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Acordei sentindo uma dor absurda na perna, passei a mão e senti um relevo, olhei e observei o curativo meio sujo de sangue

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Acordei sentindo uma dor absurda na perna, passei a mão e senti um relevo, olhei e observei o curativo meio sujo de sangue

Estranhei o ambiente, uma casa humilde, porém bem organizada e aconchegante

-- Olha, pensei que não ia acordar mais - Uma senhora comentou com um sorriso no rosto

‐- A senhora seria?

-- Eu sou a avó do Rodrigo - sorriu novamente -- Tu pode me chamar de vó também

-- E o RD?

-- Rodrigo voltou pra favela, você teve muita sorte do meu menino ter te ajudado

-- Tive mesmo, eu iria pagar por uma coisa que eu não tenho nem um dedo de envolvimento - Confessei já sentindo a lágrima em meus olhos

-- Tudo vai se resolver na hora certa, você vai ver, a partir de hoje você vai ter que tomar um novo rumo da tua vida, eu vou ser o seu suporte enquanto você precisar Alice

-- Eu agradeço, eu só quero me recuperar logo disso

-- Você precisa ter paciência, ninguém fica boa da noite pro dia - Fez uma pausa -- Apesar que você tá se recuperando bem rápido, aonde já se viu? Tomar uma facada, ser espancada, e ainda amanhecer conversando desse jeito

-- Meu anjo é forte - Brinquei e ela me encarou

-- Não só o anjo - Me encarou -- Você tem um quadril largo - Apontou pro mesmo --  Vai ter facilidade na hora de ganhar um neném

-- Sem chances, tenho problemas quanto a isso - Confessei vendo ela negar

-- Vai nessa que tu só se engana - Respondeu se virando e indo em outra direção

Respirar fundo é o que eu mais sei fazer nesse momento, tô tentando pensar que isso tudo tem um propósito, mas qual seria o propósito de quase me matarem?

Não tenho uma total noção do que fazer a partir de agora, mas lembro de quando o Júlio chegou em casa comentando sobre os milicianos que queriam expandir suas áreas para o Brasil, mas não tinham apoio de nenhum morro, porque os donos ficaram com medo de perder os lucros que haviam obtendo com drogas, entres outras mercadorias

Será essa a chave que eu preciso pra me reerguer?

Três meses se passaram e eu permanecia escondia na casa da Vó, minha perna já está cicatrizada, e desde o dia que eu sai fugida do morro, não tenho contato com ninguém, RD veio aqui apenas uma vez e me falou que seu voltasse pra lá, com certeza ir...

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Três meses se passaram e eu permanecia escondia na casa da Vó, minha perna já está cicatrizada, e desde o dia que eu sai fugida do morro, não tenho contato com ninguém, RD veio aqui apenas uma vez e me falou que seu voltasse pra lá, com certeza iria ser morta

Vó me ensinou algumas coisas durante esses meses, essas paradas dela de remédios caseiros, e até venenos caseiros, a velha é tenebrosa quando quer

Ela começou a me levar para o terreiro onde ela foi criada, eu ajudei como eu pude, lavava as salas, limpava as imagens, decorava tudo com flores, velas, e ela me faz usar branco nas sextas. Pra falar a verdade, até que eu gosto

-- Alice, você viu a caixa de incenso que eu comprei?

-- Acho que vi na bancada - Falei pro homem em minha frente

César, ele vai ser a minha maior chave, conheci ele através da Vó do RD, o César pertencia a um grupo miliciano na Argentina, saiu de lá corrido, é como ele mesmo fala, " entrar é o mais fácil, sair que é o difícil "

César é um policial aposentado, ele sempre me conta histórias de coisas que eles passaram em missões lá na Argentina, do jeitinho dele, mas fala

Perguntei pro César se ele ainda tem contato com esse grupo, ele disse que não, mas sabe onde encontrá-los

Depois de ficar dois meses inteiros insistindo pro César soltar alguma informação e o mesmo negar, teve um dia que ele soltou tudo o que eu precisava, mas em seguida falou que não se responsabilizaria por nada que fosse me acontecer

Pesquisei tudo que eu pude sobre esse grupo de milicianos, também sai coletando as informações na internet

Após pensar e repensar muito, a decisão veio...

Agora era só botar o plano em ação!

Cinco meses escondia no mesmo lugar, estudando o que eu podia e treinando com o César, vieram a fazer efeito

Depois de cinco meses tomando coragem e pensando se essa era a melhor das escolhas, eu tomei uma decisão, talvez a melhor ou a pior da minha vida


Depois de cinco meses tomando coragem e pensando se essa era a melhor das escolhas, eu tomei uma decisão, talvez a melhor ou a pior da minha vida

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Do nada se passaram Três meses, aí depois mais dois meses, fechando cinco no total

Eu falei que o tempo ia correr e daqui pra frente a tendência é ele correr mais ainda... Tipo Muitoo

Próximo capítulo vai ser na visão do Hugo

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