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Filippo Lombard

Saio do banheiro relutante a deixar Isabella lá, nua e a minha disposição a qualquer momento. Vou rapidamente para o closet e coloco somente uma cueca e uma calça moletom preta.

Saio do closet em direção a porta e logo abro a mesma com Diego atrás dela.

- O que é de tão importante?

- Ainda não sabemos quem é, mas sabemos que um dos cúmplices de Elias está dentro da mansão!

- Então agilizem! Achem-o logo, não quero a  minha mulher correndo nenhum risco se quer. - Digo olhando bem em seus olhos. - Saiba que se algo acontecer com ela, você quem será punido, então trate de se esforçar, pois tenho certeza que não deseja morrer em minhas mãos.

- Sim senhor, eu encontrarei o traidor! - Diz com a voz trêmula mas mesmo assim decidido.

- Vá e o encontre logo! - Ordeno, pondo fim a nossa breve conversa.

Elías conseguiu colocar um dos seus dentro de minha casa, e eu preciso descobrir quem é o desgraçado! Não posso deixar que nada aconteça a futura rainha e mãe do meu futuro herdeiro.

- Já vestida?! - constato ao notar Bella no quarto vestindo mais um dos vestidos que comprei pra mesma.

- É, parece que sim! - ela diz num tom calmo, mas sei que fica com medo ao falar comigo, medo de falar algo e eu não gostar. - Aconteceu algo? Está mais sério que o normal. - Suas mãos apertam uma a outra deixando evidente o seu nervosismo.

- Não aconteceu nada! - Digo simples.

- Nada? - com a sobrancelha erguida ela pergunta. Aparentemente muito interessada no assunto.

- Nada que seja da sua conta Isabella! -digo já impaciente com a sua curiosidade. - Não tente encontrar alguém que te ajude aqui dentro, todos temem a mim e a primeira coisa que fariam era me contar sobre o que estivesse pretendendo fazer. - caminho até ela, Isabella da um passo vacilante para trás, porém logo chego até ela. Seguro o seu rostinho e a faço olhar em meus olhos . - Não queira ficar mais quatro dias desacordada minha Bella. Além de te fazer comer alguns dos meus cadáveres, te botarei pra dormir por mais de uma semana. - A sinto estremecer. Seus olhinhos ficam tão lindos com medo, eu adoro olhar pra eles assim. - Entendeu?

- Sim, eu entendi! - Deixo escapar um sorriso, vendo que ela finalmente aprendeu como me responder quando eu fizer alguma pergunta.

Solto o seu rosto que ainda segurava, deixando a marca do meu aperto. Isabella leva sua mão até seu rosto massageando o local que apertei logo virando as costas. Puxo seus cabelos trazendo a de voltar para mim, aperto bem forte fazendo ela soltar o gemido de dor.

- Não te dei autorização para que saísse Isabella, não disse que o que eu tinha para falar tinha acabado!

- Me solta Filippo, eu não sou sua filha para que me trate desse modo! E mesmo se eu fosse, você não teria direito nenhum de agir dessa forma comigo. - Diz entre dentes. Consigo sentir sua raiva de longe, eu adoro isso!

- Parece que não aprendeu mesmo, não é Isabella?! - falo puxando ainda mais forte seu coro cabeludo. - Mas tudo bem, farei questão de te ensinar tudo com muita calma e paciência.

A viro deixando-a de frente pra mim novamente. Seus olhos tem a mistura de ódio, dor e medo, sem contar as lágrimas que rolavam pelo seu rosto, não sei se por dor ou ódio, acho que os dois. Diminuo o aperto gradativamente até finalmente soltar de vez, faço questão de fazer um carinho em sua cabeça tendo certeza de que diminuiria a dor e deixaria Isabella ainda mais irritada. Toco suavemente seu queixo trazendo o seu olhar para o meu novamente, me inclino até chegar a sua altura depositando um beijo casto em seus lábios macios, logo a deixando sozinha no quarto.

Isabella Santos

Ahh, como eu o odeio! Como pode uma pessoa ser tão bipolar, tão mesquinho? Homem chato meu Deus, insuportável!

- Tudo bem querida?

Me viro rapidamente com o susto, logo me deparando com Cida. Com a mão no peito respondo que sim! Quase morri do coração mas estou bem.

- Ah que bom! - Ela parecia aliviada. - Eu não queria te deixar meu amor, mas eu não tive escolhas.

- Está tudo bem Cida! Eu sei que não me deixou por que queria, você tem outras coisas com que se preocupar, coisas muito maiores. Eu faria o mesmo se eu fosse mãe, eles são a sua prioridade e por favor, não deixe de pensar neles por minha causa.

Cida solta um pequeno suspiro aliviada, ela não gosta de me deixar sozinha com ele, sei que tem medo mas, eu super entendo ela, ela tem os seus motivos!

- Vem, vou te levar à um lugar que tenho certeza que você vai gostar! - Cida segura minha mão e me puxa pra fora do quarto, ela me guia pela a casa até passarmos por uma parte onde eu ainda não conhecia.

- Pra onde vamos? - É notável a animação em meu tom de voz, se ela disse que eu vou gostar, é por que realmente vou!

- Pra um lugar querida, paciência. - Ela fala com um pequeno sorriso no rosto.

Continuamos a andar pela a casa até então pararmos em frente a uma porta. Cida está quase abrindo a mesma, mas antes é interrompida por uma voz masculina.

- Cida! Eu trouxe o meu filho, Leonardo para que seja mais um dos seguranças do senhor. Lombard. - Um homem com certa altura e com cara de cinquenta anos falava e logo ao seu lado tem um homem ainda mais alto e forte que tinha certa de vinte e cinco anos, que julgo ser o seu filho. É um homem bonito, com um olhar intimidador, não quanto o do Filippo, mas ainda sim me dá um certo medo.

Ele não tira os seus olhos de mim, nem ao menos para olhar Cida. Desvio o olhar para a mesma que logo me olha com certo receio, e para quebrar o gelo, logo ela começa a falar.

- Bom, Isabella esse é o Luiz, o mordomo da mansão e logo ao lado tem seu filho Leonardo, que logo será treinado para proteger a mansão.

- Ah olá, é um prazer conhecer vocês! - falo o mais simpática possível, mas sem olhar nos olhos de Leonardo, eles me dão medo.

- O prazer é todo meu, srta... - Ele fala esticando a mão para me cumprimentar, mas logo sua mão é agarrada por outra.

- Lombard. - Filippo fala com sua voz grave e ameaçadora. O homem logo se estremece ao notar o olhar matador de Filippo, tentando soltar sua mão, mas o aperto de Filippo é forte o mantendo prezo a ele.

- Senhor, esse é o meu filho, Leonardo. - Começa Luiz com certo medo. - Ele veio ser seu segurança!

- Que pena Luiz, pois a única coisa que ele conseguiu foi assinar o estado de óbito dele! Eu vou matar esse desgraçado por cobiça a minha mulher. - Fala olhando nos olhos do Homem, ele não está blefando! - levem-o.

Luiz tenta contornar a situação, mas Filippo não da ouvidos deixando que seus homens levem o Leonardo.

- Filip...

- Cala a porra da boca Isabella, com você eu me resolvo depois!

Ai meu Deus, me ajuda!

In ControlOnde histórias criam vida. Descubra agora