Capítulo 1 - Lorenzo Matarazzo

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O cheiro do sangue do figlio di puttana que ousou tentar roubar o meu filho acalma o monstro dentro mim. 

-M-me m-mata de uma v-vez eu i-imploro. -Dou um sorriso ao ouvir suas palavras sussurradas e cheias de dor. 

Me aproximo dele e seguro o seu queixo com força e o forço a me olhar mais uma vez. 

-É que graça teria apenas meter uma bala na sua testa? Você foi ambicioso e burro demais ao pensar que poderia roubar um Matarazzo e sair impune, Pietro salvou você de um destino cruel e desumano nas mãos dos turcos e você pagou ele assim? Tentando roubá-lo? Um homem como você merece apenas uma coisa, o inferno. -Falo e ele chora. 

-P-perdão. -Pede. 

-Uma traição se paga com a vida e você sabe muito bem disso então não fique pedindo perdão na esperança que eu vá perdoa-lo porque isso não vai acontecer e daqui você só saíra morto. -Falo e faço um sinal para os dois soldados que estão na porta. 

Eles se aproximam. 

-Senhor? -Matteo fala após ficar em posição. 

-Corte as duas mãos dele. -Mando e o figlio di puttana se desespera. 

-NÃO! NÃO! -Grita e se debate. 

-Não foram com essas mãos que você tentou roubar o meu filho? Nada mais justo que eu as pegue para mim não acha? -Pergunto e me sento para assistir o show. 

Duas horas depois eu decido terminar a torturar e pego a minha arma. 

-Não cruze o meu caminho na sua próxima vida ou eu farei pior do que fiz nessa vida. -Falo e atiro na sua testa. 

Guardo a minha arma e quando me viro para sair vejo a Maya parada na porta me olhando. 

-Podemos conversar papá? -Pergunta e concordo com a cabeça. 

Maya se vira e começa a andar em direção ao meu escritório e sigo ela. 

Minha filha é muito parecida com sua mãe principalmente quando se preocupa com quem ela ama, Kiara era exatamente assim. 

Entramos no meu escritório e ela logo começa a me ajudar a tirar a camisa que está cheia de sangue e depois vou ao banheiro dar um jeito no sangue que está na minha pele e quando volto Maya já está com uma camisa limpa nas mãos e me ajuda a colocar. 

-Sobre o que você conversar comigo figlia? -Pergunto e vejo ela pegar uma garrada de whisky e dois copos. 

-Quero falar sobre o senhor papá. -Maya fala enquanto serve os whisky para nós dois. 

-Sobre mim? Sobre o que exatamente você quer falar Maya? -Pergunto confuso. 

-O senhor tem se afundado no trabalho tanto na máfia quanto nas empresas da famiglia papá, está mais letal e frio do que antes, passa horas treinando até a exaustão, mal para em casa e seus netos estão sentindo a sua falta assim como eu e meus irmãos. -Maya fala e engulo seco ao ver seus olhos ficarem marejados.

-Figlia ... -Começo a falar e paro quando ela levanta a mão.

-Eu sei o que causou essa mudança no senhor e eu só quero dizer que preciso que você reaja papá porque está doendo muito ver você sofrendo calado e se afundando na dor sem deixar nenhum de nós ajudá-lo a passar por isso. -Maya fala e quando vejo uma lágrima descer pelo seu pequeno rosto eu a puxo para o meu colo e abraço ela com força. 

Maya esconde o rosto no meu pescoço e chora. 

-Perdoname figlia. -Sussurro e ela me abraça com força. 

Seconda possibilità (Livro 2 Lorenzo Matarazzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora