36 | Dégagé

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Oi, oi, oi, faccionáriessss do meu coração! Que saudades!!! Como vocês estão?

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Oi, oi, oi, faccionáriessss do meu coração! Que saudades!!! Como vocês estão?

Eu aproveitei muito as férias, mas dá uma tristeza voltar ao dia a dia de trabalho, confesso! Mas amo voltar a postar. Ah, e esse é um dos meus capítulos favoritos! Espero que gostem 💜 

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

#EstrelandoOCoadjuvante

»»🩰««

 Jungkook voltou ao ponto que marcara como o seu início, entre duas fitas gastas transpassando o linóleo surrado. Ainda bem que a competição permitia a marcação de palco; não só o tamanho desse era muito maior do que Jungkook sequer imaginava, como o sensação emborrachada do linóleo contra sua sapatilha era muito diferente da madeira lisa do Centro Cultural e da grama do quintal de Hoseok.

Seu coração já o ensurdecia. Era tudo profissional demais. Talvez, real demais. Ergueu a cabeça e encontrou Jimin no meio dos assentos do teatro, erguendo o polegar positivamente, para indicar o acerto na posição inicial. Jungkook respirou fundo.

Para não se cansar ou se lesionar, apenas marcou os movimentos da coreografia, testando o quanto deveria se movimentar pelo palco com cada. Era mais desafiador do que esperado: A Morte do Cisne original tinha passos pequenos, curtos, agoniados de uma morte delicada. Mas sua Fênix... morria de forma espalhafatosa. Tomava todo lugar, exigia que assistissem às suas chamas prestes a minguar; tinha movimentos agoniados, mas nada frágeis. Jungkook precisava achar uma forma de tornar aquele palco seu.

A cada movimento, observava Jimin. Às vezes ele fazia gestos positivos; outras, pedia a ele para ir mais para um lado ou para o outro, e repetiam até acertar; com pressa, claro, pela finitude do tempo oferecido para a marcação de palco.

Depois de remapear toda a coreografia, Jungkook a marcou uma última vez. Ainda não com a energia da apresentação de verdade, mas com mais firmeza, em especial nos pés, para entender melhor como o linóleo reagia aos seus passos. No fundo, agradeceu o fato de não ter nenhuma sequência de piruetas na Morte da Fênix.

Uma moça da organização consultou a prancheta em mãos e avisou o fim do tempo. Jungkook agradeceu e saiu do palco. Ainda era um encanto ver, em primeira mão, os bastidores: as coxias, os canhões de luz, as máquinas de fumaça, as caixas de som empilhadas, as escadas, as portas para os camarins; tudo bem apertadinho e escuro por trás das cortinas.

Ao dar a volta pelos fundos, encontrou-se com Jimin em um canto da plateia, acompanhado de uma mochila imensa — com todo seu figurino e todas as maletas de maquiagem do namorado —, de Hoseok, de Momo e de Yerim. Embora os últimos fossem seus "rivais", Jungkook ficou feliz em vê-los. Traziam uma familiaridade que o acalmava, sentia-se menos deslocado. Todos queriam vencer, era óbvio, mas em vez daquela vontade parecer uma sensação dura e hostil; parecia mais uma compreensão doce, um pouco nervosa, e muito encorajadora.

Uma suposta facção de balé • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora