Capítulo 1

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Pete estava no beco atrás do clube soprando a fumaça do seu cigarro saindo da sua boca, estava cansado, mas a noite estava apenas começando, olhou no relógio de pulso e viu que seu intervalo estava acabando e o horário de sua apresentação se aproximava.

Ele já estava com roupa para sua dança no palco, uma saia colegial curta que mostrava suas belas pernas a vista ela ia pouco abaixo da sua bunda, não usava as meias 7/8 no momento porque teria dificuldade para sua dança na barra. Usava também uma blusa branca justa e levemente transparente que deixava a sombra de seus mamilos à mostra.

Pete tem uma grande variedade de clientes que vêm ao clube apenas para vê-lo dançar sensualmente com uma saia, sabia que ficava bem em uma, mas não entendia ao todo como podia atrair tantos olhares, seu número com esse tipo de roupa se tornou obrigatório por seu chefe Tull e como dependia da grana que ganhava para enviar dinheiro aos seus avós e se sustentar nessa cidade.

Puxou uma última tragada longa antes jogar o cigarro no chão e esmagar com seu pé o que sobrou e entrou de volta ao clube a caminho da parte de trás do palco, Porsche estava finalizando seu número, ele era seu único amigo ali, ambos chegaram ali em uma situação ruim, a vida não tinha sido fácil para os dois. Seu amigo tinha chegado ali para pagar as dívidas do seu tio apostador para não perder sua casa e manter seu irmão Porchay na escola, admirava muito seu esforço, pode parecer fácil o que eles faziam, mas não era, todas aos mãos errantes que tinham que aguentar e as danças particulares com clientes que sempre querem algo a mais, era desconfortável no mínimo, mas era ali que podia mandar dinheiro pra sua família, mantê-los seguros e alimentados.

Olhou para o público, a casa estava cheia, sexta era um dos dias mais movimentados, a casa em si era bem decorada com luzes baixas causando uma sensação a quem vinha de intimidade. A casa não era uma espelunca, ela atendia muitos clientes vips entre outras coisas que nem sonhava em se intrometer, quanto menos soubesse melhor.

Porsche veio até ele e Pete estendeu sua mão para bater na do mais alto.

-Você foi bem e parece que estamos com um público generoso hoje - comentou olhando as notas presas em sua roupa íntima e no chão do palco cheio de notas jogadas pelo público formado por homens e mulheres, o clube prometia discrição. As ajudantes estavam recolhendo as notas e limpando o palco. O dinheiro era dividido metade para Tull e metade para o dançarino, não era o mais justo, mas tinha lugares piores para se trabalhar.

-Obrigado - disse ofegante pela atividade de antes parando ao meu lado - você já comeu? Quando terminar aqui me encontra lá atrás nos camarins - Bagunçou meus cabelos e saiu sem esperar resposta, esse era Porsche sempre um bom amigo, as vezes o mais novo fazia bicos numa loja de conveniência para aumentar sua renda, não pretendia ser dançarino pra sempre então o dinheiro extra o ajudava a pagar seu curso de design gráfico e quem sabe um dia poderia juntar o suficiente para um diploma, mas nem ele tinha tanta esperança em si mesmo.

Estava chegando o momento de entrar no palco, tirou os chinelos e deu alguns pulinhos, além de aquecer seu corpo para o que viria. Puxou sua saia um pouco mais pra cima deixando sua bainha na altura do final da sua bunda, usava uma calcinha de renda branca, nos seus primeiros shows usava normalmente a tanga que todos os dançarinos usavam ou uma cueca pequena, seu chefe foi rápido em ordenar que usasse uma calcinha, pôde apenas ranger os dentes sorrir e ceder. Parece que muitos homens tinham fetiches com saia pelo visto e isso rendeu a Tull muito dinheiro.

A introdução de Unholy começou era sua deixa respirou fundo e colocou seu sorriso sedutor no rosto correndo do palco e saltando na barra se prendendo nela com uma perna dobrada e a outra esticada rodando na barra enquanto começava sua sequência recebendo alguns gritos do público. Com seus movimentos sua saia dançava ao seu redor, subia quando virava de cabeça pra baixo deixando sua calcinha mostra, as pessoas amontoadas e sentadas em suas mesas expressavam alto seu contentamento com a visão enquanto as notas começavam a serem lançadas no palco.

Dançando com a Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora