisse daquele cômodo cheio de livros, Sasuke foi conhecer o resto da casa. Viu que tinham realmente muitos quartos. O suficiente para sua família grande. Apesar de ter alguns vazios. Salas confortáveis.

Percebeu que por toda a casa tinham portas e corredores onde alguns levantem para um mesmo lugar. A decoração não era nada muito extravagante. Seu marido sabia bem do que gostava e desgostava.

Em uma de suas idas, se perdeu em meio aos corredores e entrou numa sala. Era um escritório, com duas escrivaninhas. Acreditou ser uma sua e outra de Naruto. Não tinha muita coisa ali para ver, e lembrar de seus deveres lhe cansou. Saiu agora a procura de um empregado que, desde que saiu da biblioteca não viu um sequer.

Acabou chegando na cozinha. Olhou em volta achando o lugar maior do que esperava. Mas finalmente viu mais alguém naquela enorme casa.

Caminhou devagar até uma das moças que estavam lá. Ela parecia tão concentrada na comida que preparava que nem notou a aproximação do moreno.

—Ja estão fazendo o almoço?— Questionou pensando se já era hora. A moça sobressaltou CPM a repentina pergunta e o olhou, o saudando imediatamente.

—Meu Lorde! Sim, já está quase pronto, senhor.— Ela disse. Sasuke entortou a boca e olhou ao redor.

—Parece confortável.— Falou Sasuke e depois olhou para a moça. —Digo, sobre o espaço da cozinha.— Ela o encarou com as sobrancelhas levantadas mas sorriu por fim, voltando a mexer a comida da panela.

—Somos seis, senhor. Então uma cozinha pequena seria difícil para nós.— Sasuke murmurou um "hum" pesando o porquê de tantas cozinheiras. —Meu Lorde deve se perguntar porque tantas cozinheiras.— Sasuke a olhou surpreso. —Além se servir os Lordes, servimos os Senhor Neji e o Senhor Kiba.— Sasuke Soltou um "entendi", mas ela não precisa ter acabado ainda. —Depois, fazemos para outros empregados, os que cuidam do jardim, do celeiro, as criadas da casa, e por fim nós. — Ela o olhou sorrindo. Sasuke suavizou a face. Seu sorriso lembrava a de sua mãe, apesar de ela parecer um pouco mais velha que ela.

—Deve ser trabalhoso.— Ela riu mas logo se calou, percebendo seus modos à frente de Sasuke. —Mas não vou dar muito trabalho.— Sasuke sorriu e deu as costas. —Não como muito, sabe?— Riu e saiu da cozinha. Suspirou cansado e caminhou em silêncio pelo corredor. Parecia que ia dar na sala. Logo escutou um som. Som de notas sendo tocadas no piano. Era suave e calma. Seguiu o som, dando na sala onde passaram mais cedo.

O som ficou mais alto e mais claro. Lhe passava uma tranquilidade e calma estranha. A brisa vinda das janelas grandes abertas dava um toque final.
Caminhou devagar sem tirar os olhos do loiro que tocava tão imerso que estava de olhos fechados. Se encostou com o máximo de esforço no piano para não incomodar o loiro. Uma nova brisa bateu, e os fios loiros balançaram com graça, fazendo Sasuke ficar hipnotizado com o loiro tocando o instrumento com tanta suavidade.

Relaxou o corpo e apoiou o braço num espaço livre ali, já que o piano estava aberto.

Era incrível, não conseguia desviar os olhos do loiro e muito menos não prestar atenção na música. Naruto sempre tocou muito bem. Suas mãos são grandes o suficiente para alcançar as teclas. E surpreendentemente suaves para tocar tal música¹ tão perfeitamente. Não se conteve em não sorrir. Queria tocar junto. Pegar o violino esquecido ali do lado e tocar junto ao loiro. Mas a música não permitia. Estava completa demais para ter outro acompanhante.

O loiro parou de repente. Tirando Sasuke do transe e o fazendo arrumar a postura.

—Desculpe, atrapalhei?— Questionou vendo o loiro suspirar. Mas ele apenas balançou a cabeça. Abriu os olhos devagar e olhou para Sasuke. Este que quase se perde nos azuis dos seus olhos.