EU TE AMO

Cap 21 - Dona Almira

O que acham que dona Almira vai achar de Marília? Vamos combinar que em nenhum dos outros livros que vocês leem por aí, dona Almira gosta que Maraísa namore uma mulher.... No entanto, nas minhas fanfics é diferente, ainda mais por se tratar de Marília Mendonça, mas isso não quer dizer que não dê um pouco de emoção nesse capítulo, então se você quer descobrir, continue aqui e boa leitura.

Pov Maraísa

Minha mãe está vindo para o Brasil hoje, não vou mentir que estou apreensiva com o que ela vai encontrar, afinal quando ela saiu do Brasil há 3 anos atrás, ela deixou suas filhas com uma vida diferente do que estamos agora, na verdade Maiara já namorava com Lauana, só que mamãe não gostava muito e agora ela já sabe sobre Marília e Bruna, por isso estou com receio do que ela vá dizer, afinal no telefone é uma coisa.

- Estou com medo do que mamãe vai dizer! - Maiara falou.

- Nós já somos donas das nossas vidas Maiara, mamãe precisa entender! - falei.

- É, mas você sabe como ela é, nunca engoliu totalmente meu relacionamento com Lauana! - falou.

- Vamos deixar pra ver o que vai acontecer, mas sempre com o pensamento de proteger as meninas!! Não é porque é nossa mãe, que vamos deixar ela faltar com respeito! - falei.

- O que seria da minha vida sem você! - falou me abraçando.

- Com certeza uma chatice, um tédio! - falei rindo.

Tirei a tarde de folga, pois ia buscar mamãe no aeroporto e tenho que está lá antes dela chegar. Maiara vai comigo. Algumas horas depois já estávamos esperando por nossa mãe, abraçamos ela e á ajudamos a levar as malas para o carro, quando chegamos em casa ela começou a falar.

- Eu fico longe por um tempo e o que encontro quando chego, minhas filhas se relacionando com mulheres, como se já não bastava uma ter se relacionado com uma mulher, agora resolve se relacionar com uma prostituta, e a outra com uma que serve bebidas. Francamente, eu não criei vocês pra isso!! Só vir para dizer que quero imediatamente vocês terminando com essas mulheres! - falou autoritária.

- A senhora não tem esse direito mãe, nós somos donas das nossas próprias vidas e não desrespeito a ninguém o que a gente faz ou deixa de fazer! - falei séria.

- Ah por favor Maraísa, você que sempre foi tão certinha me vem com essa de namorar com uma sei lá o que, primeiro que ela nem é da nossa classe social! - interrompi a mesma.

- Eu não fico com as pessoas pela classe social, não me importa se você tem seus bens ou não, eu não dependo de você para me sustentar, com ou sem sua permissão eu vou namorar a Marília, vou casar com ela e se possível ter até filhos, e se você veio até aqui exigir que eu termine meu namoro com ela, perdeu seu tempo, isso não vai acontecer! - falei séria.

- Eu também não vou terminar com a Bruna, já te enfrentei uma vez e posso fazer isso de novo, agora francamente mamãe, você sair do outro lado do mundo pra vir impedir suas filhas de serem felizes, é extremamente sem noção! - Maiara falou.

- Você me respeita garota, eu não criei vocês pra ficar com mulher não, eu criei vocês pra casar com homem, isso é uma vergonha, o que minhas amigas vão pensar se souberem que minhas filhas namoram mulher! - falou irritada.

- Duas mulheres maravilhosas, duas mulheres que a senhora está perdendo a chance de conhecer, porque nem pra apresentar você e pelo menos fingir que gostou delas, eu tenho coragem de fazer isso. Mãe se você acha mesmo que vindo até aqui, vai impedir a gente de namorar as meninas, você está completamente enganada, isso não vai acontecer e se tiver pelo menos um pouco de senso, peço que vá embora da minha casa! - falei.

Eu não ia permitir que minha mãe tratasse ou falasse mal da Marília ou da Bruna, eu e minha irmã temos o direito de ser felizes e não vai ser nossa mãe quem vai nos impedir.

- Como você tem coragem de me mandar embora? Eu sou sua mãe Maraísa! - falou séria.

- Essa é minha casa, eu não vou admitir que a senhora venha aqui me dizer com quem eu vou ou não ficar!! Eu já sou maior de idade, pago minhas contas e você não vai dizer quem é melhor pra mim, você como nossa mãe deveria apoiar nossa felicidade e não ao contrário, não importa com quem a gente esteja, o que deveria importar era que nós estamos felizes! - falei sério.

- Eu não vou aceitar isso! - disse.

- Mãe, já deu, pode parar certo!! A senhora não precisa aceitar, precisa respeitar, sei que esse seu preconceito vem desde a Lauana, mas sempre respeitou meu relacionamento com ela, porque agora é diferente? - Maiara pergunta.

- Você está se envolvendo com uma qualquer Maiara Carla, uma mulher da vida e quer que eu aceite essa pouca vergonha? Me poupe! - falou séria.

- Primeiro, como a senhora sabe o que elas são da vida? Segundo, quem é a senhora para julgar profissão de alguém? As escolhas que a vida nos mostra nem sempre são boas, mas precisamos passar por aquilo para aprender a viver, elas não estão mais nessa profissão e mesmo que tivessem, quem está se relacionando com elas, somos nós e nem por isso nos importou a profissão, amor não escolhe raça, não escolhe profissão, não escolhe sexo, amor escolhe a pessoa, o caráter, o respeito e o coração, isso é mais importante do que tudo!! Não venha querer jogar contra nossa felicidade a sua frustração de ter dado um fim na sua relação com o papai, afinal de contas a culpa foi sua, se a senhora não é feliz, por favor, não venha querer acabar com nossa felicidade. Você é nossa mãe e nós te amamos muito, só que as vezes o seu preconceito me tira do sério, somos suas filhas, nascemos de você, então você deveria nos apoiar, porque se até nossa mãe é contra nossa felicidade, quem dirá o povo da rua! - falei séria.

Eu já estava de saco cheio, achava que a vinda da minha mãe fosse coisa boa, obviamente eu estava errada, ela não mudou nada, desde o relacionamento da Maiara com a Lauana, ela é a mesma. Sei que ela é minha mãe, mas eu não vou admitir o preconceito dela, é demais pra mim, eu amo a Marília e não vou deixar ninguém nos separar, nem mesmo minha mãe, já demorei para ficar com ela, já passamos por umas boas juntas, não vai ser agora que vamos deixar algo abalar nossa relação.