Capítulo 30 (fim)

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Acordei com gente a gritar a minha volta, abro um pouco os olhos vendo a Dayhun e a Chae jogando travesseiros e gritando como duas hienas. Estou cheia de sono pego no meu telemóvel vendo as horas passava um pouco das 8h. Fui dormir depois do nascer do sol, passei a noite com a Sana a falar de lembranças das nossas infâncias e a comer gelado.

- Olá, bela adormecida – diz a Dayhun se jogando em cima de mim.

- Foi boa a noite? - pergunta a Chae com um sorriso malicioso.

- Bom dia, pra ti também chata, olá Day – digo acariciando a cabeça dela.

- Só comigo que tu não es assim carinhosa – diz fazendo beicinho.

Levanto-me dando um abraço nela e me dirigindo para a casa de banho. Lavo a cara com água fria vendo se me faz acordar. Só queria dormir mais uma horinha é pedir muito.

Saio da casa de banho vendo que as duas hienas desapareceram. Prendo o meu cabelo e vou em direção a sala vendo toda a gente a conversa e a criar um plano das atividades de hoje. Olho ao redor não encontrando a minha namorada.

- A tua namorada está na casa de banho – diz a Momo me tirando dos meus pensamentos.

- Ela parecia cansada – diz a Jeongyeon passando por mim – e tu também.

- A noite deve ter sido boa – diz a Nay fazendo toda a gente rir.

- Eu...

- Foi ótima, olá linda – diz a Sana me dando um selinho.

Sinto as minhas bochechas esquentando por toda a gente ter visto esta interação intima entre nós. Já as meninas ficaram todas animadas gritando e batendo palmas.

Depois de comermos fomos todas pra praia. A minha vontade era me deitar e dormir, mas andei de um lado pro outro a jogar vôlei a nadar e mais umas quantas coisas. Quando consegui finalmente me deitar para descansar a Chae puxa-me para um quanto à parte.

- Ai Chae devagar – digo já tendo tropeçado umas 3 vezes.

Ela senta-se na areia longe das meninas. Olha para mim e bate do lado dela me indicando para me sentar também. Sento-me olhando as meninas brincando dentro do mar. Ficamos em silencio só olhando o horizonte e sentindo a brisa batendo de leve.

- Achas que ela vai aceitar – diz olhando para mim.

- Não sei.

- Eu amo-a Tzu e quero estar perto dela sempre. Nunca senti isto por ninguém e tenho medo de estar a ir muito rápido em tudo. Tenho medo de estar a ser muito intensa e ela não querer.

- Ela sabia como tu eras quando aceitou estar contigo. Ela sabe que es louca e mesmo assim está contigo – digo a fazendo rir.

- Sim, mas é diferente.

- Queres?

- Quero.

- Então lança-te se der errado pelo menos tentaste. Um não tu já tens, tens é que lutar pelo sim.

- Quando é que tu cresceste? - diz me fazendo rir.

- Não sei, talvez quando me dei a oportunidade de viver a minha vida sem medo.

A Chae sorriu para mim como uma mãe orgulhosa. Esticou os braços e me abraçou, foi um abraço que valeu mais que mil palavras. Não dissemos nada, mas sabíamos o que ele significava.

- Não mudes, continua sendo essa pessoa foda que es – diz se levantando – bem vou ver a minha namorada, vens?

- Já vou – ela acena com a cabeça e vai em direção as meninas.

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