Capítulo 15.

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— Estou ansioso para sair daqui — Lúcifer comenta enquanto eles saíram de memória.

— E beber álcool — Liz acrescenta.

— E beber álcool. — Lúcifer concorda e sorri.

— Sorte a nossa que as bebidas de Fillory em um alto teor alcoólico.

— Você parece saber muito sobre Fillory — Lúcifer fala. Liz sorri nostálgica.

— Meu universo original tem uma Fillory. — Liz explica.

Lúcifer iria dizer algo, mas toda a sala começa a tremer.

Liz se apoia na parede cinza-escuro e olha ao redor da sala, tentando encontrar a fonte de toda a confusão.

Ela encontrou uma enorme rachadura vindo da última porta que eles escolheram.

A rachadura partiu a porta ao meio e, com os tremores, avançavam na direção deles.

— Corre — Liz ouviu Lúcifer gritar ao seu lado e o sentiu segurar a sua mão com força-a puxando para a outra extremidade da sala.

Liz quase caiu muitas vezes e ela mal podia ver por conta dos tremores, Lúcifer não estava muito diferente dela.

Lúcifer tentou abrir uma porta, mas não conseguiu, era como se ela estivesse trancada.

— Como saímos daqui? — Ele pergunta sem folego.

— Já deveríamos ter saído. A mínima intenção de sair deveria ter sido o suficiente para nos levar de volta.

Lúcifer parou abruptamente e Liz trombou nele.

— O quê?

Lúcifer olhou para baixo e foi arrancado das mãos de Liz por causa de um tentáculo negro que o estava puxando para baixo.

Liz correu para alcançá-lo, o tentáculo estava vindo de uma fenda enorme no meio da sala. Ela conseguia ouvi-lo xingando a criatura.

Liz se jogou para frente com os braços esticados em uma última tentativa de segurar os braços esticados de Lúcifer, mas não foi o suficiente, com um grito final, Liz observou Lúcifer desaparecer nas profundezas de uma fenda de pelo menos 8 metros de largura.

Ela olhou ao redor e em um ato desesperado, pulou na fenda.

Ela não sabe quantos metros de altura a fenda tem, mas é muito, por que Liz está caindo há bastante tempo.

Sua garganta está um pouco seca e é difícil deixar os olhos abertos por causa do vento, mas Liz se força a deixá-los abertos, ela não quer não ver Lúcifer.

Ela finalmente vê o chão e se choca contra ele com força.

Com um suspiro, Liz se virar de costas e agradece por não estar no seu corpo agora.

Ela corre pelo único caminho que tem, a direita.

Sua respiração esta falha e mesmo sabendo que não precisa respirar, ela tenta controlar a respiração.

Ela chaga ao final de do longo corredor e se depara com dois caminhos. Liz encara os dois, torcendo para que algo revele qual caminho leva ao Lúcifer.

Nada acontece, Liz respira fundo e sente o cheiro do perfume de Lúcifer, ele vem do túnel da esquerda e é por ele que Liz continua correndo.

Enquanto passa por pedras e buracos em um túnel escuro, o único pensamento na cabeça de Liz é Lúcifer.

Ela sabe que, teoricamente, ele não pode morrer, mas sua mente ainda traz imagens dele deitado em uma cama hospitalar de Fillory, seu corpo lá, mas sua mente não.

Seus olhos estão fechados e nunca mais vão voltar a abri-los.

O pensamento traz lágrimas aos olhos de Liz.

Ela chega ao final do túnel e o encontra, seu corpo está parcialmente coberto com uma grossa camada de teia.

Em cima dele, há um Cryptos, um protetor mental que a mente possui.

Um Cryptos é uma mistura de uma aranha gigante com polvo.

Liz lança um feitiço que joga a Cryptos para longe de Lúcifer. Ela usa o mesmo feitiço para trazer Lúcifer até ela.

Ela tenta acordá-lo, mas, provavelmente por conta do veneno da Cryptos, ele não acordava.

A Cryptos rugiu uma espécie de forma muito semelhante a um leão e avançou na direção deles.

Liz ergueu um escuto em volta deles com uma mão e tirou algumas teias do corpo de Lúcifer.

A Cryptos usava os seus oito tentáculos de polvo para apertar o escudo, fazendo-o rachar.

Liz ergue a outra mão e lançou o escudo na direção da criatura, fazendo a se lançar par traz.

Ela junta as mãos como se fossem uma concha fechada, quando ela as abre, chamas saem de sua mão e atinge a cabeça de aranha gigante da criatura.

Os olhos dela se fecham e ela recua.

Liz aproveita o momento de distração para ir até Lúcifer. Ele estava com os olhos tremendo, tentando acordar.

— Anda, Morninsgtar. A Maze vai me matar se eu te levar de volta com a mente faltando.

— Aí — Lúcifer disse e se senta. Sua mão vai até a sua cabeça. — Me arrependo de ter achado que ia ser fácil. — Ele faz uma pausa, olhando para a Aranha-polvo de 4 metros se aproximar deles.

Liz se levanta e lança um raio de energia na direção dela, Lúcifer se levanta rapidamente e tira o excesso de teias dos seus pés.

— Que criatura é essa? — Ele pergunta enquanto Liz faz um murro de pedra entre eles e a criatura.

— Um Cryptos. Ela é um mecanismo de defesa da mente e o fato dela estar aqui torna a sua vida bem mais difícil. — Liz explica a abaixa o braço, satisfeita com o muro.

— Por quê? — Lúcifer pergunta. Liz se vira para ele procurando ferimentos, ela só encontra marcas vermelhas de ventosas no tornozelo dele.

— Porque o Sirar impede que eles detectem as outras mentes. Se ele está atrás de nós, significa que a Victória está acordando. — Liz termina de falar e o morro se quebra, lançando eles para trás.

Através da nuvem de poeira, Liz assistiu à criatura lançar um tentáculo na direção de Lúcifer com os olhos arregalados. Ela estendeu a mão para fazer um escudo, mas o tentáculo da criatura o atravessou como se não fosse nada.

Liz, com os olhos arregalados de terror viu o tentáculo ficar a poucos milímetros de Lúcifer antes deles desaparecerem.

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