Inimigo

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Edgar

Acordo cedo no dia seguinte, na verdade mal dormi e minhas costas estão doendo, ontem eu percebi o quanto eu estava envolvido com uma mulher que tinha repulsa ao meu toque, que não queria minha ajuda, tive que ir no banheiro respirar fundo e me acalmar, eu sou um idiota isso aqui é só uma farsa. Me levanto e me alongo, sinto meu corpo dolorido, olho pela janela e mal amanheceu ainda, olho para cama e vejo Helen dormi, não posso negar ela é muito linda, mas tenho que parar com essa loucura, esse relacionamento não é normal, é de mentira na verdade, vou para o banheiro lavar meu rosto, quando saiu do banheiro escuto ela gemer baixinho, droga a dor deve ter voltado, pego o remédio o copo de água e chego perto dela.

Edgar- Helen?- ela não abre os olhos - Helen! ... Helen!- ela abri os olhos e geme de dor - Toma seu remédio- Ela senta com dificuldade e toma o remédio- Dorme um pouco, é muito cedo-

Helen- Sinto dor! acho que não consigo-

Edgar- Até você se sentir bem, não quero que você saia desse quarto, não fique em pé, não ficarei aqui durante todo o dia, mas sempre venho ver você, pedirei que Larissa uma das funcionárias faça o mesmo- Seria bom assim, também evita dela trombar com Emanuele, depois de seu escândalo ontem, não sei o que pode acontecer, Ela concorda com a cabeça.

Helen- Obrigada! por tudo que tem feito por mim, não gosto de te da trabalho, tentarei ficar boa logo- não seu por que a possibilidade dela ficar bem e ir embora me atinge pela primeira vez.

Edgar- Espero que fique mesmo boa, assim terminamos esse nosso acordo, espero que o cumpra- falo baixo, ele me olha chateada.

Helen- Eu posso não ter nada na vida, mas tenho minha palavra- Estive pensando e hoje terei que ir comprar roupas para ela.

Edgar- Ótimo! qual é o seu tamanho de roupa e sapato?-

Helen- Não gaste mais comigo por favor-

Edgar- Não me importo em gastar com você, além do mais é necessário- ela me surpreende e segura minha mão.

Helen- Edgar! não sinta culpa, no dia em que você me atropelou eu estava exausta, tonta, sem comer e beber por muitas horas, a culpa também foi minha- ela parece triste, acha que tudo que faço por ela é culpa, a verdade é que eu queria que fosse só isso, eu estou me perguntando o que aconteceu com ela afinal? mas tenho que esperar ela me contar, me levanto e me afasto dela.

Edgar- Vou tomar café e trago o seu café em seguida- saiu sem dizer mais nada, só preciso me afastar dela nesse momento, eu nem deveria me sentir assim, quando atravesso a porta vejo Emanuele saindo do seu quarto, ela vem em minha direção já berrando.

Emanuele- Espero que aquela vagabunda já tenha ido embora- sua fala me irrita muito, até mais do que quando ela me aborrece, só espero que Helen não tenha lhe escutado, pego ela pelo braço e a levo para longe da porta do meu quarto, não quero que Helen nos escute.

Edgar- Lave a sua maldita boca antes de falar de minha noiva, até por que ela tem uma coisa que você não tem, caráter, ela vai continuar aqui, vai casar comigo e viver aqui por toda nossa vida, a única pessoa que deveria ir embora é você- lhe digo tudo que sempre quis dizer e ela parece chocada.

Emanuele- Eu sou sua única família- ela tenta apelar, solto seu braço.

Edgar- Você nunca foi minha família, minha família e prioridade hoje é Helen e espero que não se meta em meu caminho- digo viro saiu andando, tomo café rápido e quero voltar para levar o café de Helen, antes de tomar café pedi que Larissa fizesse uma bandeja com seu café e lhe pedi que fosse ver Helen em seu quarto a cada uma hora para saber se precisava de algo, Emília até lhe dispensou da cozinha hoje para poder ajudá-la, mas Larissa disse que não era necessário, eu sempre me achei sortudo em ter funcionários ou melhor uma segunda família como eles, são ótimos.

Subo para o meu quarto com a bandeja, sinto que meu corpo está cansado, mas é reflexo de uma péssima noite, vou ter que arranjar um colchão hoje, mas tenho que agir cuidado para Emanuele não perceber, até por que ela já está desconfiada o que é óbvio, ela pode começar a investigar e as coisas saírem do controle, Helen não pode ser descoberta aqui, abro a porta do quarto, boto a bandeja na escrivaninha sem dizer nada e ela me surpreende.

Helen- Ela me quer fora daqui- ela disse e eu sei que ela escutou Emanuele.

Edgar- Não importa o que ela quer- falo e não olho para ela, mas sinto seus olhos em mim.

Helen- Eu mal a conheço e não gosto dela- nem eu que a conheço quase toda minha vida gosto dela, penso! Mas não digo.

Edgar- Trouxe seu café e uma jarra de água e copo, para beber e tomar os remédio durante o dia, o próximo será o anti-inflamatório, daqui há- olho no relógio- já passou do horário na verdade, então coma e depois tome o remédio- ela suspira e para minha alegria desiste do assunto Emanuele.

Helen- Tudo bem, mas antes preciso ir ao banheiro, fazer xixi e tomar banho-

Edgar- consegue sozinha? posso chamar Larissa para te ajudar no banho-

Helen- só preciso de uma cadeira que possa molhar e roupas suas limpas, se não for muito- ela parece tímida.

Edgar- Tudo bem! vou providenciar agora- Saiu, pego a cadeira na cozinha e não demoro volto, lhe dou uma das minha camisa e uma cueca nova, pego ela no colo colo, a deixo no banheiro e espero na porta, demora um pouco.

Edgar- Tudo bem aí? está sentindo alguma coisa?-

Helen- Não, está tudo bem! já vesti a camisa, agora terminado de vestir a cueca, quase lá .... hum consegui- sei que não foi fácil, o que me lembra que também tenho que comprar roupa íntima para ela, poucos minutos depois ela abri a porta, a pego no colo.

Edgar - Está tudo bem mesmo? senti alguma coisa?- procuro traços de dor em seu rosto, mas ela sorri e meu coração desperta, eu não estou gostando nada disso.

Helen- Você mal me conhece, mas já demonstrou mais preocupação e cuidado do que recebi minha vida toda- aí merda, não tô gostando do que eu tô sentindo, toda vez que ela fala um pouco sobre sua vida meu coração se aperta, eu não deveria sentir nada disso, fiquei muito tempo em silêncio - Mas logo vou embora- sua fala só me alertou o que eu sabia, isso tem que acabar antes mesmo que começar, Droga já começou.

AbsmoOnde histórias criam vida. Descubra agora