Na proteção de um bandido

Cap 37

Ana Giulia

Ouvimos a porta abrir, assim que levantei o olhar dei de cara com o Fernando, quando ele entendeu a situação ele correu até ela e encheu ela de chutes.

- tá ficando doida ? Eu falei que não é pra ninguém encostar nela.- ele sacou uma arma e deu um tiro no meio da testa dela. Foi sangue pra todo lado, inclusive em mim, meu vestido de branco passou a ser vermelho.

Eu fiquei em choque. Coloquei tudo que restava de comida dentro de mim, vomitei só tudo mesmo. Abracei minha barriga e comecei a chorar muito.

Ele veio em minha direção e segurou meu rosto selando nossos lábios. Juro que quis cuspir, mas acabei de ver ele estourar a cabeça de uma garota.

Fechei meu olhos com força tentado manter a calma do que estava acontecendo. Ele se afastou e puxou meu cabelo me fazendo o encarar, mas eu mantive meus olhos fechado com muita força.

Quando ouvi a porta abrirem de uma vez, continuei de olhos fechado até ouvir uma voz familiar.

- Se encostar nela mais um pouco, vou arrancar sua outra mão, junto com suas duas pernas...- ouvi a voz do Pedro e soltei uma longa respiração. 

- Pedro..- disse baixinho ainda chorando.

- como você...- ele foi interrompido.

- Ta achando que é esperto?- o Pedro disse. Meus olhos brilharam. Eu queria tanto abraçar ele.

Acabou.

- você é corajoso só em tá encostando na minha mulher e no meu filho.- Pedro disse. Eu sentia seu olhar queimar ele.

- sua mulher.- o Fernando riu.- sua mulher eu acabei de matar. Por encostar na minha mulher..- Fernando cheirou meus cabelos e eu só queria chorar de nojo.

- pode anotou também vou tirar o seu nariz com estilete.- Pedro pateticamente rosnou.

- Olha só, se não é meu filhinho.- o maldito Luiz surgiu atrás de do Pedro. Senti que ele ficou super tenso.

- o que tu quer com ela? - Pedro perguntou.

- Com ela? Ela e um problema só desse emocionado ai, eu quero você. BAIXA ESSA ARMA.. devagar, ou eu acerto na barriga da sua namoradinha.- eu tremi, não consegui manter a calma, senti um líquido escorrer de mim.-

- Ana... - ele me olhou com os olhos marejados.

- AGORA.- ele gritou e então o Pedro colocou a arma no chão e levou suas mãos.- você está preso...- antes que ele terminasse escutamos o barulho de outra arma destravando.

- Hoje não, babaca.- meu pai disparou na barriga dele que caiu ao chão tentando estancar o seu sangue. O Pedro avançou no Fernando e deu dois murros que ele caiu pra trás...

Minha vista já estava turva, quando eu menos me dei conta já tinha apagado.

PR

Quando eu vi a Ana apagando corri para pegar ela, corri com ela até a parte de fora e coloquei ela em um dos carro, o Caíque entrou comigo e então fomos direto pro hospital.

Liguei pro médico dela, por mais que fosse de madrugada esse filha da Mae tem que atender.

Ligação

- olá, senhor Pedro.. tudo..- interrompi

- Não dr, não tá nada bem. Estou levando da pra sua clínica.

- Mas eu.. - interrompi.

- Dr. Marcio, acho bom você tá lá, eu sei onde você mora e quantas pessoas moram na sua casa, não tô querendo te ameaçar não, mas se tu não chegar na porra desse teu consultório em 15 minutos eu mesmo vou te buscar aí, e você não vai gostar.

Desliguei

Não acho que amacei ele, só acho que quis proteger minha família.

Olhei pra ela que estava ao meu ainda desacordada, ela estava com os cabelos curtos,  cortaram os cabelos da minha princesa... que ódio por não ter chegado logo.

Tirei minha blusa, tentei tirar aquele vestido dela.

- Ver se não olha pra trás.. moleque.- murmurei

- Ela é minha irmã, sem noção.- ele bufou.- Cuidado aí.

- não fiz seu sobrinho com dedo.

- não me estressa.- ele disse.

Tirei o vestido dela e coloquei minha blusa, mas me arrependi, porque a blusa ficou marcando os seios dela. Mas em compensação, não consigo imaginar ela suja de sangue.

Examinei ela toda, o filha da puta machucou o rosto dela todo, ela estava com o rosto e o pescoço roxo. Mas eu vou fazer questão de fazer a mesma coisa com ele.

Mais tarde

O Dr finalizou os exames, ela ainda estava desacordada, infelizmente ela estava muito desidratada.

- como já era esperado, a gravidez da Ana passou a ser de risco, vocês precisam am ter ela o máximo possível em repouso. Você precisar que ela seja acompanhada com mais frequência e também que mantém ela o máximo de hidratada possível.

- tudo bem..- disse

- ela vai ficar de repouso aqui mais essa noite, amanhã pela manhã às enfermeiras vão vim trocar o soro e aí vocês podem levá-la para casa dela para que ela fique em repouso na casa dela, vou visitá-la semanalmente.

- tudo bem.

- e Senhor Pedro.- ele disse antes de sair.- Nunca mais me ameace. - disse firme.

- beleza Dr. é só o senhor não deixar minha mulher esperando. Você recebe muito bem por esta aqui essa hora. - ele saiu.

Médico atrevido! Eu disse que era pra terem contratado uma médica, essa parada de mulher elas tudo sem entendem.