Cap. 30

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Ana Giulia

Abri meus olhos lentamente e lutei contra a claridade que tinha naquele quarto, me levantei devagar e ainda tentando me acostumar com a iluminação. Tentei reconhecer onde estava e então logo a Lara entra.

- Olá, seu pai tá quase pra derrubar isso aqui pra levar você embora.- ela disse sorrindo, mas seu sorriso não era alegre como sempre.

- Tá tudo bem? - perguntei. Passei a mão por minha barriga e vi que estávamos bem.- em que momento eu apaguei, não lembro de nada.

- você teve uma crise de estresse.- ela suspirou. Lembrei de tudo, encostei a cabeça na cama e coloquei a mão no rosto.

- Eu não acredito nisso, Lara.- ela suspirou.

- Se te conforta, eu não falo mais com ela e sempre fui contra tudo isso. - assenti com a cabeça.

- No final, é tudo que me disseram.- ela tirou o acesso.

- em partes..- ela ajeitou meus cabelos.- Pedro é tão imprevisível.

- Em pensar que agora temos uma ligação eterna..- bufei.- não pelo meu filho, sou imensamente grata por ele. Mas queria fingir que o Pedro foi um surto da minha cabeça.- ela sorriu.

- Vamos acreditar que Deus sabe de todas as coisas...- assenti encerrando aquele assunto.- fizemos todos exames em você, o médico pediu pra você fazer outros exames com médico da sua família e também.. evitar estresse, sua pressão subiu muito e se você continue tendo episódios como o de hoje vai ser prejudicial pra sua saúde e a do bebê.- concordei.

- Essa semana vou no Dr Marco.- ela me passou algumas coisas que o médico tinha dito e depois nós saímos. Quando sai meu pai estava lá encostado olhando pra rua.

- Oi pai. - sorri amarelo.-

- você quer me matar ? Sua mãe tá em tempo de vim até aqui.- ele me abraçou.- vocês estão bem?

- estamos pai. Vamos pra casa ? - ele concordou. Saímos de lá e fomos pra casa.

Horas mais tarde...

Estava com minha mãe, ela estava provando alguns doces que teriam no chá... mas confesso que minha mente estava muito longe.

Ouvimos a campainha tocar, meu pai foi abrir e pouco tempo depois só ouvimos os gritos.

- Eu acho que tu não entendeu meu recado.- Meu pai disse alterado.

- Eu preciso falar com ela.- olhei pra minha mãe que logo levantou e foi pra sala.

Levantei com toda calma do mundo, respirei fundo e segui em direção a sala onde minha mãe já gritava.

- Tá querendo fazer ela perder meu neto? Olha, eu tô a ponto de ir lá e dar uma surra muito bem dada naquela vadia e deixar o Enzo dar um tiro na sua bunda. - pra minha mãe tá falando assim, ela tá brava mesmo.

- vocês me desculpem, façam o que quiser comigo.. mas deixa só eu tentar me explicar pra Ana, ela não merece tá sentindo isso.

- ainda vem você você sabe. Não sei se é melhor ou pior, já se ver que você não é tão burro assim.- minha mãe disse.

- Eu sei que eu vacilei, mas eu fiz o melhor pra ela..

- Sem dúvidas, a melhor coisa que você fez foi sair da vida da minha filha.- meu pai disse. Entrei na sala.

- O que você quer? - perguntei de braços cruzados, ele tentou se aproximar mas meu pai não deixou.-

- Deixa eu me explicar com calma.

Na proteção de um bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora