treze

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NOTAS: Oi gal! O assunto abordado nesse capítulo é algo que eu já queria ter introduzido nos capítulos anteriores mas não consegui encontrar uma brecha, então, aqui está. Esse assunto vai voltar novamente mais pra frente, mas por hora é isso. Espero que gostem. Me digam se gostaram 🫶🏼

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Helô sempre foi devota de São Jorge e não era surpresa para ninguém. A delegada tem joias com a imagem do santo, tatuagem, algumas esculturas e pingentes.

São Jorge sempre foi algo significativo na vida de Helô, além de ser o seu santo protetor, o santo que considerava ser o regente da sua profissão, era também porque em dia de São Jorge foi quando ela começou a namorar Stênio.

Era difícil para a delegada lidar com o fato de que tudo em sua vida tinha ligação com Stênio. O que era avulso pensar nisso, visto que o advogado foi o único relacionamento duradouro e sério, em 46 anos de vida, que Helô teve. Além de ter sido o primeiro.
Mas nos últimos meses essa atenuação era mais evidente. Tudo a fazia lembrar dele.

"Vai fazer o que hoje?" Yone perguntou.

"Descansar. To quebrada." Helô respondeu Yone, com quem estava conversando por chamada de áudio.

"John convidou a gente pro barzinho do irmão dele."

"Vou passar. Sem clima pra beber." A delegada revelou.

"Ainda pensando naquilo que o Stênio disse?"

"E em muitas outras coisas."

Yone assentiu e Helô ouviu a campainha tocar. Pedindo para a amiga esperar, a delegada se levantou indo até a porta, ficando surpresa quando abriu e viu um homem com um buquê de flores.
Questionando sobre as flores, o entregador disse que era uma encomenda para a senhora Heloísa Sampaio. Pegando as flores e agradecendo ao homem, Helô fechou a porta e enquanto caminhava para o sofá, notou um bilhete.

"Algo de errado?" Yone perguntou assim que Helô pegou o celular novamente. A delegada parecia confusa.

"Alguém me enviou flores." Ao dizer, a mulher virou a camera mostrando o que acabara de receber. "Tem um cartão."

"Admirador secreto?" Yone alfinetou.

"Não tenho certeza se é tão secreto assim." A delegada disse virando a câmera novamente para si, enquanto ria.

"Stênio?" Yone tentou um palpite e Helô levantou as sobrancelhas.

"Só ele me enviava essas flores." Ela comentou nostalgica e abriu o cartão dobrado que havia chegado junto, lendo.

O buquê de flores em questão era cheio de flores típicas Brasileiras, ela tinha certeza que foi um trabalho difícil encontrar elas em NY, ainda que fosse primavera.
E só havia uma pessoa persistente e sensível o bastante para aquilo: Stênio.

Não havia empecilhos para o advogado quando se tratava de Helô, e ela sabia disso porque durante os anos de casamento e não casamento, ele fazia questão de lembrá-la.
Era fácil pro advogado pensar em Helô, presentear Helô, se fazer presente na vida dela, e ia muito mais além do que ele tentar fazer ela não esquecê-lo, era porque ele era assim com ela.
Se pudesse nomear uma linguagem do amor para ele, ela com certeza diria presentes. Mas nunca era tão simples quando se tratava do advogado, Stênio era um romântico nato, intenso e voluptuoso.

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