Resiliência, é a capacidade de se adaptar em situações difíceis ou de fontes significativas de estresse. Na prática quer dizer que diante dos problemas, a pessoa utiliza sua força interior para se recuperar.
É isso que Alice faz, se adapta a divers...
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-- Pega um carrinho pra você, que eu pego um pra mim também - falei, vendo o Hugo ir fazer o que eu mandei
Assim como tínhamos combinado, viemos cedo comprar as coisas para a ONG, nós dois dividimos partes da lista pra poder ficar mais prático, eu fico com as partes dos produtos de limpeza e higiene pessoal, e ele fica com a parte da alimentação
Oito e meia da manhã, eu nem tomei café e tô aqui fazendo caridade pra bandido, só ajudo porque é por uma boa causa
Um rapaz que trabalha no mercado veio me ajudar a pegar algumas caixas, o carrinho esta lotado de coisas
O Hugo resolveu vim em um atacado porque vende o fardo do produto, e assim seria bem mais fácil, e realmente foi
Terminei as minhas obrigações e fui empurrando o carrinho pro caixa, deixei lá a moça passando as compras e fui atrás do Hugo. Encontrei ele conversando com uma garota, aparentemente flertando com ela, já que seu braço esta escorado em uma das prateleiras
-- Tá de brincadeira né Hugo? Eu correndo louca dentro desse mercado, cheia de peso e tu flertando com a funcionária? - falei parada em frente a eles, com os braços cruzados
-- Vocês são casados? - A garota perguntou ficando preocupada
-- Na..
-- Sim - interrompi o Hugo, e ele me olhou desacreditado -- Eu aqui me esforçando pra poder comprar as coisas dos nosso filhos, e você flertando com outra, você não tem vergonha na cara não Hugo?
-- Eu não sabia moça, desculpa mesmo - A garota falou colocando a mão no peito -- Ele me disse que era solteiro
-- Alice eu... - Hugo tentou falar, mas eu impedi ele novamente
-- Alice nada, mal me ajuda dentro de casa, fica o dia inteiro na rua, vagabundando - fiz uma pausa fingindo que ia secar minhas lágrimas -- Quer saber moça, se tu quiser ficar com isso aí - apontei pro Hugo que já me encarava de cara feia -- pode ficar, eu acho coisa melhor
-- Não moça, eu também não quero arranjar problemas, desculpa novamente - falou saindo dali rapidamente
-- Não fala mais comigo - apontou pra mim e saiu empurrando o carrinho de compras -- Tá fudida Alice
-- A para vai, foi engraçado
Passamos todas as compras e fomos colocando aos poucos no porta-malas, Hugo saiu do mercado e foi direto pra ONG, enquanto ele ia tirando as compras de dentro do carro, eu fui tocar a campainha da enorme casa. Uma senhora me atendeu, e eu mostrei a ela as compras, de imediato veio mais alguns funcionários ajudar a carregar as coisas
-- Muito obrigado mesmo Hugo, o senhor comprou até mais que o necessário
-- Precisa agradecer não pô, em relação as obras, eu quero ajudar também
