In Control

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Não seja um leito fantasma
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Isabella Santos

Finalmente em terra novamente! Quase beijei o chão quando o sentir sob meus pés de novo.

Eu não tenho medo de altura, mas fico muito enjoada toda vez que tenho que voar. O voo durou quase nove horas então foi uma longa tortura. Sempre carrego comigo um remédio para dormir, mas como sai de casa apressada, cabei esquecendo.

Agora em terras nova-iorquina, estou a procura de um lugar para ficar, tenho dinheiro para pagar um hotel mas já estou louca para ter meu próprio apartamento.

Como agora estou fora do meu país, terei que trabalhar em home office. Fico feliz em poder continuar no mesmo emprego e ter uma renda fixa para continuar me mantendo. Mas mesmo assim, ainda quero arrumar um outro emprego. Além da renda extra, eu quero conhecer New York e um emprego que me tire de casa já vai me fazer conhecer muitas coisas.

Ah, eu to animada!

Saio do aeroporto, pego primeiro táxi que vejo e peço ao motorista que me leve até o hotel mais próximo.

Fui aproveitando o caminho durante todo o trajeto, vendo as pessoas andando no sol do meio dia tinha algumas que estavam quase correndo de tão apressadas, mas mesmo assim era interessante observá-las.

- Chegamos, moça! - avisa o motorista já saindo do carro. Ele me ajuda com as malas até a entrada do hotel e eu pago o mesmo.

- Obrigada! - Ele somente acena com a cabeça e se vai.

A fachada do local era bem luxuosa, e muito bonita também! Entro no local e já dou de cara com a recepcionista.

- Olá! - digo chamando a sua atenção.- Eu gostaria de um quarto.

- Olá! - ela diz simpática. - Você tem reserva?

- Não, eu decidi vir pra cá agora.

- Só um momento, irei averiguar se tem quartos disponíveis.

Ela começa a mecher em seu computador enquanto eu espero pacientemente, quando ela vai me informar se tem ou não quartos disponíveis entra quatro homens no hotel, do jeito que se vestem parecem até seguranças.

Mas tem um dele que me chama mais a atenção! A forma autoritária de andar mostra que é ele o chefe de todos alí e além de tudo é muito bonito. Alto, ombros largos cabelos castanho escuro e incríveis olhos verdes.

Ele caminhava até o balcão enquanto os outros três ficaram esperando na porta, todos eram bem altos também, pareciam três portas.

Ele fingiu um tosse para chamar a atenção da recepcionista. A mesma o encara surpresa e eu juro que pude ver medo em seu olhar, também.

- Senhor Lombard, como posso ajudar?

- Mas isso não é óbvio? - pergunta um pouco indignado. Mas oque mais me chamou atenção foi sua voz, grave e aveludada.

- Claro! Irei providenciar um quarto imediatamente. - Ela fala com pressa, mas quando ela iria voltar a mecher em seu computador, novamente eu a interrompo!

- Desculpa interromper, mas eu cheguei primeiro! Poderia voltar a me atender? - ela me olha e simplesmente fala:

- Desculpa moça, mas não temos quartos disponíveis! Senhor Lombard, a cobertura te aguarda.- Diz com um pequeno sorriso.

- Espero que não tenha ninguém no meu andar, pois não quero ter que voltar aqui novamente. - o tal do Lombard diz! É sério isso?

- Não precisará voltar, senhor! - garante.