vinte

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Stênio tinha combinado com a Laís que sairia mais cedo do escritório para conseguir ir à posse de Helô.
A sócia, que sempre torceu para o casal, ficou feliz pela enfim aproximação dos dois. Convidada para ir à posse, Laís informou que iria chegar um tempo depois do inicio, mas garantiu ao amigo que com certeza estaria lá para prestigiar Helô.

Era um dia muito quente no Rio de Janeiro. O relógio marcava 14h e o sol parecia ter um irmão gêmeo. Dentro do carro, indo para casa, Stênio ouviu o celular tocar em uma chamada de vídeo.

"Oi, Helô

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"Oi, Helô." Ele respondeu e quando parou no sinal vermelho, olhou para a tela do celular que estava em seu colo.
A delegada estava com o cabelo preso, de óculos e parecia estar com um roupão.

 A delegada estava com o cabelo preso, de óculos e parecia estar com um roupão

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"Passa na farmácia pra mim?" Ela foi direta, sem comprimenta-lo.

"Ta precisando do que?" Ele perguntou voltando a atenção para a pista.

"Remédio. Tô morrendo de dor de cabeça."

"Isso é ansiedade. Você sabe, né? Fica calma." Ele orientou.

"Não quero ficar calma, Stênio. Quero meu remédio. Traz pra mim. Você sabe qual é, tchau. Tenho que me arrumar."

Stênio viu a ligação ser encerrada por Helô e riu. Ele estava muito mais próximo de casa do que da farmácia, então teve que fazer o retorno com o carro para seguir até a farmácia. Chegando lá, o advogado decidiu que compraria um remédio para cólica também. Além de, alguns chocolates. Talvez ela não estivesse próxima de menstruar, na verdade, ele nem sabia se ela havia tirado o diu, mas decidiu comprar mesmo assim.
De todas as qualidades do advogado, precaução era uma das que ele se orgulhava.

Em casa, Helô se olha no espelho. Seus cabelos molhados e penteados escorriam pelo corpo da morena que agora vestia um macacão longo, preto com um decote grande em V.

Memórias da infância nunca foi algo recorrente para a delegada, desde muito jovem seu corpo e mente trabalhou arduamente para combater todas as lembranças que ela tinha na época em que os pais eram vivos, talvez por proteção, talvez por medo.

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