Capítulo 9

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Acordei com um braço na minha cara, afasto-o e sento-me ainda está escuro olho ao meu redor está toda a gente a dormir. Levanto-me tomando cuidado para não acordar ninguém vou em direção a cozinha a minha cabeça está a latejar eu sabia que não era uma boa ideia beber. Fecho a porta delicadamente ao virar-me vejo uma sombra perto da janela.

- AAa~~ - a sombra aproximasse e sinto-a a tapar a minha boca e agarrar me na cintura. Prontos vou morrer eu só queria um comprimido.

- Shhh, para de gritar. Queres acordar toda a gente – diz e tira a mão da minha boca

- Sana?

- Eu – diz com a mão ainda na minha cintura.

- Puta merda que susto queres me matar do coração.

- Não eu preciso dele – eu ouvi perfeitamente o que ela disse vou simplesmente ignorar.

- Fazes o que aqui?

- Não consigo dormir.

- Por quê? - pergunto sentido a mão dela apertando a minha cintura.

- Não fiz a minha pergunta então fiquei pensando o que responderias.

- Podes fazer agora se quiseres - ela pensa alguns segundos antes de perguntar.

- Se eu te beijasse agora, paravas-me ou continuavas? - como responder uma coisa que nem eu sei.

O olhar dela continua preso no meu. Abro a boca várias vezes, mas nenhum som sai. Meu cérebro parou, eu nem estou a conseguir pensar direito. A minha respiração está totalmente desregulada por causa da nossa proximidade. Uns segundos passam e sinto que a Sana está nervosa por causa da mão dela que não para de se mexer na minha cintura. Sinto-a se afastando e num momento de desespero por já não sentir o calor da sua mão respondo.

- Só saberemos se me beijares - não sei se foi a coisa a certa a se dizer. Mas quando vi o sorriso da Sana a abrir-se o meu medo evaporou-se.

Ela voltou a aproximar-se, voltei a sentir o calor das mãos dela na minha cintura passei os meus braços por automático em volta da sua nuca. A cabeça dela foi se aproximando aos poucos com forme ela fez isso fui fechando os meus olhos. Senti a respiração dela bater nos meus lábios. Quando finalmente senti os nossos lábios juntos estremeci. Foi como se fosse um primeiro beijo, realmente era o nosso primeiro e espero não o último. Depois de longos segundo maravilhosos senti ela se afastando para respirar. Maldita respiração, queria ter continuado não queria parar agora. Antes dela se afastar puxo-a para um novo beijo desta vezes mais necessitado. Quando a falta de ar se fez ressentir tivemos que quebrar o beijo. Ficamos paradas uma frente da outra só se ouvia as nossas respirações descontroladas. Não sei exatamente quando tempo ficamos paradas ali, mas quando finalmente abri os olhos vi o olhar da Sana em mim um olhar de pura luxuria. E foi aí que caiu a ficha nós tínhamos acabado de nos beijar.

- Desculpa, boa noite.

Sai dali o mais rápido que consegui não acredito que fiz isto. Como é que vou conseguir a encará-la depois disto. Vou apanhar o primeiro voo que descolar e fugir do país.

- Chae acorda - balanço a Chae até vê-la a abrir os olhos.

- Espero que estejas a morrer para acordar-me. Que horas são?

- São 5.

- Da me uma boa desculpa para me teres acordado senão considera-te uma pessoa morta.

- Tenho de ir pra casa eu explico-te depois. Só te queria avisar que ia embora.

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