Capítulo 14.1 - Final

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Luke

Antes de abrir os olhos e ver a garota que amo enchendo meu rosto de beijos de bom dia, eu sorrio. Não tem sensação mais gostosa do que acordar com esse carinho. Principalmente vindo de Julie Molina. E para despertar de vez, a melhor opção é o sexo. Penso nisso porque ela está deitada em cima de mim, bem posicionada. É proposital. A conheço bem demais.

- Bonjour mon amour (Bom dia, meu amor) - digo, abrindo os olhos com dificuldade por conta do sol forte. Sou logo atraído pelo lindo sorriso safado de Julie.

- Bonjour mon amour - ela repete, fazendo um lindo biquinho. Coloco os fios de cabelo soltos atrás das suas orelhas e seguro seu rosto com as duas mãos, a observando atentamente - Geralmente, esse é o momento que você fala que me ama e me beija.

- Você é muito convencida - eu adoraria parar de sorrir e fazer uma cara de irritado, mas é impossível. Tenho minha cacheada de volta e sou o homem mais feliz do mundo.

- Eu menti? Estou errada? - ela ameaça levantar, mas a puxo de volta. Gosto da troca de calor entre nossos corpos.

- Eu te amo, cacheada - dou início a um beijo lento e, novamente, sinto nossos corações batendo em sintonia. Igual o que aconteceu na Ponte dos Cadeados, quando a chamei de namorada. Apesar do momento delicado, sinto um fervor, especialmente quando ela diz, entre beijos, que me ama.

Sem separar nossos lábios, eu puxo a manta para cobrir melhor nossos corpos colados. A gente acaba transando na varanda do quarto, nos movimentando discretamente para nenhum hóspede vizinho perceber, caso eles decidam admirar Paris pela manhã. Ajudou bastante eu estar apenas de cueca e Julie, com meu blusão. Não foi necessário jogar nossas roupas pelo espaço e deixar bem óbvio o que estamos fazendo debaixo desse pano.

Nesses dez minutos de sexo, um casal aparece na varanda ao lado. Eu e Julie travamos e fingimos estar apenas conversando. Eles lançam um olhar desagradável e acredito que estão putos com o barulho que fizemos ontem à noite. Sem querer, me movo e faço Molina soltar um gritinho de prazer. Por sorte, ela é muito esperta e emenda o som com uma história aleatória, como se tivesse lembrado de algo para me contar.

Assim que o casal vai embora, nós finalizamos e entramos no quarto, indo direto para o banheiro. O objetivo é tomar banhos juntos, só isso. Mas a cacheada transforma o momento em uma oportunidade para mais sexo. Essa mulher vai me enlouquecer! E eu disse ontem à noite que precisava de tempo para transar novamente. Porém, não consigo negar esses pedidos de Julie. Preciso aprender!

Distraio Molina enquanto tomo uma chuveirada rápida e me enrolo na toalha logo em seguida. Se eu ficar aqui, o "banho" vai demorar e há chances de nunca sairmos deste quarto de hotel. Vou embora sendo xingado e começo a rir, o que a deixa mais estressada. Ah, como gosto disso. Estava com saudades de momentos como este.

Me arrumo em questão de segundos, deito na cama e pego o celular para esperá-la. Talvez a cacheada leve um tempinho.

Coloco o aparelho de lado quando Julie aparece nua na minha frente. Ela finge que não estou presente e sei que é uma provocação. Não posso me entregar. Preciso ser forte, até porque meu amiguinho de baixo está destruído.

A cada peça de roupa que Molina coloca, mais revoltada fica. Chega a ser engraçado, mas me controlo para não rir. Por mais que eu goste de transar com minha cacheada, não posso sempre fazer o que ela deseja. Eu, e minha namorada extremamente gostosa, precisamos respeitar nossos limites e vontades. São duas as pessoas nessa relação.

Por meio de uma coragem inesperada, dou início a uma conversa sobre o assunto. Julie escuta calada, sem me interromper, e pede desculpas. Dá um selinho demorado e promete que nunca mais vai insistir ou ficar com raiva caso eu negue. Ok...deu muito certo. Não estava esperando essa reação, mas foi ótimo.

Um Sonho Popstar 2 (Juke - JATP)Onde histórias criam vida. Descubra agora