Na proteção de um bandido

Cap. 23

20 dias depois.

Hoje nós estamos na fazenda do meu pai no Paraná, daqui nós iremos para Flórida novamente, meus pais estavam morando lá, já que sempre foi o sonho da minha mãe e a tia babi mora lá.

Meu pai tinha saído com meu avô pra irem dar uma olhada nos cavalos, minha vó e minha mãe estavam na cozinha fazendo algo gostoso e eu estou no quarto.

Eu me sinto uma trouxa, porque a todo momento ele pediu pra eu não ir embora, a todo momento ele dizia que queria tá comigo. Como ele pode ter mudado de ideia tão rapidamente? Quem eu fui pra ele.

Demoramos uma semana pra sairmos de lá, a missão de pegar o Fernando foi concluída, meu irmão ficou em treinamento com PR, Jessica e ele não estão mais juntos e Lara segue firme com meu primo. Vez ou outra as duas me ligam por vídeo chamada, mas eu estou evitando, falar com elas me lembra a ele.

Ouvi baterem na porta do quarto quarto e logo minha vó entra.

- Oi meu amor. - ela disse colocando a cabeça pra dentro do quarto, soltei o celular e sentei na cama.

- Oi vovó..- sorri de lado.

- Como você está?

- Bem, né..- ela sentou na cama e eu coloquei minha não na perna dela.

- Seus olhinhos estão dizendo o contrário. Mas tudo bem, nós passamos por essas na vida, com o tempo você vai ser que esse é o menor dos problemas.- ela sorriu brincando

- A senhora não tá ajudando.- eu sorri.

- só quero dizer que não é o fim do mundo, tá? Isso vai passar. No fundo, você fez o correto, seus pais batalharam pra você ser a menina que você é hoje.

- eu sei vó.

- Eu tenho uma surpresa pra você. - ela disse.- Pra você não ficar tão sozinha, temos visitar.- olhei sem entender. Então a porta abriu, por ela passou a Luara, minha amiga de infância. Nós duas sempre brincávamos juntas na fazenda, ela é filha da governanta, mas pra mim ela estava fazendo faculdade em São Paulo.

- Meu Deus.- sorri abertamente muito feliz.

- Oi.. não adianta sumir, o destino sempre une nos duas novamente.- ela estendeu os braços pra um abraço e eu corri pra ela.

Era isso que eu precisava, uma amiga, mas aquela amiga que eu sempre pude contar. Com essas minhas cosias de fugir do Fernando e o período que eu estava com ele, me afastei de muita gente, infelizmente a Lau foi uma delas.

- vou deixar as duas curtindo aí..

- obrigada, vovó.

- obrigada, tia. - minha vó saiu.

Nós duas nos encaramos novamente e começamos a dar alguns pulinhos de felicidade.

- seu pai disse que ia me levar pra Flórida com vocês, ele está com medo de você começar sua vida sozinha lá. Ou seja, sou sua babá, gata.- nós rimos.

- não sei o que fazer contigo, viu?- abracei ela novamente.-

- minha chance de arrumar meu gringo.- ela piscou sorrindo.

- ohh, to cancelando homem da minha vida.

- Ih Aninha, nada contra quem gosta, mas acho que não é uma boa opção pra você que não vive sem um macho.- ela disse rindo

- pelo amor né. Quer dizer que agora eu tenho uma irmã? 

- eu vejo mais como uma babá.- ela sentou na cama.- sempre eu cuidando de você. - me chutou levemente.- Agora me conta, sem pagar de emocionada, já estou sabendo que teve um bandido que roubou seu coração.. surpresa não tô, você passou o rodo em todo playboy, uma hora iria querer provar algo novo.- eu acabei rindo.- Agora me diz. Sem chorar, porque se chorar você apanha.- eu revirei os olhos.