1° Capítulo

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O mundo já não é mais o mesmo, isso já faz mais de dez anos, e eu ainda não me acostumei em acordar todos os dias com uma pistola debaixo do meu travesseiro.

Graças à Vice Presidente dos Estados Unidos da América, conseguimos sobreviver por todos esses anos, os zumbis não são mais os mesmos, eles estão mais inteligentes e pensam em matar primeiro e comer depois.

Mas continuam sendo os mesmos de sempre, não sabemos porque pararam de se evoluir, mas a lista de zumbis é grande, alguns foram ficando extintos como por exemplo os grandões, os estaladores e entre outros.

Temos que apenas nos proteger dos normais, dos que tem olhos amarelos bizarros e os noturnos, esse são os mais perigosos, fortes e ágeis.

-Vic, estão te chamando. -Olho para Eliot e ele suspira. -Parece ser sério.

-E desde quando não é? -Pergunto saíndo do meu quarto, em seguida desço para o térreo saíndo do prédio e seguindo para a mansão.

Moramos em Atlanta, em um acampamento de sobreviventes onde a Vice Presidente comanda, eu era da CIA, saí do Brasil para Washington, meus pais morreram em um acidente de carro quatro anos antes de eu me mudar, por isso não converso com minha prima, se é que ela ainda está viva.

Não guardo remorsos, hoje eu entendo que a culpa não foi dela, estava apenas com medo e meus tios não estavam na cidade, fazendo com que meus pais fossem buscar ela na casa das amigas.

-Senhora, a senhorita Souza está aqui. -Diz me dando espaço e eu a vejo, é mais baixa que eu e parece acabada, acho que as preocupações de hoje em dia estão a deixando assim.

-Olá, entre e fique a vontade. -Fala e eu entro na sala, fico sozinha com ela.

-Aconteceu alguma coisa? -Pergunto cruzando os braços e ela me olha por alguns segundos. -Senhora?

-Existe uma cura. -Eu franzo a testa. -Sempre existiu uma cura, em todos esses anos sempre teve uma cura.

-Espera, do que está falando? -Tento entender. -Cura?

-Sim, olha. -Me puxa pela mão e me faz olhar para o computador, passa um vídeo, franzo a testa quando vejo vários tubos na vertical com fumaça branca. -A cura.

-Não tem como saber se isso é a cura. -Falo e ela me faz sentar e volta desde o começo.

Então eu vejo, duas pessoas levam dois zumbis para esses tubos, mas eles conseguem morder os médicos, os prendem a tempo e ligam a fumaça, fico olhando e então acontece, me levanto quando vejo uma mulher e um homem, eles são humanos novamente.

-Viu? A cura...

-Impossível. -Digo baixo e a olho. -Como isso é possível? Onde está?

-Washington... está no laboratório de Washington. -Fala e eu nego, aquela cidade, não pode ser. -Precisamos ir para lá, precisamos achar a cura.

-Não, aquela cidade é maldita, tem todos os tipos de zumbis que existe e existiu, não podemos ir para lá, o último esquadrão que mandamos, os melhores, morreram em menos de vinte quatro horas.

-Ache alguém para seguir até lá, que seja bom e conheça a cidade ou que pelo menos saiba matar essas coisas. Você é meu melhor soldado, vá atrás de alguém.

-Quem? Não conheço alguém que saiba sobreviver lá fora.

-Eu conheço. -Diz mexendo no computador novamente. -Essas são imagens de segurança do que era um dos maiores laboratórios de Tóquio, eu acompanhei tudo, essa mulher, a dez anos atrás, entrou lá dentro e derrotou todos que passaram por ela. -Olho e não é possível.

-Nathalia... -Digo e ela me olha. -Minha prima, está viva...

-Que ótimo que a conhece, chame seu grupo, vou apresentar o grupo dela.

-Não tenho um grupo, trabalho sozinha. -Falo e ela me olha.

-Então trate de pegar pelo menos dois soldados, não vou deixar você sair sozinha por aí. -Diz e reviro os olhos.

-Não tem ninguém que vai querer. Sabemos que detestam sair por aqui, imagina viajar para o Brasil? Onde foi que tudo aconteceu.

-Não importa, repito. Você não vai sair sozinha. -Fala e eu me levanto seguindo para fora. -Antes olhe as câmeras, estude eles. -Grita e eu fecho a porta atrás de mim, Eliot me olha.

-Chame o exército, apenas os melhores. -Aponto para ele que acena. -Em quatro horas na frente da minha casa.

Ele sai e eu sigo até minha casa para me arrumar, não acredito que terei que ir até o Rio de Janeiro para encontrar com minha prima, como irei?

Respiro fundo e olho para meu guarda roupa, pego uma calça jeans preta e uma camiseta cavada da mesma cor, nos pés botas e uma jaqueta de couro preta.

Coloco meus coldres, com uma escopeta e uma FAMA, coloco coldres nas coxas colocando minhas glocks e uma faca na bota.

Pego minha mochila colocando munições e uma roupa de frio, pego meu boné e meus óculos, vou para minha sala de computadores, raqueio as cameras e comeco ver tudo rapidamente desde o começo.

Logo saio de casa encontrando uma fila, soldados lado a lado, menos de sete estão em minha frente.

-Esses são os melhores, tenho a ficha de cada um. -Fala e eu nego recusando a prancheta.

-Eliot vem comigo, isso é óbvio, então irei escolher apenas mais um, não vou obrigar ninguém a vir comigo por isso irei explicar. Existe uma cura.

-Como assim? -Olho para meu amigo.

-É real e eu vi provas disso, então a líder quer que eu leve mais duas pessoas comigo, iremos seguir para o Brasil, encontrar com Nathalia.

-Mas ela...

-Não está morta, minha prima é a única que pode nos ajudar a encontrar a cura. Então quem quer ir? -Pergunto e a maioria da um passo para trás deixando um ruivo, ele me olha e acena. -Ótimo, vamos falar com a líder.

Seguimos os três para a sala dela e assim que entramos me estende algumas pastas, franzo a testa por não saber o que seja esses arquivos.

-Encontrou alguém? -Pergunta e os dois entram. -Ótimo, terão que ir de avião, sabem pilotar? -Aceno e ela sorri. -Terá um avião no aeroporto, ele está em um galpão nos fundos, onde ficou trancado para emergências, então ele está sem combustível, vocês terão que cuidar disso. Agora vamos para a apresentação.

Diz e eu me sento, suspiro por ainda não ter coragem de dizer não para ela.

E mais uma história se inicia, você que está lendo essa e não leu The Diary, aconselho que leia, mas essa será uma história completamente diferente que aquela.

A Cura? - Spin-off de The DiaryOnde histórias criam vida. Descubra agora