...
— Então, todos de acordo?
Passamos longos minutos discutindo sobre o que, exatamente, teríamos que fazer para nada sair do controle. Um passo em falso e piorariamos toda essa situação antes mesmo de nosso pais descerem a escada.
— Sim! — Dissemos.
Ainda nos encontrávamos na sala. Já havíamos apaziguado todo a situação, já que Rosé está em um lado da sala e Junkyu, do outro. Hee, apesar da insistência de seus filhos, não os olhou nos olhos nem por um segundo; era evidente a frustração, ainda mais ao olhar de quem torcia tanto para o filho e a afilhada ficarem juntos.
Sunoo, que mantinha sua cabeça deitada sobre meu ombro, dava sugestões de como poderíamos arcar com os danos sem levantar suspeitas dos mais velhos.
Lembram-se quando disse-lhes que apenas S/n, Jay, Sunoo e Mark sabiam de meu suposto relacionamento? Pois bem; S/n, minha melhor amiga, descobriu após nos ver ao beijos em sua própria sala de estar. Mark Tuan, antes de voltar para sua cidade natal, deixou bem claro a meu namorado — quando ainda não havíamos iniciado o relacionamento — que eu estava gostando do mesmo. Já o Jay foi por total falta de opção. Precisava de alguém que me ajudasse com os preparativos para pedir seu irmão em namoro; Kim SunWoo, ou, Kim Sunoo.
Nishimura (Ni-ki) e Park JongSeong (Jay) se mantinham ao lado da meninas, para evitar que qualquer palavra de um dos gêmeos se transformassem em um ou mais gatilhos para as demais. Assim, evitando um provável — conhecendo minhas amigas como eu conheço — assassinato. Ou melhor, duplo assassinato.
Conversávamos baixo, evitando que alguém no andar de cima nos escutassem.
— Ela não é burra ao ponto de se esconder aqui perto. Além do que, ela conhece os pais que tem. — Jay suspirou, jogando sua cabeça para trás.
— Aigoo! O que essa garota têm na cabeça? — Sana troveja, como se tirasse satisfações com a garota. Mesmo sem ela está aqui.
— Provavelmente muito mais que a maioria da população. — A defendo. — E com certeza, mais que algumas pessoas nessa sala. — Reviro os olhos em tédio, escutando um "Ihhh" vindo do irmão da mesma, como se ele gostasse da resposta que dei a mais velha.
Realmente, do fundo do coração, espero que não seja tão sonsa e tenha entendido a carapuça. Para os três.
Não me dava muito bem com Ni-ki, não muito diferente de sua irmã. Ambos, primos de S/n. Por Ni-ki até tinha consideração, tratava com indiferença, mas sem o desrespeitar. Quando o mais novo precisa de algo, ajudava sem pestanejar, mal trocavamos uma frase com mais de dez palavras, mas também não ficávamos desconfortável com a presença um do outro. Diferente de minha relação com Sana. Mas esse motivo era mais compreensível;
Antes de nos formarmos no colégio, no último semestre, Sana Minatozaki e Nishimura Ri-ki chegaram à Coreia. Ambos, nascidos e criados no Japão, mas filhos de mães diferentes, ou seja, não foram criados com tanta proximidade, já que moravam em cidades diferentes. Talvez explique o ranço que sinto pela garota; criação!
Enfim, Sana, antes mesmo de saber o que eu era da S/n, procurou falar mal de mim para a mesma. Antes mesmo de me conhecer. Quando comecei a respondê-la com ignorância, ela apelou para o lado da xenofobia, dizendo que a tratava mal por conta da nacionalidade... Grrr!— Babo!— Sana diz baixo, também revirando os olhos.
— Se a carapuça serviu, você acaba de provar que têm o mínimo de inteligência. — Sorrio falso, virando o rosto para o menino ao meu lado, ainda com a cabeça em meu ombro.
(A:: 바보 [Babo] significa: idiota/bobo/besta, ou, como tal personagem se referiu, imbecil. Acostumem-se com essas expressões, mas sempre irei colocar a tradução embaixo)
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Strange Love (Meus Híbridos - BTS And StrayKids)
Teen FictionS/n seria uma garota comum, se fosse de um família rica e famosa na Coreia, mas o quê a de mal nisso? O que faz essa garota ser tão diferente? O pai dessa menina tinha um negócio paralelo, o que muitos achavam ser apenas um empresário atrás de negó...