87° Capitulo

5 1 0
                                    

Esperamos por mais alguns minutos até que avistamos os dois caminhando em nossa direção, suspiro terminando minha garrafa de água e descendo do carro em seguida.

-O que aconteceu por aqui? -Pergunta Taylor e eu suspiro.

-Não sabemos ao certo, possivelmente uma horda grande, nós acabamos com alguns quando chegamos, temos que ir para o ponto de encontro, mas sem carro vai ser impossível por ser muito longe.

-Sorte nossa que eu entendo um pouco de mecânica. -Taylor fala e então começa o seu trabalho.

-Confesso que eu queria de novo. -Ouço o Guilherme ao meu lado, franzo a testa sem saber ao certo do que está falando. -O beijo...

-Já disse para esquecer, deveria ir ajudar o Taylor. -Me levanto e sigo para perto de Jody, ela me olha.

-O que rolou entre vocês? -A olho. -Esta o ignorando, o que indica que aconteceu alguma coisa que não quer confessar.

-Porque tinha que ser psicóloga? -Pergunto e ela da de ombros. -Não me leia.

-Sim senhora. -Diz zombando e eu a empurro.

-Tudo pronto, mas não temos gasolina, vamos conseguir chegar no máximo até metade do caminho. -Fala e eu suspiro.

-Vamos seguir a pé o restante, mas o importante é que iremos chegar mais perto do local. Quem foi que colocou esse ponto de encontro?

-Pelo o que eu me lembro foi você. -Guilherme informa e eu suspiro, merda. -Vamos então, todas as coisas estão no carro, você dirige.

Seguimos em direção ao nordeste da cidade, bato os dedos no volante enquanto Guilherme troca as músicas sem parar.

-Para de trocar essa merda. -Reclamo e ele ignora continuando. -Porra! -O carro para aos poucos. -Acabou.

-Ótimo, espero que gostem de caminhar, porque vamos andar mais de dez quilômetros. -Suspiro e coloco minha mochila nas costas.

Começamos a andar pela cidade, atiramos em alguns zumbis que aparecem, suspiro sentindo o sol queimar meu corpo.

-Acham que eles estão bem? -Jody pergunta e eu dou de ombros não sabendo.

-O que rolou aqui? -Taylor pergunta quando paramos próximos ao centro da cidade.

-Parece que foi bombardeada. -Guilherme diz. -Se mudarmos a direção vai demorar mais, eles vão esperar no máximo 24 horas.

-Impossível Nathalia me deixar para trás, ela nunca deixa alguém para trás, íria atrás de nós. -Informo e tento pensar. -Podemos passar por dentro e ir para o outro prédio, já que eles estão grudados.

-Sim, por um estar tombado, ficou louca? Ele pode cair. -Jody me olha.

-Se não caiu por mais de 10 anos porque iria cair agora? -Pergunto e Guilherme da um sorriso. -O que?

-Não se esqueça que você é meio que azarada. -Reviro os olhos. -Mas concordo, vamos por dentro, se termos sorte iremos chegar rápido no outro prédio.

-Sorte... tenho uma curiosidade. -Taylor diz enquanto caminhamos. -Esse prédio era um dos mais famosos pontos dos universitários, adivinhem porque.

-Não gosto de adivinhações. -Falo e ele me olha. -Sei lá, lanchonete?

-Não, café. Também era uma biblioteca, uma das maiores para ser mais exato, então se preparem porque os três primeiros andares são lanchonetes e cafeterias e os outros seis apenas livros.

Suspiro e chegamos mais perto, tampo a respiração quando sinto o cheiro de coisas estragadas.

Olho em volta atirando em alguns zumbis e subimos as escadas devagar para não fazer barulhos.

-Ouviram? -Jody pergunta e eu miro para o corredor em que ouvimos. -Tem mais...

-Acham que são mais de cinco? -Guilherme pergunta e então os primeiros começam a aparecer, atiramos e mais começam a vir em nossa direção.

-Isso responde sua pergunta, correm! -Grito e atiro até o pente acabar, corro logo atrás colocando outro e subindo as escadas.

Deixo minha arma na transversal e subo mais rápido, chegamos na parte em que o prédio está caído, escalamos e seguram o meu pé me fazendo escorregar.

-Vic! -Gui grita quando me seguro em um ferro, chuto o zumbi derrubando os outros, mas um desvia e vem em minha direção.

-Vai! -Mando voltando a subir, escalo mais e mais até que uma porta se abre me fazendo cair em uma janela do chão ao teto, arfo por ter batido a cabeça.

-Porra! -Guilherme fala e eu olho para o vidro se rachando. -Não se mexe, estou descendo, vocês continuem. -Manda e eu tento ficar de pé, ele desce e fica em cima de um pilar. -Ei, falta pouco, segura minha mão.

Estica e eu tento pegar, o zumbi grita e se joga em cima de mim, arfo batendo as costas, o chuto e ele tenta me segurar, pego um ferro o impedindo de me morder o colocando em seu pescoço.

Grito o empurrando, ele grita em meu rosto, o vidro racha mais, olho para o Guilherme que acena. Respiro fundo e o lanço chutando em seguida, ele cai de costas e quando pula para me pegar, eu quebro o vidro e sou segurada.

Olho para baixo enquanto estou pendurada, tem muitos corpos, olho para cima e ele está de bruços no pilar para me segurar.

-Não me solta. -Imploro e ele sorri.

-Nunca, espero que tenha um plano de como te tirar daí. -Fala e eu tento pensar, olho em volta. -Ouviu?

-Tem mais, me balança para aquela mangueira. -Peço vendo uma mangueira de incêndio, ele me balança e eu tento a pegar, quando consigo a puxo para ver se está bem firme.

Me solto dele e subo pela mangueira, ele segura minha cintura me puxando e então fico em cima dele.

-Pode se considerar sortuda, aquele vidro demorou para quebrar.

-Uma vez tenho que ter sorte. -Brinco e ele sorri, deito a cabeça em seu peito respirando fundo. -Onde Taylor e Jody estão?

-Lá. -Aponta e eu olho os dois no outro prédio, estão com um binóculos, mostro joia e eles dão os seus sorrisos, mas logo começam a fazer movimentos. -O que estão falando? -Ouvimos um grito. -Volátil... -Ouvimos mais.

-E ele não está sozinho, vamos sair daqui. -Falo e começamos a subir, pulo me segurando no batente da porta e ele segura minhas pernas, escala por mim e quando sai me puxa. -Merda, corre!

Falo e começamos a subir mais, olho para cima vendo mais.

-Para onde? -Pergunta e eu o puxo pelo corredor, andamos paramos na ponta de um ferro. -Não!

-Não tem outra saída. -Digo respirando fundo e começando a correr, me equilíbro e pulo, Taylor segura minha mão e me puxa. -Corre!

Os voláteis se aproximam e ele começa a correr, pula e quando vejo que não vai conseguir, me jogo segurando seus braços e Taylor com Jody seguram minhas pernas.

-Não me solte!

-Nunca. -Dou um sorriso e ele suspira.

Loucos...

A Cura? - Spin-off de The DiaryOnde histórias criam vida. Descubra agora