Capítulo 6

1.1K 120 23
                                    

Boa leitura!

***

Lauren | Point Of View

Alguém já te perguntou o porquê de acreditar em Astrologia?

A astrologia passou a ser um estudo sério para os cientistas, utilizado há milênios pelos seres humanos. Quando mais nova, eu sempre acreditei que a astrologia era apenas um horóscopo que líamos nos sites. Porém, os estudos iam muito além da posição do sol no momento do seu nascimento, que determina nosso signo principal. A astrologia defende que as posições de diversos corpos celestes no momento do nascimento de cada ser humano pode determinar a personalidade e diferentes aspectos da vida, como finanças, relacionamentos, vida profissional e entre outros.

Mas, que a verdade seja dita: signos não são uma ciência exata. Mas não dá para negar que são uma das maneiras mais acertadas de nos conhecermos a nós mesmos. Quando alguém fala sobre as características de um signo, podemos ignorar completamente por não acreditar e ponto, ou podemos refletir sobre nós mesmo e pensar em nossas qualidades, se somos felizes assim ou se não poderia melhorar.

Ou seja, eu sabia perfeitamente usar os signos ao meu favor e isso me dava uma enorme vantagem nas escolhas das pessoas com quem devo me relacionar. Não estamos sendo condenados a ser o que o signo determina para o resto da vida, nada nos impede de trabalhar e de buscar ser uma pessoa melhor.

A astrologia é uma das ferramentas mais utilizadas para o nosso autoconhecimento, mas se nós não nos identificamos com o que lemos sobre nossos signos, é só lembrar que não inventamos a astrologia. Todo o meu conhecimento foi adquirido em alguns estudos através da internet e me aprofundei ainda mais sobre essa questão.

Sou canceriana e pouco dramática, apesar dessa minha pose de tanto faz e arrogante, sou muito sensível, meus atos são movidos por emoções sem pensar nas consequências. Aliás, até penso antes de agir, mas sigo meus desejos mais profundos. Prefiro acordar arrependida do que dormir na vontade. Sou uma mulher que vive à flor da pele. Tanto meus amores quanto as minhas dores são intensas. Defendo com unhas e dentes aqueles que amo e trato meus amigos próximos como se fossem parte da minha família.

Sou escandalosa, não no sentido de dar barraco, mas se eu entrar em uma briga, só saio quando meu oponente estiver caído no chão. Não tenho controle da minha raiva, apenas sigo os meus instintos. Ciumenta sim e gosto de deixar isso bem claro, seja com a pessoa que eu gosto ou uma peça de roupa. Odeio se fazer de vítima, mas se for para inverter o jogo quando sinto que estou perdendo a razão, não penso duas vezes. Apesar de tudo, sou fiel, dedicada e romântica, estranho eu sei. O meu problema? Criar muitas expectativas e ter dificuldades de desapegar, especialmente, do que idealizo.

Desde meu último relacionamento, eu nunca mais me envolvi com ninguém. Namorei dois anos uma colega de sala no ensino fundamental da escola. Terminamos antes da nossa formatura. Keana era uma garota legal, não tenho o que reclamar, mas me traiu com um dos garotos mais populares da escola. Brian Tee, tão popular que conseguiu uma bolsa na UCLA e se tornou o capitão do time de basquete masculino. Após a sua conquista e se tornar ainda mais popular na faculdade, não demorou para que os boatos viessem que seu relacionamento com Keana havia terminado.

Eu tinha um legado a ser seguido, falar mal de ex, não é uma das minhas prioridades e ver Keana sendo tratada como um lixo por Brian, sem dúvida, alimentou meu ego. É como aquele ditado popular dos famosos filósofos. Se Keana fala de Brian, sabemos mais sobre Keana do que sobre Brian, mesmo que nenhum dos dois valessem nada, isso era um fato. Os boatos não demoraram a surgir e como o previsto, a vadia ainda teve a coragem de vir atrás de mim e com o ego ferido, acabou contando para a universidade toda sobre as minhas condições.

ColiseuOnde histórias criam vida. Descubra agora