Troca de pneu

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João chegou ofegante à rua onde morava Pedro, à medida que se aproximava o nervosismo aumentava. O carro estava na garagem do prédio, uma garagem comum. Já não sabia como devia tratar o homem que o espancou na noite anterior, preferiu não arriscar e chamou-o sr. Lopes.

- Já vi que te é mais natural chamares-me senhor, tudo bem, fica assim. Mas eu trato-te por tu, já temos intimidade afinal. "Piscar de olho".

Pedro estava de novo a controlar a situação. Aquele imprevisto matinal estava a revelar-se muito divertido. Um vizinho desceu para a garagem, cumprimentou-os e saiu no seu carro. João estava já lançado no serviço, não tinha muito tempo, não queria irritar o Mauro e sobretudo não queria gerar suspeitas sobre a nova relação que tinha com aquele cliente. 

- És profissional, imagino que dispenses ajuda.

Atirou Pedro enquanto ostensivamente se apoiava nos ombros do João, cujos braços estavam ocupados a mover o pneu. João não dizia nada, aquilo ainda novo para si, não sabia de resto o que poderia dizer, tudo lhe soava ridículo, preferia manter-se calado.

- Muito calado o menino, ainda te dói? Baixa as calças para ver.

- Aqui!? - soltou o João já a entrar em pânico, a garagem era comum, um morador tinha acabado de passar por eles.

- Aqui e depressa, que tenho que ir trabalhar, anda, só quero ver o estrago, não te vou bater, relaxa.

João era de novo tomado por uma necessidade de obediência. Apesar do receio de ser apanhado por um estranho, era maior o desejo de seguir a ordem do Pedro. E sem mais, baixou as calças exibindo as fartas nádegas ao professor.

- Oh já quase não se nota, fui muito meiguinho contigo. Primeira vez, não quis abusar. Mas aqui está uma marquinha.

Disse enquanto percorria com os dedos aquele rabo fabuloso, capaz de excitar o mais empedernido heterossexual da cidade.

- Vá, acabou a brincadeira. "Leve chapada na nádega". Veste-te e diz-me quanto te devo pelo serviço.

- Ora, não é nada.

- Não é nada, não. Vá, uma coça é grátis, mas trabalho é trabalho. Gosto de separar as águas.

- A sério, é uma gentileza com um cliente fiel, não é nada demais.

- Como queiras, pago-te em chapadas depois, espero que não te arrependas da troca.

João, vermelho como um tomate, despediu-se com um leve aceno e retirou-se para voltar à oficina. Estava agora mais calmo, sentia-se bem por ter feito um favor ao homem que o dominou na noite anterior. Estava-lhe estranhamente agradecido e este favor era uma forma de compensação. Bizarro, agradecido pela coça que levou. Não fazia sentido, mas bom, também a ereção que tinha nas calças não fazia sentido naquela situação, mas lá estava ela a pressionar-lhe o pau contra a cueca...

De sócio a escravoOnde histórias criam vida. Descubra agora