um

2K 50 5
                                    




NOTAS: Oi gal! Resolvi postar essa fanfic maior aqui porque houve um problema no meu spirit e eu quase perdi tudoo o que tenho lá, então estou salvando e compartilhando ela aqui também caso aconteca algo definitivo por lá. Talvez tenha sido um bug mas fiquei desesperada kkkk no mais, é isso! Para alguem novo que tiver iniciando a leitura, tem playlist: https://open.spotify.com/playlist/3O4WJexndJ7pxH540kxMbj?si=aoJSMp41SFGfgAhJ14mv3w


-------------------------------


A campainha tocou e Helô se levantou imediatamente indo até lá. Ao abrir a porta, paralisou.

"Helô." A voz masculina chamou por seu nome de forma surpresa. E tão sobressaltada quanto ele, a delegada percorreu seus olhos por todo o corpo de Stênio por mais tempo que o ideal.

"Algum problema?" Ele perguntou.

Caindo em si e se afastando abruptamente, Helô pode sentir seu rosto queimar, constrangida por ter sido flagrada. Dando espaço para o homem entrar no apartamento da filha, ele pareceu observar tudo ali como se fosse um ambiente desconhecido. E com a presença de Helô ali, talvez tivesse se tornado de fato, um ambiente desconhecido. E perigoso.

Desconfortável com a presença de Stênio, Helô fechou a porta e o acompanhou nos passados. Foram até a sala. Helô parou em frente a mesa de jantar, olhando para Stênio. Havia algo de diferente nele. Tinha um jeito de quem está feliz.

"Você tá bonita." Ele fala de supetão atraindo o olhar de Helô. Na mesma hora a delegada pôde sentir o coração pulsar mais forte e a respiração acelerar.

Um momento, uma pausa no tempo, é capaz de mudar tudo: Mudar as certezas, os caminhos.

Um momento sana dúvidas, e as criam também. E naquele momento Helô se sentiu aturdida com a avalanche de sentimentos.

"A quanto tempo a gente não se vê?"

"Sei lá." Ela falou acelerada.

"Dois, três anos?" Ele perguntou de novo.

"Sei lá." Ela afirmou, mas sabia, e sentia vergonha de admitir que até os minutos ela contou.

Helô não sabia explicar como aquele comentário foi capaz de mexer tanto com ela. Ela passou três anos longe de Stênio e sentia como se fosse horas. A verdade é que ela também estava achando-o ainda mais bonito. Muito mais musculoso, e aqueles fios grisalhos estavam divinos. Como sentia saudade de bagunça-los.

Mas a delegada compreendia e decidia que não havia mais Stênio em sua vida.

"Fiquei surpreso quando soube que você estava aqui." Ele disse puxando assunto e se aproximando dela. Tentando fugir do homem, Helô se afastou, se sentando no sofá, mas percebeu que foi em vão quando viu Stênio se sentar ao seu lado do sofá. Tentando não encará-lo, ela levou as mãos para atrás de seu próprio pescoço e se recostou no sofá, olhando para o teto.

Stênio, por sua vez, a observava descaradamente. A blusa transparente de oncinha atraia os olhares do advogado até seus seios, que acabou botando um piercing ali.

"Pois é, vim só de passagem." Ela respondeu desviando o olhar. Em um resvalo, ela começou a tirar seu próprio calçado e o entregou. E só depois dele pegar a depositar no chão, ela se deu conta que precisou de menos de 10 minutos perto dele para reproduzir tudo o que fazia quando ainda estava casada com ele.

A delegada nunca amaldiçoou tanto a demora que era o percurso até o mercado. Drika não podia ter saído. E quanto mais tinha esses pensamentos, mais Helô se sentia estúpida. Era exatamente por isso que preferiu se manter longe dele: ela parecia uma adolescente quando se tratava de Stênio, parecia que nunca tinha se divorciado dele. Porque a vida com Stênio era simples e rotineira, e ela parecia fadada a repeti-la.

sheOnde histórias criam vida. Descubra agora