Capítulo 12.

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— Então você não se lembra de ter crescido com ela? — Lúcifer a questiona.

— Pela quinta vez, Morninstar. Não, não lembro. — Liz não queria que seu tom de voz saísse ríspido, mas saiu e dada aos acontecimentos do dia ela não sentia culpa.

Ela estava confusa, magoada e com raiva, então ela tinha o direito de ser um pouco grossa ou ríspida.

Ela sabe que Lúcifer não é o culpado e que ela não deveria descontar sua raiva nele, mas ele a fez responder a mesma pergunta cinco vezes, então talvez ele mereça um pouco.

Liz ouve Lúcifer bufar de aborrecimento e seguir pela sala, olhando ao redor.

— Eu mereci esse tom — Ele disse e continua andando pela sala.

Liz não diz nada, em parte porque não sabe o que dizer e em parte porque acha que ele vai continuar falando.

— Sinto muito — Ele fala após hesitar. Liz não precisa olhar em seu rosto para saber que ele está sendo sincero.

— Por quê? — Liz franziu as sobrancelhas. — Nada disso é culpa sua.

— Mesmo assim. Eu sei que famílias podem ser complicadas e a sua atingiu um novo patamar.

Liz apenas sorrio de lado, sua mente estava em uma tempestade mais forte do que ela considera como normal e ter Lúcifer falando parece estar fazendo tudo diminuir. Liz descobriu que gosta de ouvi-lo falando.

— É a sua vez de escolher a porta.

Lúcifer assente, ele analisa as postas e se aproxima de uma, um pouco maior do que Liz, ele a abre e a luz os força a fechar os olhos.

Quando Liz volta a abri-los, ela estava no banco de trás de um carro.

Ela olhou pela janela e viu que o carro estava estacionado no estacionamento vazio de um cinema.

— Você a vê em algum lugar? — Liz escuta Lúcifer perguntar, ela analisa a entrada do cinema e vê Victória e Lorena saindo de lá com as mãos dadas.

— Ali —Liz disse e apontou para lá. Lúcifer segui-o a direção que ela apontou e as viu.

Victória e Lorena entraram no carro, Victória foi dirigindo.

— O que achou do filme? — Victória perguntou.

— Foi legal, mas eu estava concentrada em outra coisa — Lorena respondeu e sorrio para Victória.

— E o que foi que roubou a sua atenção? — Victória perguntou e colocou o sinto. Lorena colocou também.

— Não seria o quê, mas sim quem.

— E eu devo me preocupar?

— Com certeza! — Lorena afirmou. — Ela é a pessoa mais bonita que eu já vi.

Lorena terminou de falar e sorriu, mas seu rosto ficou pálido e seu nariz começou a sangrar.

Victória olhou para ela com preocupação. Seus dedos seguraram as bochechas dela com delicadeza.

Lorena começou a tossir. Victória tirou a mão direita e a estendeu sobre a testa de Lorena, Ela recitou um feitiço freneticamente para tentar descobrir o que estava errado. A memória acabou quando Victória olhou preocupada para Lorena após não conseguir descobrir o que estava errado.

— Você acha que talvez seja por isso que ela queira fazer um feitiço de cura? — Lúcifer a questiona. — Porque a Lorena ficou doente.

— Eu não sei. — Liz disse com sinceridade. — No começo eu pensei ser para ela mesma já que ela tem um corte feio no pescoço, mas é mais provável que seja para Lorena.

Lúcifer acena.

— É a sua vez.

Liz olha para as portas com indecisão. Ela se aproxima de uma porta um pouco menor do que a anterior.

— Seria muito mais fácil se soubéssemos o que procurar — Ele comentou.

— Talvez tenha um padrão — Ela falou para ele. — A primeira porta que abrimos era minúscula e ela nos levou para a infância a Victória.

— Você acha que quando maior for a tamanha das portas, mais velha a Victória é. — Liz acenou com a cabeça. — É um bom palpite.

Ela se afasta da porta e escolha uma, alguns centímetros maior. A luz volta e os puxa para uma memória.

Liz abre os olhos e olha ao redor, eles estão em uma espécie de cômodo.

As paredes são altas e estão cobertas de espelhos.

Uma luz atravessa um espelho e Victória sai dele, ela está andando com pressa e tem gotas de sangue manchando o chão, deixando um rastro de sangue atrás dela.

Ela está segurando a foice de Azrael com a mão direita.

Lúcifer e Liz a seguem, ela se aproxima de um espelho e estende a foice, ela passa pelo espelho com uma luz dourada.

Victória se vira e caminha até o centro da sala, nele há um caixão de vidro.

Liz e Lúcifer se entreolham e se aproximam para olhar para o caixão.

Dentro dele, rodeada de flores esta Lorena, seus olhos estão fechados, mas ela está respirando.

— Tudo isso já vai acabar, meu amor — Victória disse e colocou a mão sobre a tampa do caixão. — Só falta a seiva e aí você vai ficar melhor.

Ela encara o rosto de Lorena através do livro e vai para um estante na parede, ela pega um livro e começa a o folhear.

Lis se aproxima do caixão e o analisa.

— É como se fosse uma câmara criogênica. Está a mantendo viva — Ela disse. Lúcifer olha para onde está Victória e nota uma caixa de madeira.

Ele a pega e a abre.

Liz se junta a ele.

Na caixa, há várias fotos de Lorena e Victória.

Liz reconhece alguns lugares em que elas estão.

— Aqui é Fillory — Ela diz e aponta para uma foto. — Elas estavam viajando pelo multiverso? — Liz questiona em voz anta. — Como? Ela não é uma viajante.

— Pelo mesmo jeito que a trouxe para o seu universo. — Lúcifer responde. Ele olha algumas fotos e segura uma em que Victória e Lorena estavam na frente de um Chevrolet Impala 1967. No banco da frente, há dois homens que não parecem nada felizes.

— Reconhece esse aqui? — Lúcifer pergunta e estende a foto para Liz. A foto é de Victória em frente a uma torre de relógio.

— Sim. — Liz assente. — Storybrooke, cidadezinha linda e magica, as coisas nunca ficam calmas por muito tempo lá.

Eles analisam mais algumas fotos e guardam a caixa em seu devido lugar.

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