Capítulo 16.

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Lúcifer estava cansado, essa foi a primeira coisa que ele registrou quando acordou. Ele estava cansado, não dolorido, só cansado.

Era como se seu corpo tivesse corrido uma maratona depois de ter escalado o Monte Everest.

Sua mente trouxe as memórias da noite passada fazendo se levantar e olhar ao redor com olhos arregalados.

Ele coloca a mão no peito a procura de qualquer ferimento, mas não encontra nada. Ele suspira aliviado quando se dá conta de que está sozinho.

— Liz — Ele chamou na esperança dela estar junto a ele.

Lúcifer suspirou e caminhou até a porta de madeira.

A sala onde ele estava era pequena, ele acordou em uma cama de solteiro com um colchão duro de mais para o seu gosto, ao lado da cama, havia uma mesinha de cabeceira com a adaga e a mochila que Lúcifer sabia ser de Liz.

O fato dela estar sem nenhuma arma não o conforta.

Ele torceu a maçaneta e ao contrário do que esperava, a porta estava aberta.

Ele voltou para a mesinha de cabeceira e pegou a mochila e escondeu a adaga na sua cintura.

Assim que ele saiu pela porta, Lúcifer sabia que estava ferrado.

Ele sentiu a magia pulsando por todo corredor de madeira bem iluminado, ela emanava de todo o lugar em ondas.

Lúcifer notou que não era uma magia específica, ele sentiu a magia de vampiros, bruxas e lobisomens.

Ele deveria ter feito mais perguntas sobre o multiverso para Liz, Lúcifer pensou com amargura.

No final do corredor, há uma multidão de seres mágicos, crianças, Lúcifer percebeu.

Vampiros, lobisomens e bruxas da faixa etária dos cinco aos vinte anos e alguns com século de idade.

— Você acordou. — Lúcifer ouviu uma voz vinda de trás dele e de virou.

Ele olhou para a garota ruiva de, no máximo vinte anos, falar com ele.

— Foi mais cedo que o esperado — Ela disse e seus lábios se apertaram em uma linha fina. — Me acompanhe, por favor. — Ela adicionou e andou entre os seres da sala.

Lúcifer não tinha ideia do que estava acontecendo, então ele fez o que achou melhor e seguio a mulher com um desconforto crescente.

Ele sentiu todos no lugar o encarando, mas nem ligou.

Ele tinha coisas mais importantes para se preocupar.

Ele seguiu a ruiva por outro corredor e depois por uma porta de dava a um escritório.

A ruiva sentou na cadeira atrás da mesa. Lúcifer olhou de relance ao redor, havia uma garota loira sentada no sofá do lado direito da porta, Lúcifer escorou as costas no lado direito e olhou para a ruiva, esperando que ela começasse a explicar.

— Encontramos você na floresta — Ela disse e faz uma pausa, avaliando-o. — Estávamos no meio de um ataque da Terfes e por sorte, tiramos você de lá antes que as coisas se complicassem.

— E a mulher que estava comigo? — Ele perguntou levemente alterado.

A loira suspirou e cruzou as pernas.

— Ela foi capturada — A ruiva disse quase indiferente, como se já tivesse repetido essas mesmas palavras muitas vezes.

— Por quem? — Lúcifer perguntou, sua voz estava baixa e carregada de raiva.

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